“Isso é papo que começou em 1960 e, se deixar, ficamos mais 60 anos conversando”, afirma o apresentador Jô Soares para o público enquanto entrevista, nesta sexta-feira, dia 11, o diretor de televisão José Bonifácio de Oliveira, conhecido como Boni. “Unidos do outro mundo – dialogando com os mortos” é o livro que o diretor lança, no qual reúne histórias dos companheiros e grandes personalidades da televisão que já faleceram. A ideia surgiu durante o Carnaval do ano passado, enquanto assistia a um desfile de escola de samba e pensou que as histórias que conhece dariam um samba-enredo.
“Eu conheci o Boni quando ele estava doente, com uma gripe fortíssima, em busca de um novo redator para o ‘Simonetti Show’”, descreve o apresentador sobre a participação do diretor no início de sua carreira. Além de estar presente nos bastidores da televisão, Boni também conta que chegou a ser ator de comédia em um quadro da TV Paulista.
Já na Globo, o diretor fala de uma de suas maiores realizações: “O Projac é um sonho meu desde que entrei na Globo e demorou 25 anos para ficar pronto. O doutor Roberto [Marinho] foi essencial para a viabilização desse projeto”, declara a Jô. O apresentador ainda mostra no telão uma série de fotografias de Boni em companhia de amigos, como Tom Jobim, Miele, Pelé e Ayrton Senna. Para comemorar a amizade de anos, o diretor presenteia Jô com um artigo inusitado: uma garrafa de “Sangue de Boni”, da safra de 1935. Na verdade, a garrafa não possui vinho, é apenas um artigo de decoração que Boni oferece a amigos queridos.
O ‘Programa do Jô’ vai ao ar de segunda a sexta-feira, logo após o ‘Jornal da Globo’.
