Dono de uma risada inconfundível, Breno se propôs, desde o início do ‘BBB 18’, a jogar sozinho e curtir tudo o que o game poderia lhe proporcionar. E assim o fez. E assim o fez. O jogo mudou um pouquinho depois que se envolveu com Paula. Com ela, a curtição foi além das festas. “Rolou a química. A gente é tão igual de pensamento, curtição, estratégia, que deu certo demais”, conta. Ter saído tão perto da final não tira a sua tranquilidade. “Analisando de fora, eu até poderia pensar ‘poxa, foi quase’, mas por tudo o que vivi lá dentro, acho que fiquei o tempo necessário. Sou muito de viver o hoje. Se foi a escolha do público, tranquilão para mim”, ele diz.
O arquiteto saiu da casa com 88,34% nesta segunda-feira, dia 16, quando disputava o penúltimo Paredão do jogo com Kaysar. O sírio e Gleici, aliás, já são os finalistas desta edição. Nesta terça, 17, Paula e família Lima batalham pela terceira vaga da final. Breno, diz que torce por Paula, mas acha que o grande vencedor será Kaysar. “Quero que a Paulinha ganhe, mas acho difícil ela bater toda a história do Kaysar. Torço para que, então, pegue o segundo lugar”, analisa.
Entrevista com Breno, 13º eliminado do BBB 18
Breno, você saiu da casa faltando apenas três dias para o fim do jogo. Chegar tão perto te trouxe alguma frustração?
Analisando de fora, eu até poderia pensar: “poxa, quase foi…”. Mas por tudo o que vivi lá dentro, acho que fiquei o tempo necessário. Sou muito de viver o hoje. Acho que vivi tudo o que podia lá dentro. Óbvio que queria ter ganhado o prêmio, mas não me julgo por nada. Se foi a escolha do público, está tranquilão para mim.
O que acha que te fez sair?
Não acho que tenha sido o fato de ser um jogador. Eu sempre fui muito sincero e assumi desde o início que jogaria sozinho e não faria aliados. Meu jogo era meu e ponto final. Acho que o que me fez sair do programa foi história mesmo. O público aqui fora abraça uma história, se identifica emocionalmente e se envolve com algum personagem lá de dentro. Acho que a galera comprou mais a história do Kaysar e para mim isso é bem suave. Não há um melhor do que o outro. Foi um momento do jogo em que a galera achou que era melhor ele seguir.
Como foram esses 85 dias lá dentro?
Nossa… Foi bom ter vivido esses quase três meses lá. Claro que senti um pouco de falta da liberdade, mas aproveitei muito. Agora mais para o final, estava até mais pilhado para as provas do que para as festas. Lógico que aproveitei as baladas. Adoro curtir uma balada. Mas eu gostava demais de competir – menos nas provas de resistência. Eu sabia que iria longe nelas, mas eu não tinha muita paciência. Por mais que eu gostasse de me testar, essas provas eram muito canseira.
Desde o início você foi muito claro quanto ao seu estilo de jogo. A sua estratégia era qual?
Ser verdadeiro com todos, independentemente de eu ser julgado. Sempre falei que estava aberto aos votos e sempre expus meu pensamento, para quem estava próximo a mim ou não. Mas eu não tinha uma linha de raciocínio… Não votava para bajular, nem para me proteger, nem por vingança. Meu voto era o que eu achava justo naquele momento. Prefiro ser sempre verdadeiro. Eu achava que não adiantaria nada ganhar algum prêmio e perder os meus princípios, que eu construí a minha vida toda. Isso não se justificaria jamais para mim.
Uma outra característica sua que sempre ficou clara para todo mundo desde o início do jogo é que você foi lá para curtir… Como foi se envolver com três meninas dentro da casa?
Pra mim, na vida, tudo é curtição. Quero sempre ver o ponto positivo de tudo. Entrei na casa focado na diversão porque a minha vida é assim. Sobre me envolver com as meninas, simplesmente rolou. Com a Ana, a gente se identificou. Mas quando vi o quanto a família dela se preocupou… Eu, como irmão, não gostaria de ver minha irmã nessa situação. Foi muito massa ter ficado com ela, poderia rolar da gente continuar, mas eu não queria esse envolvimento com a família toda. Para mim não valia a pena e tirei meu time de campo. A Jaque já queria ficar comigo e foi uma questão de curtição mesmo. A gente não estava fazendo nada, quisemos e ficamos. Foi pegação. E com a Paula foi que rolou a maior identidade. Na zoeira, vi que ela dava ideia e fui continuando. Tinha a questão da Ana que incomodava a nós dois, não queríamos magoa-la, sempre tivemos muito respeito por ela. Só que chegou uma hora que não dava mais para fugir. E aí rolou a química. A gente é tão igual de pensamento, curtição, ideias, que deu certo demais.
E aqui fora, como fica?
Eu sou muito de viver o hoje. Amanhã eu não sei como fica. Com certeza quando ela sair vamos trocar ideia e, se for pra ser, massa demais. Ela me ajudou demais lá dentro. Me ajudou a não perder a cabeça nem me estressar. Me deu muito espaço e eu valorizo demais isso. Sem me conhecer direito, ela já me entendeu.
Por falar em espaço, nesses últimos dias você se isolou. Por quê?
Pelo estresse de tudo. Eu não consigo forçar uma barra. Não consigo conversar se não tiver vontade, não vou trocar uma ideia por interesse. Ficava muito na minha refletindo sobre tudo. E quando estou estressado, prefiro ficar sozinho para não ser rude com ninguém.
Você falou várias vezes também sobre jogar sozinho e fez isso. Mas você chegou a ter algum vínculo mais forte, de fidelidade com alguém?
Primeiro eu até falei com o Kaysar, porque a gente tinha muito a mesma vibe, de não ver as coisas ruins, de sempre seguir adiante. Mas no meio do jogo eu comecei a ver que ele levava muita coisa na fantasia, se fazendo um pouco de bobo. Aí me afastei um pouco… Desde o início eu falei que não queria me envolver com ninguém para não ter esse compromisso de proteger alguém. Mas aí aconteceu com a Paulinha. Depois que nós ficamos e eu me envolvi, comecei a pensar em mim e nela. Tanto que meu voto no Kaysar foi para me proteger e protege-la também.
O que fez você querer entrar no BBB?
Tive vontade de participar pela exposição. Eu não tenho medo de me expor em nada. E também a questão da grana, que é um grande motivador para todo mundo.
O que você vai guardar da experiência que viveu na casa?
Tudo é uma grande surpresa lá dentro. Tudo é pensado nos mínimos detalhes, desde a almofada colocada, por exemplo. Tudo é surpreendente. E vivendo aquilo, te digo que não dá para fazer nada muito pensado. Eu até achei “quando entrar vou gritar ‘família’”, mas a gente fica sem reação, não consegue fazer muito o que planejou. Tudo é uma surpresa: as provas, os dumies, as conversas com o Tiago. Não tem nada ali que não surpreenda.
Você tinha um canto preferido lá?
A academia e a piscina. Eram lugares até que serviam como refúgio nos momentos em que eu queria ficar mais na minha. Mas quando o pessoal insistia em conversar e eu não queria, eu fingia que estava dormindo também (risos).
Teve alguma festa preferida?
Várias. A da Naiara Azevedo foi muito top, a da Anitta também. E a que teve o Zeca Pagodinho? Nossa… o cara é monstrão. Demais mesmo.
Se você entrasse de novo, faria algo diferente?
Não. Seria a mesma coisa. Mesmo que me dissessem que eu sairia em quinto lugar, eu não mudaria nada. Na minha vida, eu não me arrependo nem dos erros, porque enxergo tudo como aprendizado.
Quais são seus planos a partir de agora?
Não tenho noção. Minha prioridade é a minha família. Meus amigos são meus grandes parceiros também. Não preciso de muito mais que isso.
Mas você disse antes que a exposição era um dos motivos que fez você querer entrar no programa. Você tem alguma ambição artística?
Não. Sou bem satisfeito com meu escritório e a minha profissão. Exposição no sentido de aparecer, isso eu curto. Como Goiânia não é uma cidade muito grande, eu gosto que saibam quem eu sou, de falar com todo mundo. Mas não no sentido de virar um cantor ou ator. Eu não vou forçar nada.
Quem você quer que ganhe o jogo?
A Paulinha, claro. Vi que o Kaysar está bem grandão e acho massa. Acho que é uma estratégia dele meio que construir um personagem. Mas ele é muito gente boa, bom coração, good vibes. E tem uma história vida… Acho que é difícil a Paulinha bater tudo isso, mas torço para que, então, pegue o segundo lugar. O perfil dela é bacana e o jogo dela também é.
Último Paredão
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