Sempre guiado pelos ensinamentos dos pais, Kaysar disse que foi com eles que aprendeu a ser tão feliz. “Depois de passar por certas coisas na vida, eu vi que não vale a pena sofrer porque nada é para sempre. Se você entende isso, então aprende a aproveitar cada minuto”, conclui sabiamente. Quem acompanhou o ‘BBB18’ nos últimos meses teve a chance de conhecer bem como funciona o bom humor do Kaysar. E foi com essa mesma vibração que o sírio deixou a casa nesta quinta-feira, após ficar em segundo lugar. “Eu ganhei muito mais que R$1,5 milhão. A maneira como o povo brasileiro me recebeu não tem preço”, disse animado. Segundo Kaysar, ele mesmo falou em diversos momentos para a Gleice que queria que ela fosse a vencedora desta edição. “Eu fiquei muito feliz por ela, eu falei que ela merecia o prêmio”.
Entrevista com Kaysar, segundo lugar do BBB 18
O que fez você entrar no programa?
Minha família. Meu desejo de ajudá-los. Só minha família. Só quero comprar uma casa para eles, dar uma vida boa para eles, passar o Natal, dia das mães, almoçar em família…
Como você avalia esse período que teve dentro do BBB?
O BBB foi maravilhoso, louco demais, uma coisa incrível. Não sei nem como falar. Fiquei três meses sem conversar com minha mãe, bateu saudade. Mas foi uma experiência maravilhosa e única na vida, onde eu descobri muitas coisas sobre mim mesmo: o que eu gosto mais, o que eu prefiro, como me sinto mais feliz.
Qual você acha que foi o seu maior aprendizado?
Graças a Deus eu consegui entrar. Aprendi muita coisa lá dentro, uma loucura. Aprendi, por exemplo, que preciso ter mais paciência. Conviver com tanta gente me fez perceber que algumas pessoas transformam problemas pequenos em grandes. E aprendi também que os problemas só veem para fortalecer você. Qualquer dificuldade que chega tem dois lados, um bom e um ruim e as pessoas olham muito mais para o lado ruim e esquecem o lado bom. Lá eu descobri também que preciso entender o que eu realmente quero fazer da vida, que talvez não deva aceitar todas as oportunidades. Certas coisas podem me limitar e isso não é bom pra mim. Isso não sou eu.
Você jogou no confinamento? Teve alguma estratégia?
Não joguei. Eu era amigo de todo mundo, gostei de todos. Não me arrependo de nada. Só o voto na Gleici, que foi a única coisa que me marcou. Mas se não erro, nunca vou saber o caminho certo. Se você faz tudo certo, tem alguma coisa errada. Talvez eu devesse ter feito ainda mais loucuras, mas não queria prejudicar os outros, como aconteceu quando pulei na piscina com o microfone. Por minha culpa, o grupo inteiro perdeu muitas estalecas com punições.
De onde vem essa sua felicidade?
Vem da minha família. Minha mãe e meu pai sempre falaram para mim: seja feliz. Se esse é o maior desejo deles, então eu vou ser feliz. Depois de passar por certas coisas eu vi que não vale a pena sofrer na vida. Se você entende que nada é para sempre, então aprende a aproveitar o minuto. Eu falo sempre: hoje eu vou dormir e não sei se vou acordar amanhã. Então eu vou aproveitar meu dia até o final. Se eu acordei, se tocou o alarme da casa, eu estou acordado – e vivo – vou aproveitar meu dia. Cada minuto é lucro para mim.
Você conseguiu fazer amizades verdadeiras dentro da casa?
Sim. No começo eu estava perdido. Mas sei que ficarão amizades, eu tenho certeza absoluta disso. E para mim, amizade é uma coisa muito forte. Amizade é para sempre. Eu dou meu sangue pelos meus amigos.
O que mais te surpreendeu no programa?
A casa inteira é uma loucura. As câmeras são uma coisa incrível. Esse negócio me deixou doido. Meu lugar preferido na casa era a piscina, era minha vida lá. Eu não imaginava uma casa tão grande. Todos os quartos, a decoração, a academia, a casa era toda muito linda. A gente não tem noção quando está fora. Só quando entra.
Você ficou com algum cantinho especial na casa, além da piscina?
Um banco de madeira, no deck. Eu sempre sentava ali, ficava olhando para o céu e até conversava com uma aranha – a Bernadete.
O que você achou das provas?
As provas eram muito loucas. Provas de memória eram as piores para mim, minha cabeça zerava, não vinha nada. As que eu mais gostava eram as de resistência. Eu gosto desse tipo de prova. Ainda assim, eu tive sorte às vezes.
Você ficou mais de 40 horas numa prova. Qual era sua motivação?
Minha mãe, sempre.
E as festas?
Todas as festas foram demais, uma energia muito boa. Nunca tinha ido a festas assim. Uma coisa exclusiva só para a gente. Quando eu vi a Anitta quase desmaiei. Quando eu teria a Anitta cantando só para mim e para os amigos? É demais! As vezes eu não acreditava que estava no BBB.
Como é a sensação voltar do paredão? E de ser líder?
Paredão é chato, um saco. Caruso falava que era “paredão contaminado”, você entrou no paredão, e Deus me livre de alguém encostar em você, te deixava para baixo. Nas provas do líder eu fazia as coisas para a minha mãe ficar feliz. Para ela ter orgulho de que o filho dela estava conquistando algo.
O que mais te encantou em participar do BBB?
Tudo, a casa, a produção, as festas, a piscina, as camas tão confortáveis, os espelhos. Nunca vi tanto espelho na minha vida. Querendo ou não, você fica se olhando no espelho o tempo todo.
Você disse que cansou da sua cara, né?
Graças a Deus não tinha prova num quarto cheio de espelhos.
Você foi um dos que mais mudou o visual. Porque?
Não aguento ficar olhando para a mesma cara o dia inteiro. Eu gosto de estar diferente, me sinto bem.
Você ficou em segundo lugar. Qual é seu balanço da sua participação?
Só de chegar onde cheguei, o apoio do povo do Brasil, eu ganhei mais que um milhão. Fiquei muito feliz. E fiquei muito feliz pela Gleici. Eu falei para ela que eu queria que ela ganhasse.
Você esperava sair da casa e ser recebido assim pelo Brasil inteiro?
Foi muito louco, muito bom! Eu não estou acostumado. O povo é maravilhoso. É emocionante demais. Mais do que você pode imaginar.
Encontrando sua família, qual vai ser a primeira coisa que você vai falar?
Não vou falar nada. Só vou abraçar e beijar a minha mãe.