Foi um paredão histórico. Recorde de votação, com mais de 416 milhões de votos. No centro da disputa pela preferência do público estavam Pyong Lee, Gizelly e Guilherme, que acabou eliminado na sexta semana do reality com 56,07% dos votos.
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Mesmo assim, a curta passagem de Guilherme pelo programa não o impediu de vivenciar as melhores oportunidades do jogo: foi duas vezes líder, ganhou a prova do anjo e encontrou um amor. “Eu posso ter sido eliminado essa semana, mas eu vivi tudo que o BBB poderia me proporcionar”, avalia. Teve, ainda, sua postura na competição questionada por outros participantes, que o classificaram como isento demais. “Não me arrependo de ter agido assim. Eu não gosto de brigas. Fui o que eu sou aqui fora”, explica.
Com a palavra, o eliminado:
Como você resume a experiência de participar do BBB 20?
Foi a realização de um sonho. A gente acha que o BBB vai ser de um jeito e, na verdade, é totalmente diferente, uma loucura a cada fase. No confinamento caiu a ficha. Toda hora é uma bomba de informações e sentimentos. É muito intenso, uma semana parece um mês. Até então o meu intercâmbio tinha sido a melhor experiência da minha vida, mas agora tenho certeza de que foi o ‘Big Brother Brasil’. Vivi tudo do jeito que eu sou, sendo sincero sempre. Foi o jogo mais difícil e o melhor da minha vida.
Qual foi seu melhor momento na casa?
Eu tenho vários, não consigo dizer só um. O momento em que eu fui líder pela primeira vez e a sensação de protagonizar o lugar mais desejado do jogo foi um deles. E com ele poder ver fotos da minha família, o que foi essencial. Também tive a oportunidade de ganhar o anjo. E, claro, de conhecer a Gabi, que foi muito especial para mim. Ter conhecido todos na casa também foi incrível. Eu posso ter sido eliminado essa semana, mas eu vivi tudo que o BBB poderia me proporcionar. Os 20 participantes que passaram pelo reality são muito privilegiados por essa chance.
E o que foi mais difícil de viver no programa?
Eu sou muito apegado às minhas amizades. Então, sem dúvidas, os momentos mais difíceis foram os que eu tive desavenças com pessoas que eu gostava. Eu não queria ficar mal com ninguém e, sim, resolver. Isso foi uma coisa que eu deixei muito claro desde antes de entrar no BBB: eu não queria briga e confusão, queria estar bem com todos. Talvez isso tenha soado de uma outra maneira e sido interpretado como se eu não quisesse me comprometer com a galera. Por isso, em certos momentos, eu preferi me afastar ao invés de ir para o embate.
Você esperava receber a indicação da Ivy para o paredão?
Não esperava. Acho que, de alguma maneira, teve uma influência do Pyong nessa escolha, porque ela tinha me falado que as opções de voto dela eram o Prior e o Babu, naquele momento. Mas é o jogo dele. Ele foi lá para jogar, assim como eu. Eu conversei com a Ivy sobre isso e ela me mostrou que eu tinha virado a terceira opção, sim, e ficou tudo bem.
Por que você escolheu disputar o paredão com o Pyong?
Porque eu não concordo com o jogo dele e com algumas atitudes dele na casa. Poderia ser uma estratégia de jogo minha colocar alguém que eu considerasse mais fraco no paredão. Mas era a chance de uma resposta do público para todo mundo. Eu acho que fiz o certo. Poderia ter feito diferente, mas eu estaria indo contra a minha verdade. Ele queria que eu saísse e, a partir do momento que ele deixou claro que queria me tirar do programa, ele virou meu alvo.
Você tinha uma estratégia de jogo?
Sendo bem sincero, eu estava vivendo tudo tão intensamente que, por alguns momentos, acho que me perdi no jogo, na verdade. Não estava tendo visão. Eu separava as brigas sempre porque eu sou assim na minha vida, não gosto de conflito. Mas, conversando com algumas pessoas e analisando depois, vi que, muitas vezes, eu deveria ter me informado mais sobre as discussões. Acho que isso pode ter me atrapalhado. No momento em que eu quis me ausentar de brigas, eu poderia ter me posicionado. Mas não me arrependo. Posso ter jogado de uma forma errada, mas com o tempo vi que eu estava começando a enxergar as coisas.
Você teve sorte no jogo: ganhou duas lideranças e um anjo. Mesmo assim, acabou eliminado. Por que, mesmo tendo vivido tantos pontos altos, acha que isso aconteceu?
Não sei dizer, de verdade. Eu estava muito confiante de que iria ficar, pelo que eu fiz e pelo que eu sou. No jogo da discórdia dessa semana eu fiquei muito feliz de saber o que as pessoas pensavam sobre mim. A única coisa que elas não gostavam do meu jogo era o fato de eu ser isento. Mas todos que me colocaram na opção do “jogo sujo” justificaram a escolha dizendo: “Eu não diria jogo sujo…” Então, se não é jogo sujo, só me colocaram porque tinham que colocar alguém. Eu disputei o paredão com um ótimo competidor. E soube que a votação foi bem acirrada, foram poucos números de diferença. Então eu poderia ter ficado.
Concorda com essa classificação de “isento” no jogo?
Concordo. Mas foi uma postura isenta não proposital. Acabou sendo uma consequência da minha atitude de não querer estar no meio de conflitos, de separar as brigas. E isso valia para quem eu era próximo e para quem eu não era também. A minha intenção sempre foi a melhor, de fazer o bem. Se eu me posicionasse mais nessas situações, talvez as pessoas vissem o que eu penso. Por outro lado, se eu me exponho, eu acabo virando alvo. E acabei virando alvo justamente por não me expor. Mas não me arrependo de ter agido assim, não. Eu fui o que eu sou aqui fora.
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Sua relação com a Gabi teve muitas idas e vindas e várias DR’s. Acha que o namoro te desestabilizou no jogo?
O meu lado emocional é muito fraco. Sou muito emotivo e sensível, ela também é; somos muito parecidos nesse quesito. Talvez eu tenha me desequilibrado emocionalmente, ficado triste, chateado, querendo resolver a situação. Mas eu estou muito feliz de ter vivido isso com ela. Foi muito importante.
Pretende levar o relacionamento adiante fora da casa?
Tenho intenção de continuar com ela, sim. Aqui fora eu sei que as coisas são diferentes, mas eu mantenho o que falei para ela lá dentro. Quando ela sair, também vai viver isso que eu estou vivendo e teremos nosso tempo de conversar e decidir o que é melhor para a gente. Mas eu ainda estou namorando com ela, sim.
Na festa “Guerra e Paz” e em outros momentos do jogo, você e a Bianca estiveram bem próximos, fato que despertou ciúmes na Gabi. Como você avalia sua relação com a Bianca durante o confinamento?
A Bianca foi a primeira pessoa com quem eu construí uma amizade na casa. A minha relação com ela sempre foi essa. E ela foi a primeira pessoa para quem eu falei sobre o meu interesse na Gabi. A Bia me ajudou, falou de mim para a Gabi, nos deixou sozinhos de propósito para que a gente pudesse se aproximar… Todo mundo sabia disso. Mas eu reconheço que, talvez, não tenha sabido dosar bem essa aproximação. Isso foi conversado lá dentro, a Gabi me desculpou e ficou tudo bem. A gente está no BBB para aprender, evoluir, perdoar. E tudo isso aconteceu.
Victor Hugo se declarou para você em vários momentos. Como você lidou com essa situação?
Sempre levei na boa, não tinha problema nenhum com isso. A minha amizade com o Victor Hugo foi tão boa quanto a minha amizade com a Bia. Eu era muito próximo dele. A diferença foi que eu criei uma identificação com a Bia logo na primeira semana e o Victor Hugo eu só conheci melhor depois. Ele é um cara que me ajudou muito. Sempre aceitei as brincadeiras e sempre quis deixar as coisas claras. Para mim era muito importante ele entender a situação para não se chatear e a gente poder ter uma boa amizade. Adoro o Victor e admiro muito a história dele.
Você acha que, em algum momento do jogo, foi conivente com as estratégias dos homens em relação às mulheres da casa?
Não. Eu andava com eles, estava presente, mas eles mesmos sabem que não era sempre que eu estava junto. Também era próximo de outras pessoas. Na discussão com as meninas a própria Marcela me falou: “Isso não é com você, fica aqui”. E eu simplesmente fiz o que ela me pediu. Ali eu não estava sabendo o que estava acontecendo. Se eu não sei o que está acontecendo, não tem como ser conivente. Estava ausente dessa confusão. A conversa em que eu falei com o Lucas sobre a Mari foi na primeira semana. Eu não conhecia ninguém direito ainda. A minha única preocupação naquela fala era com o relacionamento do Lucas aqui fora. Depois eu conheci melhor a Mari e vi que não era nada isso.
Em algum momento você teve medo do julgamento do público aqui fora?
Tive. A gente não sabe o que está acontecendo aqui fora e o meu maior medo era com relação a minha família, especificamente. Estava muito preocupado porque da mesma forma que tudo era novidade para mim também era para eles. Eu sabia que teriam pessoas que iam gostar de mim e outras não. Eu não vou agradar a todos. Mas acho que dei o meu melhor.
Agora, fora da casa, quais são os seus planos?
Eu primeiro preciso assimilar tudo que está acontecendo. Vou conversar muito com a minha família ainda. Mas eu sou modelo e a minha intenção é seguir trabalhando nessa área e aproveitar oportunidades que possam surgir depois da minha participação no BBB.
Quem você acha que está forte no jogo?
Eu tenho alguns palpites. Antes de saber da votação eu achei que fosse o Pyong, porque ele é um cara inteligente. Mas se a votação foi tão acirrada, acredito que se ele for no próximo paredão, ele sai. Uma pessoa que eu acho que cresceu muito lá dentro foi o Prior. O Victor Hugo, na minha opinião, também sabe enxergar muito bem o jogo. E não vejo ninguém votando na Gabi, por enquanto. Acredito que ela pode chegar à Final sem ir a nenhum paredão. A minha torcida é para ela.
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