Foi uma trajetória de alegria e coração aberto. Mari Gonzalez, que deixou o ‘Big Brother Brasil‘ com 54,16% dos votos no último paredão, contra Babu Santana e Manu Gavassi, deu tudo de si e, nessa empreitada, transpareceu um jeito bondoso e disponível que chegou a ser questionado pelos colegas de confinamento. Afinal, é possível ser assim o tempo todo? Segundo Mari, sim. Para ela, o segredo é um só: “Eu sempre estive aberta ao diálogo. Para quem quisesse falar comigo, eu estava ali e disposta. Acho que quando duas pessoas querem se resolver, elas conseguem“, revela Mari. Entre vitórias em provas do líder e do anjo, festas muito curtidas e paredões históricos, teve alguns desentendimentos que – garante – foram todos resolvidos.
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Confira a entrevista:
Você chegou ao “Top 5” do BBB 20. Qual é a sensação de ir tão longe no programa?
Agora que está caindo a ficha. Independente de ter saído, ter chegado entre os cinco, para mim, é surreal. Quando a gente entra é claro que fica na expectativa e esperança de chegar à final, é um sonho. Mas ir tão longe é muito gratificante, a gente fica muito orgulhoso de si mesmo. Nesse final, apesar de estar insegura, eu estava muito grata e isso me confortou muito.
Esperava ir tão longe na competição?
Eu mantinha o pensamento positivo. Acho que tudo em que a gente pensa muito e acredita acontece, então eu mentalizava muito isso. Mas uma coisa é acreditar, outra coisa é realmente chegar entre os cinco. Foi surreal.
O que faltou para chegar à final?
Talvez em um momento do jogo eu pudesse ter sido mais estratégica. Mas, ao mesmo tempo, eu fico feliz de ter sido eu mesma e agido do meu jeito. Então tem dois lados. Acho que a torcida também faz grande diferença, ainda mais agora na final, e eu não tinha mais aliado nenhum dentro da casa. A força das torcidas juntas conta muito e isso pode ter dado uma atrapalhada.
Você mudaria sua estratégia de jogo, se tivesse a chance?
Lá dentro eu segui muito o meu coração. Eu não me programei, fui me deixando levar. Talvez eu pudesse ter jogado mais, mas eu não sei se eu faria assim porque eu estou tão feliz de ter agido do meu jeito, com a minha essência!
O que o ‘Big Brother Brasil’ representou na sua vida?
Um momento único e inesquecível. Acho que nenhuma experiência vai chegar perto dessa, e eu jamais vou esquecer. É um marco.
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Durante o confinamento você teve desentendimentos com todos os participantes que ainda estão na casa, mas nessa reta final mantiveram uma convivência tranquila e alegre. O que mudou de lá para cá?
Todas as pendências e conflitos que eu tinha com alguém eu fiz questão de conversar com a pessoa para a gente se entender. Com a Rafa conversei no início, durante o programa inteiro ficamos mais distantes, e nos acertamos agora no final. Com a Thelminha a gente logo sentou e se resolveu. Diversas vezes conversamos eu e Babu. E a Manu, apesar de eu querer muito conversar, ela não queria conversar comigo (risos). Mas depois nos falamos e ficou tudo bem. Eu sempre estive aberta ao diálogo. Para quem quisesse falar comigo, eu estava ali e disposta. Acho que quando duas pessoas querem se resolver, elas conseguem. Tudo foi caminhando ao longo do tempo, nada foi programado.
Você acha que o seu conflito com a Rafa no jogo teve alguma influência da briga entre ela e a Bianca, por você ser próxima da Bianca?
A minha opinião sobre a Rafa é independente da Bianca. Antes de entrar no BBB, eu já tinha algumas ideias sobre ela tiradas por mim mesma. E quando eu entrei na casa, decidi dar uma oportunidade a tudo isso, conversar com ela e apresentar o que eu penso. E assim fizemos. Quando houve a briga da Rafa com a Bianca, a Bia não sabia o que eu pensava porque eu não tinha falado com ninguém da casa, era uma coisa muito minha. Claro que depois nos sentimos à vontade para falar sobre isso e alguns pontos bateram. Mas ela não me influenciou nem eu a ela. Cada uma tinha seu próprio pensamento quanto a isso.
Diversos momentos seus na casa viraram meme e divertiram o público aqui fora: cenas de choro com a Flayslane nos braços, as vezes que você não entendeu bem o que outras pessoas estavam falando… Já tinha reconhecido esse lado espontâneo e engraçado seu?
Eu sei do meu jeito louco de ser, mas eu não sabia que eu era uma máquina de memes (risos)! Tem meme de tudo quanto é jeito. Vi aqui fora que eu não escutava nada, estou me dando conta disso agora! Falavam uma coisa e eu entendia outra nada a ver. Era cada coisa que saía dessa minha cabeça… Eu vou usar esses memes todos. Só quero saber dos memes, dos problemas não quero saber! (risos)
Você e a Flayslane tiveram uma amizade com momentos marcantes, engraçados, mas também com algumas divergências. Como você avalia a relação entre vocês?
Eu gostei muito da energia da Flay, da alegria, da diversão, também admirava muito a fé dela. Foram várias as coisas que fizeram a gente se juntar e criar essa relação de amizade. Mas era entre tapas e beijos porque nós duas pensamos e agimos de maneira muito diferente, na vida e no jogo. E eu acho que amizade é isso, não é para passar a mão na cabeça. A gente não é amigo só de pessoas que concordam com a gente, então não vejo problema em se falar, deixar tudo às claras. E está tudo bem!
Os seus amigos no jogo foram saindo pouco a pouco. A eliminação das pessoas próximas a você te desestabilizou no programa?
Isso passa pela nossa cabeça, a gente começa a pensar muito quando vê saindo um, outro e outro. Mas, ao mesmo tempo, eu tinha uma coisa muito forte em mente que eu falava sempre para a Flay: podem até julgar a gente pelas pessoas que estão ao nosso lado, mas a gente mesmo e o que a gente faz conta mais do que tudo. Sabia que as pessoas estavam vendo a mim, independente de quem eu tinha ao meu lado, porque isso não quer dizer que eu estou apoiando todas as atitudes de quem está comigo. Todos estão vendo o que eu estou falando, fazendo. A hora que a saída dessas pessoas mais pesou para mim foi na reta final. Quando eu olhei para o lado e vi no sofá o grupo das meninas (Rafa, Manu e Thelma) e o Babu no canto dele, eu vi que não tinha nenhuma aliança ali dentro. Pensei: “Agora vai ser difícil superar o paredão”.
Você se sentiu sozinha em algum momento?
Sim. Teve grande parte do jogo em que eu e a Flay ficamos mais isoladas. Em vários momentos as meninas se reuniam, ficavam juntas, e a gente de fora. Sentimos muito isso. No final, a Thelma até falou comigo que eu não estava sozinha. E realmente eu não estava porque a gente estava em um clima bom, a gente conversava. Mas, no fundo, eu sabia que existia ali uma relação de amizade que já estava forte, enquanto as minhas relações tinham saído. Estava sozinha nesse sentido, mas na convivência estava tudo bem.
Nas últimas semanas você se aproximou bastante da Ivy. O que tinham em comum?
Eu penso: “Meu Deus, por que a gente não se juntou antes?” Mas é do jogo, as coisas vão acontecendo naturalmente. Eu sempre falei bem e gostei muito da Ivy. Agora, no final, os parceiros dela saíram e os meus também. Foi quando a gente teve a oportunidade de ficar mais tempo juntas e percebeu o quanto tínhamos coisas em comum: a energia, a alegria, a animação. E deu a liga! Foi no final, mas que bom que deu! A gente se divertiu muito. Ela era uma pessoa de quem eu gostava muito de estar perto.
Essa semana você disse que havia perdoado as piores coisas que fizeram com você na casa. Quais foram suas maiores decepções?
A maior foi com os meninos, no início do jogo, quando teve toda aquela situação comigo. Foi uma pancada muito grande e que me prejudicou porque eu comecei a ficar insegura e com medo das pessoas. Eu não esperava! Eles eram pessoas que estavam junto comigo, mas falando tudo aquilo por trás. Fiquei um pouco chocada. Já agora no final eu fiquei bem triste com a Manu também porque ela era uma pessoa que eu admirava muito e que começou a ter atitudes que não eram coerentes com o que ela falava; isso, para mim, foi decepcionante. Ela não queria escutar e entender o meu lado, que era uma coisa pela qual ela prezava e falava bastante. Mas conversamos e ficou tudo certo.
Ser camarote, ao invés de pipoca, fez alguma diferença no jogo?
No início os inscritos tinham muito o pé atrás com a gente, queriam até ter o grupo “JJ” para tirar os convidados. Mas eu entrei muito aberta. Eu sabia que ter seguidor é incrível, mas sabia também que o público do BBB é muito maior, então isso não me fez ficar mais confiante que ninguém. Eu entrei para me jogar, não ficava pensando nisso. Esse pé atrás caiu quando a Bianca, que tinha muitos seguidores, saiu.
Teve alguma coisa que você descobriu aqui fora que te surpreendeu?
Eu não vi muita coisa ainda. Mas eu vi o vídeo do Guilherme falando de mim e fiquei bastante chocada porque naquela situação da briga com os meninos o nome dele não tinha sido citado, e eu sempre fiquei muito junto com ele. A informação de que a Rafa falava muito de mim também me chateou. Mas tiveram os memes, que eu amei! Já vi vários deles.
Do que você mais vai sentir falta dessa experiência no BBB?
De muita coisa. Lá dentro mesmo, nesses últimos dias, eu disse que já estava com saudade. Como é que pode? Eu vou sentir saudade da rotina enlouquecida porque a gente não sabe de nada mas, ao mesmo tempo, sempre tem surpresa. É tudo preparado com muito carinho e pensado com muito amor para a gente. Sem falar das festas, que eram incríveis, dos brothers e da minha academia (risos)! Também vou sentir falta dos aprendizados, que foram vários.
Quais foram eles?
Eu tinha muita dificuldade de ouvir o outro, de me colocar no lugar. E lá dentro eu tentei fazer muito isso. Também aprendi a valorizar as pessoas. Durante o confinamento eu pensava muito na minha família, em todo mundo que eu tinha que agradecer.
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Se pudesse voltar e fazer algo diferente, você faria?
Eu acho que falei coisas desnecessárias, que não têm a ver comigo. Não sei o porquê, mas às vezes a gente se expressa mal, e eu me julguei muito por isso. Eu poderia ter tido mais cuidado com a forma de me expressar.
Para quem fica sua torcida agora?
Para o Babu. E acho que, independente da minha torcida, ele é o campeão.
Quais são seus planos daqui para frente?
Agora eu quero organizar toda a minha vida. Eu não tenho nem metas e objetivos para 2020 ainda, meu ano vai começar agora! (risos) Quero continuar com o meu trabalho como digital influencer, me comunicando com as pessoas, que é o que eu amo fazer, e montar novos projetos também. E se aparecesse alguma oportunidade para trabalhar na TV, eu iria amar!