Com o decorrer das semanas, o jogo se mostrou tentador para Danrley e o carioca que, a princípio, havia entrado no ‘BBB19’ com o objetivo de fazer amizades e aproveitar as festas, encontrou no game a oportunidade de se posicionar. “No início eu me sentia acanhado.
Acho que eu não aparecia tanto e o ‘BBB’ é um jogo de exposição, de fala. Depois de ganhar a prova do líder eu fiquei em evidência e jogar, naquele momento, foi a maneira que achei de me posicionar”, analisa o estudante de biologia.
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Durante os 64 dias que passou no programa, Danrley quis ser um instrumento de motivação para as pessoas. “O que mais me deixou feliz ali foi pensar em quanta gente eu estava motivando. Essas pessoas podiam olhar para mim e pensar ‘nossa, como ele é forte’. Entrei com o discurso de querer mudar a visão que as pessoas têm sobre o pobre, sobre o favelado, e quero tentar mudar um pouco a vida das pessoas que posso alcançar, que de alguma forma podem se espelhar em mim. Se eu tiver conseguido isso, nem que seja só um pouquinho, já vou ficar muito feliz”, fala, muito emocionado.
Para ele, o ‘Big Brother’ e a convivência com amigos que espera levar para sempre significaram amadurecimento e autoconhecimento. “Cresci muito como pessoa, tanto em me conhecer e ver o que realmente é importante para mim, quanto em me reconhecer. A convivência com pessoas como o Rodrigo, a Gabi e a Rízia me fez aprender muito sobre quem eu sou. Poder mostrar quem a gente é e que é possível ajudar os nossos, uma galera que sofre muito diariamente, foi essencial para mim. E foram eles que me ajudaram a enxergar quem eu sou”, analisa Danrley, que deixou o jogo nesta terça, dia 19, com 61,21% dos votos do público em uma disputa com Carolina e Paula. Na manhã desta quarta-feira, ele contou sobre como foi viver a experiência de viver o ‘BBB 19’, suas estratégias de jogo e os aprendizados que o programa e a convivência com outros Brothers lhe proporcionaram.
Entrevista Danrley – Oitavo eliminado do ‘BBB 19’
Conta para a gente como foi participar do BBB.
Incrível. Nenhuma palavra define melhor. Não dá para explicar o que eu vivi no BBB. Conhecer aquelas pessoas e viver tantos momentos bons foi demais. Parece que eu conhecia aquela galera há dez anos. A gente se conhecia há tão pouco tempo e se amava. Ficar na casa, ter a oportunidade de expor algumas ideias e mostrar um pouco de como eu vivo foi muito importante para mim. Outra coisa que faço questão de falar: o ‘Big Brother’ me fez crescer muito. Ficar esse tempo longe da minha família me fez dar ainda mais o real valor de cada um e ver o quanto eles são importantes na minha vida desde sempre. Tive muito tempo para refletir lá sobre isso. Lá todo mundo me chamava de menino e posso afirmar que me sinto hoje um homenzinho.
Era difícil ser o mais novo?
Às vezes, sim. Em alguns momentos olhavam para mim com aquela cara de “nossa, ele é tão novinho, inexperiente”. Mas eu não me achava assim. Podia ter menos idade que eles, mas eu fazia questão de mostrar que também sei bastante coisa. Não é porque eu tenho 20 anos que vou saber menos que alguém. Eu queria mostrar que estava no mesmo nível de todo mundo, e o jeito que tive para mostrar isso foi me posicionando no jogo. Às vezes eu via pessoas que não queriam dar a cara à tapa e eu acreditava que essa podia ser a minha oportunidade de mostrar que estava ali e que não era um menino bobinho. Era a minha chance de aparecer como alguém de cabeça pensante.
Seu objetivo era ser o cara jogador, que analisava o BBB como um game realmente?
Não. Meu objetivo era simplesmente fazer amizades, aproveitar as festas. Só que o jogo acaba sendo tentador. Ainda mais porque no início eu me sentia acanhado, muitas vezes silenciado. Acho que eu não aparecia tanto e o ‘BBB’ é um jogo de exposição, de fala. O jeito que eu encontrei de me mostrar foi depois de ganhar a prova do líder com a Elana, porque era um momento em que eu estava em evidência. Jogar, naquele momento, foi a maneira que eu encontrei de me posicionar e mostrar que eu estava ali também.
E essa estratégia deu certo?
Acho que, talvez, algumas atitudes que eu tenha tomado, me fizeram passar como arrogante. Óbvio que eu não queria isso. Só queria mostrar que eu estava ali, no mesmo nível que todo mundo. Acho que posso ter sido interpretado errado e isso me deixa triste. Mas também fico feliz porque estou de consciência limpa. Não sou arrogante aqui fora e não seria lá dentro.
O que você achou de enfrentar Carolina e Paula neste Paredão? Ficou surpreso com sua eliminação?
Não foi uma surpresa. Estava com medo pelo fato das torcidas delas se unirem. Eu já imaginava que a torcida da Paula e da Hari era forte e imaginava que elas se uniriam. Mas, ao mesmo tempo, estava confiante por tudo o que fiz e por quem eu sou. Imaginava que ganhar o jogo seria muito difícil, mas se eu consegui tocar algumas pessoas de uma maneira positiva, passar uma mensagem legal de alegria e perseverança, eu já fico muito feliz.
Em que momento você achou que seria difícil ganhar o ‘BBB’?
Já naquela primeira roda que fizemos, em que todo mundo começou a se apresentar. Eu fui ouvindo a história de cada um e me senti acanhado. Pensei: “eu sou só um estudante de biologia”.
Em determinado momento do jogo, você se colocou como vilão. Isso foi uma estratégia?
Foi. No começo, como eu estava acanhado, e por ter achado a história de todo mundo mais incrível que a minha, eu não consegui me expressar muito bem, não consegui contar a minha história. Éramos muitos e as pessoas cortavam muito umas às outras. Fui ficando com medo de não estar aparecendo, de me acharem a planta da casa. Depois que eu ganhei a liderança decidi por me posicionar de forma mais firme do que as outras pessoas. Era, naquele momento, a minha forma de mostrar que eu estava no jogo.
A que você atribui ter sido eliminado?
Acho que pelo fato da torcida das meninas ser muito grande. E talvez isso, de ter me colocado como vilão, pode ter soado arrogante. Mas essa não foi a minha intenção.
Ficou com algum ressentimento com alguma pessoa da casa?
Confesso que sim. Ontem, quando vi as meninas (Paula e Hariany) falando que eu era forçado, que eu tentava aparecer, eu fiquei chateado. E a visão que eu tinha delas era a mesma, só que eu não fiz questão de falar isso, porque eu não estava ali para diminuir ninguém. E a Carol também disse que eu estava querendo prejudicá-la, falando das oportunidades que ela já teve. Imagina… eu até me desculpei com ela.
A experiência de viver o Big Brother foi como você imaginava?
Não mesmo! Foi muito melhor. Eu conheci pessoas incríveis: a Elana, uma das meninas mais fortes que eu já vi; o Rodrigo, que graças ao esforço dele, alcançou tantas coisas boas; a Ga, corajosa demais, o posicionamento e a representatividade dela são muito importantes, ainda mais nesse momento que a gente vive, com tanto discurso de ódio, de intolerância e de preconceito; a Rízia, maravilhosa; o Alan, tão carinhoso, com aquele jeito de meninão… Cada pessoa ali foi como um anjo para mim.
E você acha que vai dar para continuar a amizade com eles aqui fora?
Com certeza, com todas! Todos disseram que querem conhecer a Rocinha e eu vou ter o maior prazer de apresentar para todo mundo. O Rô já disse que vai me perturbar (risos). A convivência com eles no dia a dia é o que vai me fazer mais falta. Esse carinho, esse cuidado que a gente tem um com o outro.
Você faria algo diferente? Ficou com algum arrependimento?
Vendo agora, de fora, acho que eu não me colocaria como o vilão. Mesmo sabendo que eu não era, acho que isso bateu como algo ruim. Talvez eu me colocasse de outra forma. E acho que teria dormido um pouco menos para aproveitar ainda mais. (risos) Mas acho que aproveitei bastante. Cada segundo ali valeu a pena.
Falando em aproveitar, qual era o momento que você aguardava com mais ansiedade?
Os dias em que eu acordava mais motivado eram os dias de prova, porque eu sou muito competitivo. Queria ganhar a prova, os prêmios. E os dias de festa eram muito felizes para mim. Queria sempre aproveitar muito até o final, porque não dava para saber se seria ou não a última festa. Eu agradecia todos os dias por amanhecer naquele lugar maravilhoso, pela oportunidade de, talvez, poder mudar a minha vida e a da minha família, que sempre fez tudo por mim.
Como você define a sua participação? Sai uma pessoa diferente de como entrou?
Cresci muito como pessoa, tanto em me conhecer e ver o que realmente é importante para mim, quanto em me reconhecer. A convivência com o Rodrigo, a Ga e a Rízia me fez aprender muito sobre quem sou. Eu saio do ‘Big Brother’ com orgulho de que eu sou e poder mostrar quem a gente é e que é possível ajudar os nossos, uma galera que sofre muito diariamente, foi essencial para mim. E foram eles que me ajudaram a enxergar quem eu sou.
Qual foi o momento mais marcante para você no jogo?
Foram vários, mas o que eu mais me orgulho foi ter vencido aquela prova de resistência com a Elana. Ali eu me soltei mais para o jogo. E eu sempre dizia para a minha mãe que eu tinha que ganhar uma prova de resistência. Sou atleta, sou competitivo e não foi uma prova fácil. O que mais me deixou feliz ali foi pensar em quantas pessoas eu estava motivando. Essas pessoas podiam olhar para mim e pensar “nossa, como ele é forte” (muito emocionado). Eu entrei com o discurso de querer mudar a visão que as pessoas têm sobre o pobre, mas isso é muito difícil. Independentemente do que você faça, as pessoas estão sempre te apontando o dedo e sempre foi assim. Se eu não posso mudar o externo, eu quero tentar mudar um pouco a vida das pessoas que eu posso alcançar, que de alguma forma vão poder se espelhar em mim. Se eu tiver conseguido isso um pouquinho só eu já vou ficar muito feliz (diz, emocionado).
E o que vai dar mais saudade?
A rotina. Acordar e dar bom dia para os meus amigos, receber aquele abraço carinhoso deles, o beijinho de boa noite do Rô. O que me conforta é saber que foi tão verdadeiro que tenho certeza que vai continuar aqui fora.
Vi que você está com a pulseira do quarto do líder até agora. Por que não tirou?
Isso é meu! Eram dez pessoas na casa e a Ga decidiu dar para mim a pulseira. Me senti muito especial e só vou tirar na quinta, quando acabar a liderança dela.
Agora, fora do BBB 19, quais são os seus planos?
Não faço ideia! O sonho é terminar a faculdade. Talvez apareçam outras oportunidades neste momento que eu tenha que abraçar. Estou muito feliz em ver que tem uma galera de olho em mim e que quer ouvir o que tenho para falar aqui fora. Entrei no BBB dizendo que ia falar lá dentro e vou poder continuar fazendo isso aqui fora. Acho que isso vai ser lindo.
Quem você acha que é o jogador mais forte e para quem vai a sua torcida?
Acredito que a pessoa que deva estar melhor na casa, e com mais torcida aqui fora, seja a Hari, pelo jeito meigo. Mas eu torço pela Elana e pelo Rô.
Na #RedeBBB é possível acompanhar os passos de Danrley fora da casa. Nesta quarta-feira, 20, ele participa do Boletim, ao vivo, às 13h nos perfis oficiais do programa. Na quinta-feira, dia 21, o Brother repercute a Prova do Líder junto com convidados especiais na Mesa-Redonda, ao vivo no Gshow, logo após o programa. Encerrando a semana, no sábado, 23, Danrley faz um ensaio fotográfico e entrevista especiais.
O ‘BBB19‘ tem direção-geral de Rodrigo Dourado e apresentação de Tiago Leifert. O programa vai ao ar de segunda a sábado logo após ‘O Sétimo Guardião’, exceto às quartas, quando passa depois do Futebol. Aos domingos, o programa é exibido após o ‘Fantástico’.