Domitila Barros viveu uma trajetória de coragem no ‘BBB 23’: “Eu consegui, por 93 dias, ser a Domitila que eu fui. Sem errar, seria desumano”, avalia depois de deixar o reality nesta terça-feira, dia 18. A energia “gratiluz” da ex-sister se uniu à sua vibe afrontosa e motivou diversos conflitos que a levaram a sete paredões, à experiência de um Quarto Branco com um grande rival e a vários vetos em provas. Nem por isso deixou de chegar ao Top 6 desta temporada, sendo a última representante do quarto Fundo do Mar a sair da competição. Domitila foi eliminada na berlinda contra Amanda e Larissa ao receber 59,94% dos votos. Além da disposição para o game, a modelo e ativista social mostrou ao público seu lado sensitivo que surpreendeu com premonições certeiras sobre movimentações do jogo. A Miss Alemanha também se destacou, fora da casa, pelo seu lado cantora: o hit das cacheadas em transição foi marcante para os fãs. “Quando eu saí, percebi que é muito importante ser Domitila em todas as suas facetas: a Domitila que erra, a Domitila que dança, a Domitila que canta. Eu queria, mesmo com os meus temas, levar um pouquinho de alegria, de inspiração, e percebi que não tem números para isso, o que é muito bom porque me dá vontade de fazer mais”, declara.
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Na entrevista a seguir, a ex-participante dá um palpite sobre o que pode tê-la tirado da final do ‘BBB 23’, avalia seus erros e acertos e conta planos e projetos para o futuro após o reality.
Eleja uma palavra que resuma a sua participação no ‘BBB 23’ e justifique.
Sensibilidade. Conversando com mainha hoje, ela me disse que muitas coisas que eu falava lá dentro estavam acontecendo aqui fora. Até para eu aguentar, com as pressões que eu sentia, eu tinha muito essa crença, essa coisa de visualizar, imaginar e criar o meu próprio mundo dentro daquele universo paralelo. Então, acho que a minha sensibilidade foi o meu guia nesta edição.
Quais foram os momentos mais especiais para você durante o confinamento?
O primeiro foi quando o Fredão volta: ‘Meu Deus, o Fredão voltou! Vida!’. O segundo foi quando eu ganhei a minha prova do líder, porque eu estava querendo muito vencer e fiquei muito feliz quando eu consegui.
Você enfrentou sete paredões. O que mudou para que fosse eliminada neste, na sua opinião?
Eu acho que a volta da Larissa com as informações e com a possibilidade de, com essas informações, colocar no paredão as pessoas que o Brasil já queria que saíssem; a gente que estava lá dentro não tinha essa perspectiva. Acho que outra coisa que influenciou foi a estratégia de chegar com a temática dos erros que eu tinha cometido e esperar três ou quatro dias para isso ficar grande o suficiente para depois eu ir para o paredão. Em relação aos temas que eu levei, a minha pergunta era: ‘Favela venceu?’. Infelizmente a favela não venceu. Não só por eu não ter vencido, mas por terem sido temas difíceis de confrontar. Mas eu tenho muito orgulho da minha trajetória, tenho orgulho dos temas que eu defendi e também dos meus erros, porque isso prova que eu sou humana. Creio que são vários fatores que levaram à minha saída, mas quem assistiu viu que eu não chorei naquele momento porque eu não tinha motivo para chorar, só tinha motivo de orgulho e gratidão. Mesmo essas duas semanas tendo me levado a cair nesse paredão e sair, foram as duas semanas em que eu fui mais feliz. Honestamente, é muita gratidão e muito orgulho da minha trajetória ali dentro: foram 93 dias de luta e algumas vitórias que eu vou levar para a vida.
Como foi para você lidar com sucessivas perdas de aliados?
A exterminação de um por um do Fundo do Mar também interferiu muito no meu jogo, porque era perda em cima de perda. Quando a Sarinha sai, eu fico muito desacreditada do que é preciso para ganhar esse jogo. Eu pensava que o preciso era se jogar, se posicionar, dar a vida, ganhar prova. E depois de tudo isso, com a saída da Sarah, reflete em mim como não sendo suficiente, não sendo o caminho das pedras, aí eu fico abalada no jogo.
Você escolheu jogar com o grupo do quarto Fundo do Mar. Se pudesse, teria escolhido outra maneira de jogar ou outros arranjos de alianças?
Eu permaneceria no grupo do Fundo do Mar. Desde a primeira vez que eu pisei lá, eu senti muito aquele quarto. Eu tinha consciência de que, por vários motivos, erros, problemas e temáticas, só sobrou o Top 6 para a gente chegar. Mas eu escolheria o mesmo grupo, as mesmas pessoas. Uma coisa que eu tenho escutado muito desde que saí é que eu poderia ter me vinculado mais às pessoas do quarto Deserto. Não sei se viram, mas eu tentei, só que não foi possível. Tanto é que, no meu primeiro jogo da discórdia, eu pedi humildemente que me dessem uma chance de isso acontecer. No quarto branco, isso ainda continuava como tema, porque nem meu nome era possível de se memorizar, de tão irrelevante que a minha presença dentro da casa era. Então, no quarto Fundo do Mar eu me sentia pertencente, cuidada, valorizada pelos meus valores, que também têm muita crítica, mas são os valores que eu tinha. E cada um dá o que tem. O Fundo do Mar eu vou levar para a vida.
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Como você avalia a interferência do Cezar no seu jogo, já que vocês começaram a temporada em dupla, se desconectaram e, mais recentemente, estavam muito próximos?
Tem uma novela da Globo que fala uma frase que Fredão me disse: “A gente nunca se atrasa para o que é nosso”. Isso me lembra muito a minha situação com o Cezar. Quando a gente entrou, foi muito difícil; dormir junto – ele vai mais no banheiro do que eu; somos totalmente diferentes; eu quero me posicionar e ele fala: “Eu não tenho nada a ver com isso”; e eu digo: “Como assim você quer ser meu parceiro, mas não é?” Ao mesmo tempo, em muitos momentos decisivos na trajetória dele e na minha, nós fomos muito importantes um para o outro. Eu identifico como uma trajetória de amizade muito honesta. Eu não sei como vocês são com os melhores amigos de vocês, mas eu critico, brigo, falo as verdades na cara mesmo. Aí fico uma semana sem ter saco de encontrar, mas quando reencontro é como se nada tivesse acontecido. Tenho certeza de que tenho um espaço no coração dele e ele sabe que tem um espaço no meu.
No início da temporada, alguns participantes apontaram que você fazia um jogo mais escondido e usaram isso como motivo de voto. Depois, você teve uma mudança em relação a sua postura e começou a expor mais suas opiniões. Esta foi uma decisão sua ou as circunstâncias te levaram a ter outra postura?
Eu acho que foi mais uma reação à realidade que eu vivia no jogo. No começo, no primeiro jogo da discórdia, pedi para me darem a oportunidade de me conhecerem, tentei engatinhar conversas e relacionamentos, mas recebia, do meu ponto de vista, aversão. Eu não queria forçar uma coisa que não existia. Dei uma chance honesta para todo mundo, mas se não rola, se não vinga, está na mão de Deus; faz o teu. Aí começaram a surgir conflitos naturais, não só com o grupo adversário. Eu também fui muito proativa em defender o meu ponto de vista. As situações do jogo e os embates que eu tinha eram orgânicos. No começo eu tentei observar o jogo; todo mundo diz que eu falo muito, mas eu sei que observei muito, tentei conhecer as pessoas, dar uma chance de conversa, de troca. E quando eu percebi que não ia rolar, que tem pessoas que são totalmente diferentes e que vão fazer de tudo para eu sair da casa, eu falei: “Comigo não, meu amor. Você se quiser que aperte, porque eu não vou para canto nenhum, não. Vou ficar aqui”.
Você teve discussões com vários participantes e chegou a dizer que saía como vilã dos embates. Quais eram seus maiores adversários no game?
Eu entendi, quando saí e com a volta da Larissa que não só havia uma discussão sobre erros e acertos, mas ali tinha uma coisa meio embaçada, que eu não sei dizer se é adversária ou não. Depois de assistir a alguns vídeos, eu acredito que, em boa parte do jogo, eu e Bruna éramos adversárias; quando eu estava dentro do jogo eu nem tinha a perspectiva desse ponto de vista. Em muitos momentos, eu senti que a maioria da casa queria se ver livre de mim. Eu não via que tinha uma ou duas pessoas em combate comigo; eu sempre via mais como um movimento de grupo de não me querer lá. Aí eu comecei a me questionar por que e percebi que eu era uma pessoa inconveniente e insuportável para eles. Aí eu pensei: “Bem, então estou fazendo tudo certo, porque não vim aqui para agradar; eu vim aqui para ganhar. E para ganhar eu vou ter que ser insuportável. Amigos eu tenho lá fora; se der para fazer um ou dois aqui dentro, lindo. Mas também se não der, graças a Deus, tenho amigos maravilhosos lá fora” E deu para fazer mais de dois amigos lá dentro, viu? (risos)
Quais são os amigos feitos no BBB que pretende levar para sua vida?
Mesmo que pareça que eu estou sabonetando, eu quero muito levar todos do Fundo do Mar para a vida. Eu quero muito acreditar que o que acontece no jogo fica no jogo. Tem muitas coisas que ainda tenho que assistir, ver e ler – é uma emoção agora. Ontem, quando eu saí do BBB, vi que todos os participantes do Fundo do Mar fizeram mutirão para eu ficar na casa e isso para mim é uma honra. É uma honra saber que, mesmo com tudo o que acontece no jogo, o Fundo do Mar lutou pela não extinção do quarto, por isso eu realmente quero levar todos para a vida. O Fredão já está em contato com a minha mãe – esse é o nível em que a gente chegou. Do quarto Deserto, também têm muitas pessoas que eu teria muita vontade de continuar em contato, desenvolver uma amizade. Mas eu acho que, se Deus quiser, vou trabalhar tanto agora, que vou ter pouco tempo de me reconectar com todo mundo. Eu vou me limitar hoje a todos os participantes do quarto Fundo do Mar.
Seu maior temor no jogo era o quarto branco, mas você o enfrentou e voltou ao game. Teria feito algo diferente enquanto estava lá ou com relação à escolha de Fred para acompanhá-la?
Não. Eu poderia dizer que eu não teria apertado o botão, mas isso não seria Domitila. Quando eu vi aquele botão, eu imaginei uma chance de ver um vídeo da família, ganhar uma imunidade ou de poder jogar o jogo. E eu não iria fugir, eu não iria ver o botão, entrar e falar: “Galera, tem um botão lá. Quem quiser apertar aperte”. Não sou eu. Se eu vi o botão, por algum motivo, como a corajosa que eu sou, eu falei: “Se ele está aqui me esperando, é porque ele é meu”. Então, apertei, sofri com a consequência, perdi o carro. Naquele momento, o meu embate era com o Fred, a pessoa com quem eu estava tendo mais conflitos na casa e com quem estava mais difícil a convivência. Em nenhum momento do jogo, nem no começo, quando eu estava mais apagada, eu fugi dos meus temas, eu enfrentei meus medos e foi isso que aconteceu quando eu escolhi o Fred. Faria tudo de novo.
De que forma a volta do Fred Nicácio e da Larissa te impactou? Vimos que você chorou bastante e pressentiu a presença dele e que as informações levadas pela Larissa te deixaram pensativa.
O retorno do Fred foi extremamente necessário para eu continuar no jogo. Ele me deu força, me deu esperança e, só de ele estar lá, mesmo se ele não tivesse falado nada, já teria sido muito importante para o meu jogo. O retorno da Larissa foi mérito dela. Eu fico muito feliz de o Brasil ter feito a escolha por eles dois, porque assim eu posso ter o Fredão comigo, mas não seria verdade se eu falasse que não impactou o meu jogo. Eu não estava mais lembrando nem o nome de parentes, então naquele momento voltam temas que me deixaram três dias de cama, refletindo a minha jornada, não só no ‘Big Brother’, mas na vida. Teve um momento em que eu pensei que todas as mulheres que eu já empoderei iriam ficar desempregadas, porque tem mulheres muito mais fortes do que eu para assumir esse legado do empreendedorismo. Eu cheguei a pensar que tudo o que eu havia criado tinha perdido a validade, porque uma pessoa e uma ou duas falas erradas descredibilizam uma trajetória de 23 anos. Isso me tirou muita força por três dias. Eu não sei se as pessoas têm noção de quanta coragem é necessária para se expor no BBB. E eu consegui, por 93 dias, ser a Domitila que eu fui. Sem errar, seria desumano. Então, diante dessa pressão que já havia no jogo somada a essa pressão de que só eu errei – porque do dia para a noite, Aline vira a cara para mim, Amanda vira a cara para mim e eu sou a única pessoa incoerente – psicologicamente, é muito difícil você não acreditar que aquilo é verdade absoluta, porque é a sua verdade que está sendo jogada para você. Eu errei, me desculpei, passei três dias nesse processo de identificar o erro e me perdoar para poder pedir um perdão honesto, não apenas para poder resolver e ficar livre daquilo. Mas depois disso, as informações que a Larissa traz, que eu questionei muito no jogo, têm um impacto. Antes de a Larissa sair, ela, o Fred e a Bruna colocaram a Sarah no paredão para proteger a Marvvila, aí a Larissa voltou com a informação de que a Marvvila estaria apagada. Então, a Marvvila vai para o paredão e sai; antes foi o Gabriel. Essa informação que ela traz, a qual eu não tive acesso, influencia diretamente o meu jogo: eu perco aliados, eu perco amigos e sou colocada a temas, não só em relação ao erro que eu cometi, mas de jogo, que, no final, já tendo passado por tudo aquilo, ainda ter que lidar hora a hora com essas coisas, me abalam. Se eu falasse que foi lindo, não seria verdade. E não é nada contra a Larissa nem porque ela não mereça voltar, é porque a volta dela com as informações que ela tem influenciam negativamente o meu jogo em vários aspectos. Mas como eu já falei na casa, o Brasil escolheu, a dinâmica é essa, eu que sofro e está tudo bem (risos).
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Você ganhou a prova do líder já na reta final do programa. Acredita que poderia ter tido uma outra trajetória se esse poder tivesse chegado mais cedo no jogo?
Eu acredito que não. Acho que o poder chegou exatamente quando eu precisava, porque tudo acontece quando tem que acontecer, como diz o Fredão. Graças a Deus, eu consegui chegar muito longe no jogo sem ganhar provas, mesmo sem ter o privilégio de ganhar imunidades e tendo inúmeros vetos. É importante lembrar que eu tive vários vetos. A gente não pode dizer que eu tive as mesmas chances de ganhar provas que os outros participantes se eu fui muito mais vetada, fiz muito menos provas. Passei um tempo com o pé torcido, que me tirou de algumas provas, e de outras eu fui vetada. Na verdade, eu fiz menos provas do que as pessoas que estão na casa hoje e, mesmo assim, consegui chegar tão longe, porque os meus relacionamentos, as minhas estratégias, a minha forma de jogar e a minha relação com o Brasil me permitiram chegar tão longe. Eu não cheguei até aqui por causa de anjo ou por causa de uma semana. Mas, no final, provavelmente quando o jogo já estava virado mesmo, foi muito importante eu ganhar o líder para sair com o sentimento de que não só dei o meu máximo, mas também venci. Eu queria muito ser feliz no ‘Big Brother’, queria muito ter o sentimento de vencer. E ter tido esse sentimento na penúltima semana foi muito gratificante.
Você fez algumas “previsões” acertadas no BBB, gerou memes aqui fora como “sensitiva” e impressionou com seu sonho com um cômodo com camas que lembrava a casa do reencontro. Sempre teve esse lado sensitivo? Ele te ajudou ou te preocupou durante o jogo?
Eu sempre tive esse lado sensitivo. Quando mais estressada eu estou, menos ele pode aparecer. Mas isso me ajudou muito no programa, porque quando você está no BBB, é como se você estivesse numa realidade paralela. É muito louco: a grama não é grama; as câmeras parecem ET’s; Ivete Sangalo chega; você come no garfo que Cauã Reymond comeu; você vai no banheiro e tem uma câmera… A oportunidade de ter constantemente a minha fé e a minha sensibilidade me ajudou muito no jogo e a me permitir também. Houve momentos em que eu me via doida, mas eu falava: “Calma, eu sou sensitiva, estou num universo paralelo, depois eu volto e vai dar tudo certo”. Me ajudava muito essa perspectiva de que iria dar tudo certo.
Sua música, lançada em 2021, bateu a marca de 1 milhão de visualizações na web durante o BBB 23. O que achou da repercussão? Pretende lançar outras?
Eu achei o máximo! Eu nem tinha falado sobre essa música porque foi uma coisa muito pessoal, não foi nada extravagante, foi feito a mão mesmo. Eu fiquei muito feliz porque ouvi dizer e li muitas mensagens hoje de meninas e mulheres que se identificaram, que a decoraram rapidinho porque fala tanta coisa em tão poucas palavras. Parece que essa música também criou um universo paralelo, porque tem uma vibe bem diferente, que eu não sei explicar ainda. Um dos meus sonhos no ‘Big Brother’ era inspirar as pessoas. Eu tenho uma tatuagem no meu braço que fala sobre autocuidado, porque nem sempre eu me amo. Quando eu erro, eu não me amo, mas tenho que cuidar de mim mesmo assim. Então, saber que essa música pôde chegar a tantas pessoas que se identificaram é um pouquinho de mim que eu pude dividir no ‘Big Brother’ também. Isso me deixa muito feliz. Eu quero muito fazer mais músicas e ser muito feliz aqui fora também. Eu vi ontem que a Juliette é minha melhor amiga agora; de uma postagem para melhor amiga, porque eu sou dessas (risos). Já aproveitei o enredo para falar: “Juliette, por favor, me dá três minutos no teu show para cantar ‘As Cacheadas’”. Vocês sabem também que MC Poze do Rodo é meu melhor amigo também? Vamos fazer muitos remixes também, viu, Poze? Vamo simbora!
Você foi Miss Alemanha em 2022. Pretende voltar ao país ou permanecer no Brasil? Quais são seus demais planos para o pós-BBB? ´
Eu quero cantar, quero fazer muita coisa, quero conhecer as pessoas. Mesmo eu não tendo ganhado o BBB, eu fui entendendo nessa madrugada que tem muito amor aqui fora, tem muita gente que nem me conhece, mas se dedicou tanto. Tem gente que estava me ajudando até nas redes sociais, voluntariamente, porque se identificaram e queriam que essa história fosse contada. Então, quero muito conhecer essas pessoas e estar o mais próxima delas possível. Quero muito continuar no Brasil e realizar muitos sonhos aqui, mas hoje de manhã eu já recebi um convite para um projeto no Canadá, outro para um projeto na Austrália… está uma loucura! Eu recebi muitas mensagens de pessoas de vários lugares. A gente que é brasileiro está em todo canto e eu sempre tive a história de ser mochileira, ficar para lá e para cá… Eu fiquei besta, porque não sabia que lá fora o programa estava tendo tanto impacto. Mas o desejo do meu coração é estar perto da família, aqui no Brasil, é poder ter uma chance aqui também. O Big Boss me deu a primeira e estou aberta para as próximas que virão. O coração quer estar aqui, se possível até no Rio de Janeiro, que eu nem conheço direito. Acredita que eu não conheço nem o Cristo Redentor?
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Que mudanças a Domitila pós-BBB leva consigo?
Quando eu saí, percebi que é muito importante ser Domitila em todas as suas facetas: A Domitila que erra, a Domitila que dança, a Domitila que canta. Por exemplo, tem gente do meu convívio que não sabia dessa música, é muito louco. Mas, hoje, o que eu levo é que sonhar é preciso. Eu queria muito ganhar o BBB, tanto é que muita coisa que aconteceu foi em função desse desejo de vencer o programa. E eu estou sentindo muito que eu alcancei as pessoas que era para ter alcançado, cumpri a missão que era para ser cumprida. E, como no ‘Big Brother’, a gente nunca sabe se vai sair no outro dia, a gente tem que valorizar um dia de cada vez, uma pessoa de cada vez. Quando a gente vê os números – mais de 100 milhões de votos – é absurdo, é mais da metade da população do Brasil. Então, é reavaliar esse impacto que é possível se ter, sim, na vida das pessoas. Eu queria, mesmo com os meus temas, levar um pouquinho de alegria, de inspiração, e percebi que não tem números para isso, o que é muito bom porque me dá vontade de fazer mais.
Para quem é a sua torcida pelo primeiro lugar?
Para o Facinho. Eu quero muito que o Alface vença esse BBB. Todo mundo merece, e não é porque eu saí que vou desonrar a trajetória e o valor de estar lá dentro. Eu acho que o Brasil tem o discernimento e fez as escolhas que, para ele, são certas. Mas, ainda tem um nordestino lá dentro, um danado, aquele que fica nas provas de resistência até desmaiar, e a minha torcida hoje é por ele.
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