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Eliminada do BBB25, Gracyanne Barbosa avalia sua trajetória no reality

Entrevista com a eliminada: Gracyanne Barbosa

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.
Gracyanne Barbosa
Gracyanne Barbosa (Globo/ Léo Rosario)

Primeira participante a ver sua dupla deixar a casa, Gracyanne Barbosa se despediu dos brothers duas vezes. Na primeira, acreditou ter sido eliminada, quando na verdade foi escolhida para ir direto ao quarto secreto e teve a oportunidade de assistir ao BBB quase como uma espectadora. Pouco tempo depois, voltou à casa prometendo jogar muito. Ao longo de sua permanência no reality, a sister viu seu quarto esvaziar até que o grupo de aliados chegasse ao fim. Na segunda berlinda que enfrentou, a empresária e musa fitness acabou de fato eliminada, com 51,38% dos votos no paredão que disputou contra Daniele Hypolito e Eva. Na noite desta terça-feira, dia 18, ela se despediu do jogo e retornou ao mundo real trazendo aprendizados de momentos difíceis no programa: “Eu entendi que eu não preciso me envergonhar de nada que eu tenha vivido, da minha história. Por mais que eu não quisesse mexer nesse lugar, foi libertador. Hoje eu me sinto aliviada. Entendi que hoje eu sou a pessoa que eu sou e tive essa oportunidade por coisas que eu vivi no passado, e não desisti. O programa me fez entender muito isso”, conta.

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Na entrevista a seguir, Gracyanne avalia sua trajetória no BBB, fala sobre os maiores desafios e comenta os atritos que viveu com outros jogadores. Ela ainda revela como as dinâmicas da temporada impactaram seu desempenho no reality.

Como descreveria sua participação no ‘BBB 25’?  
Eu acho que emocionalmente eu não estava tão preparada. Talvez, se eu tivesse cuidado dessas partes que mexeram comigo lá dentro, eu pudesse ter sido uma jogadora mais atenta e ido para mais embates; se tivesse focado mais nisso e não tantas vezes me perdido por conta dos gatilhos que me despertaram dentro da casa.

Quais foram os maiores desafios que enfrentou no reality? 
O maior desafio, com certeza, foram esses gatilhos que me relembraram uma fase muito difícil da minha vida. Eu jamais imaginaria que uma prova do líder me remeteria a uma coisa que eu já tinha passado; a questão da divisão de comida… E também provar novos alimentos – essa parte foi muito difícil – porque por mais que eu tivesse disposta a provar tudo o que tinha na Xepa (língua, rabada, etc), eu passava muito mal. Nos primeiros 15 dias, eu me senti fraca. Fiquei com medo de o meu organismo rejeitar e não conseguir ficar ali de forma saudável. Depois o corpo foi se adaptando e melhorou.

Você foi a primeira participante a ver sua dupla deixar a casa. Como foi lidar com a saída da sua irmã Giovanna ainda no início do game? 
Foi muito difícil quando eu soube da dinâmica porque eu achava que nós sairíamos juntas. Eu não consegui comemorar por ter ficado. A princípio eu fiquei muito triste. E quando eu voltei, me senti um pouco sozinha, porque todo mundo ainda estava em dupla. Fazia muita falta porque ali você está tão vulnerável e tão sensível que um abraço faz muita diferença. Mas eu fiquei em paz porque, na minha cabeç,a ela tinha saído no momento certo, quando era necessário. Acho que tudo acontece por um motivo. Mas fiquei muito sozinha naquele momento.

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Nesse mesmo paredão, você teve a chance de ir para o quarto secreto. Como foi essa experiência? Acha que fez bom proveito do material a que assistiu naquele período? 
Foi muito interessante e diferente ver de fora, porque a gente não tem muita noção das coisas que acontecem na casa. Acaba que a gente vive muito em paz porque está todo mundo na mesma casa e, por mais que tenha um embate, você vai ter que tomar café da manhã junto, vai ter que pensar no que vai comer – principalmente na Xepa. Mas vendo de fora, você observa uma fala, uma atitude… Eu acho que consegui aproveitar bem, sim. Só que é muito difícil manter um embate sem coisas acontecendo. São pessoas que estavam muito em paz, então era muito difícil criar embates. Não só para mim, mas todo mundo se queixava disso. Então, foi muito legal ver por outro lado.

Mais recentemente, a Renata teve a chance de ir para a Vitrine do Seu Fifi e voltou para a casa com informações externas. De que forma essa dinâmica impactou o seu jogo? 
Na relação com o Diego [Hypolito], porque ela trouxe notícias para ele. Talvez eu não fosse conversar com ele lá dentro e, sim, aqui fora. Eu acho que foi bom porque eu deveria ter feito isso antes. Acredito que isso vai impactar mais no jogo de outras pessoas porque, se ela for uma jogadora inteligente, ela deve ter guardado as melhores informações para usar agora. Como eu estava sem grupo eu não sei muitas coisas do que ela falou, já que ela compartilhou com pessoas específicas; acabou que não mudou tanto o meu jogo. Eu soube de uma coisa ou outra, muito pouco. Mas imagino que ela tenha recebido muitas informações e, se souber aproveitar, vai ser ótimo para ela.

Sua relação com o Diego Hypolito teve altos e baixos no programa. Depois da dinâmica do Seu Fifi e da participação da Renata na Vitrine, a amizade ficou estremecida. Vocês chegaram a se colocar nas posições de quem menos gostavam na casa, no último Sincerão. Por que acha que isso aconteceu? Pretende reencontrá-lo aqui fora depois que ele deixar a casa? 
Ali é um jogo, então na verdade eu me questiono em relação ao jogo: “Será que ele mentiu?”. Então, é a credibilidade como jogador, afinal é um prêmio de R$ 3 milhões, e cada um joga de um jeito. Eu não sabia qual era a estratégia e isso me levou a duvidar. Fora do jogo, é vida normal. Com certeza a gente vai se encontrar, conversar e resolver todas as coisas. Extra jogo, com certeza, vai dar tudo certo. Ali no Sincerão em que eu o coloquei no pódio [meu mal] foi por atitudes de jogo que aconteceram ali dentro.

Após a saída da Thamiris, você se viu sem grupo no BBB. Em algum momento pensou em se aliar ao quarto Fantástico ou ao Anos 50? Qual deles seria sua prioridade caso precisasse fazer esse movimento? 
Não pensei em me aliar. Acho que seria um pouco hipócrita ter um grupo e de repente me aliar a outro, tanto é que eu evitava. Quando estava um grupo conversando e eu não sabia se era sobre jogo ou uma conversa aleatória, eu não chegava perto para não parecer que eu estava ouvindo. E com o outro grupo, também. Eu estava decidida a jogar sozinha. É claro que se, em algum momento, estrategicamente, eu precisasse me defender com um dos dois grupos, não faria diferença porque eu não tinha nenhuma ligação com nenhum dos dois grupos. Eu estava até me sentindo numa posição confortável, porque eu conseguia analisar os dois grupos, embora não fosse tão fácil por não estar dentro das conversas. Eu sentia liberdade de estar num grupo ou no outro e eu poderia questionar ambos. Às vezes você vê alguma coisa errada no seu grupo, só que você não fala nada porque são seus aliados. Como eu estava de fora, poderia apontar os dois grupos e isso para o jogo seria bom. Então, eu daria prioridade a algumas pessoas, não a um grupo.

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Você teve um grande conflito com o Diogo Almeida na casa em função do contragolpe que deram, em consenso, na Aline e no Vinicius, ainda no início do jogo. Acredita ter sido essa a sua maior rivalidade no programa?
Eu acho que foi, sim, com o Diogo porque realmente foi algo que me incomodou muito. Eu não tolerei a atitude dele porque ele estava tendo uma relação com a Aline – e eu nem digo por causa de beijo, mas porque eles estavam o tempo inteiro juntos, se conectando. A gente via que existia um envolvimento, não era só uma ficada ou um beijo. Quando ele a mandou direto para o paredão, eu falei: “Cara, como é que ele manda uma pessoa com quem ele estava se envolvendo romântica e emocionalmente ao paredão tendo a opção de defendê-la? Para mim, foi o meu maior embate. Eu fiquei muito chateada em relação à atitude como homem. Eu defenderia a Aline mil vezes se fosse preciso, e qualquer outra mulher.

Depois desse episódio, você manteve uma postura mais apaziguadora na casa. A opção por essa vertente foi uma estratégia?
Eu acho que é muito da minha personalidade. É muito difícil criar embates com coisas tão pequenas, embora o jogo peça isso. Em muitos momentos eu estava envolvida em coisas que eu estava vivendo ali, da minha sensibilidade, e não foquei 100% no jogo. Por isso que eu falei que talvez, se eu estivesse emocionalmente mais forte, eu poderia ter focado mais no jogo e ter ido mais para embates, mesmo que fossem pequenos, para criar algo maior que desse mais graça ao meu jogo.

Do que mais sentiu falta no confinamento?
Da minha família, das pessoas que eu amo. Na minha rotina, do ovo (risos). A alimentação foi muito complicada para mim. Eu ia comer e já ficava desconfortável. Tudo isso afeta. Eu tive coisas que nunca tinha tido. Alimentação muda muito o funcionamento do organismo. Isso me afetou de várias formas. Eu não falei muito lá dentro porque parece um pouco frescura. Mas tem mais de 20 anos que eu como sempre as mesmas coisas, então meu corpo reagiu de uma forma muito intensa. Foi bem difícil.

Que amizades feitas no jogo pretende manter aqui fora a partir de agora?
Com o Vini, com a Dani, com a Dona Delma, Guilherme. De quem já saiu, com a Raissa, com o Edy, com a Arleane, com o Gabriel… O Diogo também, mesmo que tenha tido um embate; eu gosto dele.

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Para quem fica sua torcida?
Minha torcida é para o Vinícius. Além de ele ter um coração maravilhoso, eu o acho inteligentíssimo, tem muita empatia. É uma pessoa que focou num objetivo – era o sonho dele entrar no BBB, estava tentando há quatro anos – e se preparou muito. Eu não digo se preparou estudando o programa, não, embora ele assista muito e isso traga um conhecimento maior. Mas eu digo que ele se preparou mental e emocionalmente. Eu acho muito bonito você ter um objetivo, seja ele qual for – fazer uma faculdade, uma viagem, etc – e você seguir o caminho, mesmo que demore, para conquistar. Ele faz isso e é brilhante vê-lo falar sobre. Eu acho que ele merece muito.

Que mudanças e aprendizados a participação no BBB traz para a sua vida?
Em relação às mudanças, eu penso em valorizar mais o tempo com as pessoas que amo, porque mesmo que tenha sido pouco tempo lá dentro (dois meses), pareceu um ano. Então, ter tempo de qualidade com a minha família e com as pessoas que eu amo é muito importante. Eu vi como isso faz falta e diferença, como nos preenche de todas as formas. Eu quero aproveitar mais isso. Eu entendi que eu não preciso me envergonhar de nada que eu tenha vivido, da minha história. Por mais que eu não quisesse mexer nesse lugar, foi libertador. Hoje eu me sinto aliviada. Entendi que hoje eu sou a pessoa que eu sou e tive essa oportunidade por coisas que eu vivi no passado, e não desisti. O programa me fez entender muito isso. Antes eu só queria esquecer e achava que tinha esquecido; agora entendo que não preciso ter vergonha do que eu passei. Foi isso que me fez ser quem eu sou.

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Gracyanne Barbosa
Gracyanne Barbosa (Globo/ Léo Rosario)

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