A Globo caprichou na celebração das 25 edições do BBB. A emissora colocou no ar uma chamada remetendo às “Bodas de Prata” do programa com o público, reunindo algumas das figuras mais marcantes da atração que entrou no ar em 2002.
A reunião de ex-BBB’s mexeu com a nostalgia do espectador, mas também despertou um temor: depois de tantas edições, como manter o frescor do programa e surpreender o público? Afinal, dá a impressão de que tudo já foi feito no programa atualmente comandado por Tadeu Schmidt.
Por isso, a decisão de realizar um BBB com duplas parece ter sido bastante acertada. Ao menos nos primeiros episódios, a interação entre os pares viabiliza relacionamentos então nunca explorados no reality show. Isso pode render situações inéditas – e interessantes.
Cópia da Record?
A princípio, a disputa em duplas do BBB lembra o jogo dos casais proposto no Power Couple Brasil, reality show da Record. De fato, há algo parecido, afinal, há uma disputa conjunta acontecendo.
Mas, enquanto a atração da Record explora a relação entre os casais, e também a relação com os demais participantes, o BBB em pares oferece outras possibilidades. Afinal, além de casais, as duplas também são formadas por parentes, amigos e até mesmo genro e sogra.
Ou seja, a inspiração pode ter vindo sim do Power Couple. Mas o BBB abriu o leque. Para um programa cuja matéria-prima é a relação entre seus participantes, um reality show disputado por duplas se torna um prato cheio para novas experiências.
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Universo paralelo
Até aqui, o BBB sempre foi um jogo individual, baseado na relação entre pessoas que, em tese, não se conhecem. Por isso, a dinâmica se transforma praticamente num “universo paralelo”.
Pessoas que não se conhecem são obrigadas a conviverem e, dali, surge um universo à parte. Como os participantes não têm qualquer contato com o “mundo real”, a mansão do Projac se torna a única realidade que eles têm.
Mas, ao entrar com um amigo, parceiro ou conhecido, os novos participantes trazem uma conexão de fora. Com isso, a relação se transforma. O público acompanha não apenas as relações formadas pelo jogo, mas também a intimidade entre pares que toparam viver juntos essa jornada.
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Estratégia promissora
Além disso, o BBB promete uma grande virada quando as duplas passarem a jogar individualmente. Afinal, a promessa é que apenas um jogador vença. Num determinado momento do jogo, a parceria acaba.
Tal situação abre nova possibilidade: será que as duplas, separadas, conseguirão manter o vínculo? Até quando os laços que os unia resistirão à pressão? O que vai acontecer quando alguém for obrigado a mandar um ex-parceiro para o paredão?
Ou seja, inicialmente, a ideia de um BBB com duplas parece bastante promissora. Trata-se de uma necessária lufada de ar fresco em um programa que vinha pecando pela previsibilidade. Se funcionar, vai garantir uma nova sobrevida ao já longevo reality show.
**As críticas e análises aqui expostas correspondem à opinião de seus autores