Risadas e lágrimas rolaram sem restrições pelo rosto de Douglas Silva durante os 100 dias de confinamento no ‘Big Brother Brasil’. Diante das emoções despertadas pelo programa, o ator aprendeu que, sim, podia chorar. Mas não só isso: a animação contagiante de D.G. mostrou ao Brasil um cara sensível, forte, acolhedor e disponível. Formou com Pedro Scooby e Paulo André uma família no BBB, não para substituir a que deixou aqui fora, mas para viver os altos e baixos do jogo lado a lado. E, apesar da distância, três nomes saíam de sua boca a cada vitória no jogo, momentos em que resgatava dentro de si a importância destas pessoas em sua vida: Carol, Maria Flor e Morena, a esposa e as duas filhas que estavam sempre em seus pensamentos. Talvez essa tenha sido uma de suas fortalezas para vencer diversas disputas e alcançar o 3º lugar no ‘Big Brother Brasil 22’, depois de obter 1,13% dos votos na decisão final. “Não sou um cara que estudou o BBB. Tentei jogar do jeito que cabia para mim dentro das minhas atitudes e do meu caráter. ”
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Na entrevista a seguir, Douglas comenta seu posicionamento no jogo, fala sobre alvos de voto e pessoas que guarda com carinho em sua trajetória. Revela, ainda, os frutos que pretende colher com sua participação no reality show.
Qual a emoção de viver uma final ddo ‘Big Brother Brasil’?
Nossa, eu não esperava chegar até a final do programa. Eu vi que a minha trajetória dentro do jogo fez com que eu ficasse dentro da casa, independente da formação do paredão. E a cada paredão que eu ia, me sentia mais forte, via que tinha um potencial. Não esperava mesmo chegar nessa final, eram tantas histórias emocionantes dentro do programa.
O Tadeu Schmidt falou no discurso do paredão que definiu a final sobre você quase ter sido eliminado em sua primeira berlinda. No entanto, isso não aconteceu e você conseguiu virar o jogo. A que você credita essa permanência até a final?
Eu acho que o meu jeito de levar o jogo, joguei do meu jeito. Não sou um cara que estudou o BBB. Tentei jogar do jeito que cabia para mim dentro das minhas atitudes e do meu caráter. Teve um momento que virei essa chavinha, mas mesmo assim não fui do 8 ao 80. Tentei ponderar o lado jogador e o humano. Tanto que na primeira semana eu nem queria o líder, ganhei um prêmio incrível, mas não queria aquela responsabilidade porque não tive a oportunidade de conhecer todo mundo. Então eu me baseei pelo relacionamento.
Você comentou que entrar no game e aprender a separar a estratégia das relações foi difícil no início da competição. Olhando para trás, acha que seguiu a melhor tática de jogo? (O que faltou para sair campeão?)
Não faltou nada, foi campeão quem deveria ser. Eu sou assim do lado de fora, minha família e amigos me conhecem. Não tinha como ser diferente, criar um personagem para jogar aquele jogo, eu não iria conseguir. Em algum momento isso iria me incomodar e seria um tiro no pé. Fui eu mesmo o tempo todo, me diverti para caramba, joguei quando tinha que jogar. Acho que isso me levou para a final.
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Você foi a seis paredões, a maioria deles indicado pela casa. O que faltou na convivência para evitar esses votos, na sua opinião?
Não faltou nada, fui para o paredão pela estratégia dos outros e não pelo o que eu fiz.
Um dos motivos dos participantes que te indicavam era que você “escondia seu jogo”. Concorda com essa afirmação?
Eu não escondia, não falar a minha estratégia é uma forma de jogar. Só que os outros participantes não viam isso.
O Vini foi um dos primeiros participantes a virarem alvo de votos seus no programa. Por que fez essa escolha por ele?
Lá dentro eu sempre comentei sobre as outras pessoas que deveriam ir ao paredão. Essa começou a ser a minha estratégia de jogo, eu dizia que tínhamos que colocar que não era indicado e quem estava quieto vendo o circo pegar fogo. Quando o Gustavo chegou com a mesma linha de raciocínio, mostrei que sempre falei isso. Eu já queria movimentar, mas eu não tive oportunidade de contragolpe em nenhum paredão.
O que te fez mudar de estilo de jogo e começar a combinar votos com seu grupo (PA e Pedro Scooby)?
Foi uma estratégia de defesa, porque éramos um grupo pequeno sendo atacado de todos os lados. Então sem um consenso não conseguiríamos fazer nada. Quando o Gustavo chegou, nós viramos cinco, naquele momento mexemos na estratégia.
O entrosamento entre você, Pedro Scooby e Paulo André foi perceptível e agradou muito fora da casa. O que você acha que gerou essa conexão?
As nossas vivências. A gente se identificou um no outro e isso culminou muito para que desse certo. Tanto que a gente conversava muito pouco sobre jogo, muito mais sobre a vida e quando a gente tinha que jogar tudo dava certo.
Como foi ser o primeiro líder do ‘BBB 22’?
Foi emocionante. Quando eu ganhei essa liderança e pude ver fotos da minha família, ter uma festa grande como sempre quis foi realizador.
Alguns participantes sinalizaram que os Camarotes, e o seu grupo em especial, não tinham o mesmo comprometimento que os Pipocas com o jogo. Por isso, talvez não merecessem o prêmio. Como você vê essa questão?
A gente se comprometeu muito, tanto que vencemos a maioria das provas. Sempre dávamos um jeito de nos defender ganhando o líder, anjo ou uma imunidade. Não tem como falar que isso não é comprometimento.
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Você evitou por bastante tempo votar na Jessilane e na Natália. Também deu muito apoio para as duas em momentos difíceis, apesar de elas não serem do seu grupo. Fale um pouco sobre a sua relação com elas e sobre como você avalia o jogo de ambas.
Sempre vi Nat, Jessi e Lina como fortes. Eu sabia que já existia um grupo formado no lollipop, no qual elas não faziam parte, e seriam massacradas por ele e eu também.
Que amizades, além das de P.A. e Scooby, marcaram a sua trajetória e você pretende manter fora da casa?
O Gustavo foi uma peça fundamental para mim no jogo, ele me ajudou muito na transição da minha estratégia. O Arthur também, o jeito dele articular o jogo e mostrar para a gente as possibilidades ajudou muito a fortalecer o grupo.
Quais foram os momentos mais especiais ou marcantes dos seus 100 dias de BBB?
A festa do Scooby, os shows que eu assisti – principalmente o show do Seu Jorge com Alexandre Pires – ver o Mumuzinho e o Ferrugem também foi incrível. Todos os shows foram especiais, tiravam a gente daquela pressão de estar dentro de um jogo.
Você mudaria algo que tenha feito ou deixado de fazer no BBB?
Não, eu fui muito coerente como meu jeito de pensar e agir. Não falo que só acertei ou errei, eu sei reconhecer meus erros. Mas eu ainda não tive tempo de ver tudo, vou ver mais coisas e se eu tiver cometido algum erro vou saber pedir desculpas.
Quem era o Douglas Silva antes do BBB e quem é o “DG” depois do BBB?
O Douglas Silva antes do BBB era um cara que achava que poderia fazer tudo sozinho e o BBB demonstrou que eu sozinho não consigo fazer muitas coisas. Uma andorinha não faz verão e eu consegui fazer um verão junto com os meus amigos. Foi muito importante para mim, sem eles ali e não conseguiria seguir até a final.
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Como pretende colher os frutos dessa aventura que foi o ‘BBB 22’? Quais são os planos pós-programa?
Eu ainda não tenho planos, mas tenho certeza que são muitos frutos. Ainda vou analisar tudo, mas sei que até a Maria Flor já está trabalhando e isso para mim é impagável porque ela está começando na mesma idade que eu quando estreei.