Thamiris trilhou uma trajetória que seguiu praticamente em dupla mesmo após a dissolução dos laços que deram início ao jogo. Ao lado da irmã, Camilla – eliminada do BBB na última semana –, a nutricionista se associou a jogadores como Vitória Strada e Gracyanne Barbosa, arriscou estratégias de votos conjuntos e conseguiu escapar do paredão até mais da metade da competição do ‘Big Brother Brasil 25‘. Mas a saída de sua principal aliada na vida e no game a abalou mais que o esperado. Nesta semana, enfrentando um paredão com Aline e Vinícius, ela acredita que não estava em seu melhor momento na disputa milionária e, por isso, foi eliminada com 61,73% dos votos do público. “Eu acho que o público gosta muito de ver embates, e eu não estava para o embate naquele momento. Eu precisava ser acolhida, cuidar da minha cabeça, estava sentindo falta demais da minha irmã [que foi eliminada], e estar sozinha no jogo é muito difícil“, avalia ela, citando também o afastamento da amiga Vitória, após os desentendimentos que tiveram na casa.
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Na entrevista a seguir, ela conta se teria atrelado outros participantes ao seu jogo, pondera os conflitos com Diogo Almeida, Vitória Strada e Aline e aponta dois participantes que não faziam parte de seu grupo como os jogadores mais fortes da competição. Confira:
Como você avalia a sua participação no ‘BBB 25’? O que ela te trouxe de aprendizados?
Participar do BBB foi incrível! Eu vivi coisas que eu nunca imaginaria viver antes. Foi muito gratificante poder entrar com a minha irmã [Camilla] para realizar esse sonho, que também é um sonho da minha mãe. O que eu trago de lá é que eu realmente preciso estar junto da minha irmã para o que der e vier porque é uma pessoa que vai estar comigo para o resto da vida, é minha amiga de verdade. E aprendi um pouco a lidar comigo, que eu consigo fazer coisas sozinha sem precisar que alguém me ajude ou que esteja presente para me orientar. Eu acho que eu sou muito forte também sozinha e eu preciso me lembrar disso.
Qual era a sua estratégia para chegar o mais longe possível na competição, antes e depois da separação das duplas?
Enquanto eu estava em dupla com a minha irmã, a gente tinha uma boa estratégia porque ela conseguia ter uma leitura de jogo melhor do que eu. Quando eu fiquei sozinha, como eu já sou muito mais coração do que a Camilla, no sentido de me guiar sem muita estratégia, acaba que eu me prejudiquei um pouco porque eu deixei de atingir expectativas de algumas pessoas sobre embates que, para mim, já estavam vazios, não faziam muito sentido. Então, eu acho que sozinha eu não tinha uma boa estratégia, eu só estava realmente me guiando pela minha intuição, pelo meu coração.
Você foi eliminada logo depois da sua irmã. Acredita que manter um jogo em dupla com Camilla, mesmo após a dinâmica ter virado individual, pode ter contribuído para a sua saída do reality neste momento?
Eu acho que eu iria para o paredão de qualquer forma. Coisas aconteceram com a Camilla que fizeram com que a galera votasse nela antes. Mas chegou um momento na casa em que todos precisavam de alguém que errasse ou que tivesse alguma atitude questionável diante dos outros jogadores, que estão mais “mortos” no jogo, para votar. Acabou que eu dei um motivo, que foi o “Bota para Girar”, quando peguei o dinheiro e escolhi um participante que não era alguém com quem eu tinha um combate para cumprir a consequência [o Vinícius]. Em seguida a isso, eu recebi um monstro, e já estava emocionalmente esgotada, sabe? Me sentindo muito sozinha, sentindo falta da minha irmã para me dar um pouco de apoio naquele momento. Isso foi um motivo que a galera da casa usou para votar em mim. Eu acho que eles precisavam de alguém para votar, e esse alguém era eu mesmo.
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E qual foi o motivo da sua eliminação, na sua opinião?
Eu acho que o público gosta muito de ver embates, e eu não estava para o embate naquele momento. Eu precisava ser acolhida, cuidar da minha cabeça, estava sentindo falta demais da minha irmã [que foi eliminada], e estar sozinha no jogo é muito difícil. Quando a gente está dentro da casa, a gente não tem ninguém além daquelas pessoas que acabamos de conhecer. A Aline, que também estava no paredão, não tem problema em questionar as pessoas, mesmo que seja um questionamento vazio. Eu já não vejo dessa forma. Então, por ela entregar um pouco mais no jogo do que a galera está sentindo falta de ver na casa, eu acho que foi mais interessante manter isso.
Seus principais conflitos na casa foram com Diogo Almeida, com a Aline e com a Vitória Strada, que inclusive fez parte do seu grupo durante boa parte do game. O que você acha que “desandou” em cada uma dessas relações?
Com o Diogo foi um embate que começou por conta de um voto, e eu acho supernormal. Mas, depois, todo mundo perde a mão porque a gente não tem muito o que fazer dentro da casa; os assuntos hiperventilam. Então, a gente tinha um conflito e não tinha sentido eu focar em outras pessoas porque eu já tinha esse conflito com ele. A gente foi assim até o momento em que ele foi ao paredão e saiu; não tinha mais nada a fazer. Com a Aline eu não considero que eu tinha um embate. Eu tive um desentendimento com ela porque eu não atingi uma expectativa dela. Mais uma vez, ela questionando a atitude de uma outra pessoa e não prestando atenção no próprio jogo ou, sei lá, nos aliados dela. Ela questiona a qualquer um na casa. Eu não acho isso problemático quando você consegue ter uma conversa, mas quando você impõe, quando questiona ao vivo, na frente de outras pessoas, alterando seu tom de voz desnecessariamente – porque não era uma briga –, acaba gerando um desconforto, e foi esse o motivo de eu puxá-la para o paredão. Mas eu a puxei no mesmo momento em que ela votou em mim pela primeira vez; eu também nunca tinha votado na Aline. Com a Vitória, infelizmente, eu acho que, mais uma vez, estando numa casa onde você não consegue ter a visão da galera aqui de fora, você se estressa com poucas coisas. Eu gosto muito da Vitória, nossa troca era muito sincera. Mas tinha algumas coisas que eu discordava e eu aprendi com a minha mãe que eu sempre preciso estar do lado da minha irmã. Então eu escolhi estar do lado da Camilla, mas eu oferecia à Vitória a minha amizade. Infelizmente, ela preferiu se afastar. Eu entendo o fato de ela estar chateada. E, mais uma vez, da minha parte, não havia um embate. Fiquei chateada por ela ter votado em mim, porque quando você vota em alguém, vota para sair. E estar dentro da casa é um sonho. Então, qualquer pessoa que vote em mim e queira que eu saia desse meu sonho me entristece. O que aconteceu com a gente foi essa troca que foi excessiva e desnecessária, eu reconheço. Mas não deixo de gostar dela.
O Maike, o Gabriel, o João Pedro e o João Gabriel também foram relações que você cultivou no programa, no decorrer do confinamento. Pensando agora, quais teriam sido seus aliados ideais de jogo? Eles fariam parte do seu grupo?
O Maike e o Gabriel eram pessoas com as quais eu me identifiquei de cara. Quando a gente trocava, falava sobre o jogo, mas não jogávamos juntos; a gente “passava uma visão” um para o outro. Eu gostava muito do posicionamento do Maike e de como ele era leal a quem estava com ele. Eu me considero uma pessoa muito leal, não tenho problema em bater de frente com um amigo meu, um aliado meu, desde que a gente se entenda. Dentro da casa a gente não conhece ninguém, ninguém vai entender o seu jeito, a sua forma de falar. Mas no Maike e no Gabriel eu sentia muita verdade porque a relação deles era tão longa quanto a de irmãos. Eles se entendiam, se olhavam e já sabiam um do outro, não precisavam falar muito. E sabiam jogar de uma forma limpa, bonita. O Maike foi uma pessoa que me deu muito apoio quando eu precisei. Eu quero realmente levá-lo para a minha vida. Eu gostava muito de vê-lo jogar, apesar de ele ser identificado como “planta”, o que eu não concordo. Eu não acho que você precisa ficar gritando pela casa para dizer que joga bem. Se você for bem nas provas, tiver uma boa visão de jogo, você também é um bom jogador. Então, acho que Maike e Gabriel estariam no meu grupo.
Você chegou a flertar com João Pedro e com João Gabriel em algumas festas, depois houve um beijo com João Gabriel. Como era para você o envolvimento com os dois? Estava aberta a viver um relacionamento no BBB?
Eu não estava aberta a viver um relacionamento, eu não entrei pensando nisso, mas eu acho que a carência bate para todos. Eu gostei muito dos meninos. O João Pedro é uma pessoa com quem me identifiquei, mas queria a amizade. A carência bate para ele, assim como bate para mim, como bate para qualquer pessoa. Então, ele sentiu interesse e eu precisei mostrar para ele que eu estava disponível apenas para amizade. E assim aconteceu. Porém, eles dois são pessoas muito carinhosas e eles não trocavam esse carinho apenas comigo. Mas com o João Gabriel eu acabei sentindo um pouco mais de atração, acredito que também levada pelo confinamento. Não que ele não seja uma pessoa legal – acho os dois pessoas incríveis, assim como outras pessoas na casa. Mas com o João Gabriel, sim, acabei trocando um pouco mais. Fiquei na dúvida no início dessa troca, mas em algum ponto ele demonstrou, sim, para mim, que ele estava interessado, e foi como rolou lá, sabe? O que também não foi nada demais, foram só uns beijinhos, né? Uns amassinhos, que ninguém é de ferro (risos).
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Você foi escolhida pra enfrentar o monstro da cobra e o do repórter e também precisou ficar de mãos atadas com o Diego Hypolito por uma dinâmica do Big Fone. Qual dessas situações foi a mais difícil? E por que acha que se tornou alvo de tantas consequências negativas ao longo do programa?
Eu acho que eu me tornei alvo dessas consequências por falta de comprometimento de algumas pessoas no jogo com outras pessoas, sabe? Muito se cobra sobre isso, mas quando chega a hora de algumas pessoas se posicionarem, elas preferem ir no mais fácil, no que aparentemente está mais fraco. Quando a Renata e a Eva participaram da dinâmica do Big Fone elas insistiram em querer separar a Camilla de mim e me colocaram com o Diego como se isso fosse um problema. E de forma alguma foi. A gente conseguiu, juntos, passar bem por isso. No monstro da cobra eu realmente tive que trabalhar muito a minha cabeça. Em muitos momentos eu me sentia sufocada, eu me levantava da cama muito desesperada, porque eu acho que um dos meus maiores medos é me sentir atada, sem conseguir movimentar meus braços. Quando eu comecei a praticar jiu-jitsu foi justamente por não conseguir ficar muito tempo com alguém segurando o meu pulso, segurando o meu pescoço. Então, o da cobra foi o mais difícil nesse sentido de trabalhar o meu emocional. E o do repórter chegou num momento em que eu estava esgotada emocionalmente, me sentindo sozinha, sem minha irmã ali para me dar um apoio. Quando eu estava vestida de cobra ela me segurou, falou “você é forte”, “eu sei que você aguenta”. Mas quando eu estava no monstro do repórter, não, eu estava sozinha. E aí o peso da fantasia, aquela sensação toda que vem com o fato de estar mais uma vez no monstro e não entender o motivo, por tudo isso, acho que foi um monstro muito difícil. Todo mundo fala que eu poderia ter aproveitado, mas dentro da casa ninguém aguenta receber um adjetivo fora do Sincerão. Realmente, para mim, foi uma sobrecarga emocional muito grande.
O que você mais gostou de viver no BBB? Acha que faltou passar por alguma das experiências que o programa poderia te proporcionar?
O que eu mais gostava de viver eram as festas. É uma oportunidade única de estar perto de um artista que a gente gosta muito e, muitas vezes, a gente não tem oportunidade de ter esse contato. Tudo era muito lindo, os figurinos, as comidas muito gostosas. E eu entregava muito em festa porque era um dia de relaxar, um dia que eu não queria falar de jogo, só queria viver e respirar, olhar e lembrar que eu estava dentro do ‘Big Brother Brasil’; era um dia muito importante. O show da Ludmilla foi um que me marcou muito. Ela é uma artista que eu admiro por várias questões, e ter oportunidade de tê-la ali pertinho, na casa, de ver também a Bruna de perto, foi tão bonito, tão especial pra mim! E faltou a liderança, eu queria muito. Eu me superei, eu não sabia da minha capacidade e da minha força em provas de resistência. Eu sabia que eu era uma mulher muito forte em nível de trabalho, porque eu aprendi isso com a minha mãe. Mas em prova eu me subestimei muito. Quando eu me vi duas vezes por horas em uma prova de resistência, eu percebi que eu tinha muita chance. Mas é isso, acabou que eu saí não tendo tempo de ser líder, de conseguir um apartamento, que era o meu sonho. Ficou faltando isso.
Nas últimas semanas, você se tornou a principal aliada da Gracyanne Barbosa. Qual você acha que deve ser o futuro dela no programa sem a sua presença? Acredita que ela vá se associar a outro grupo ou trilhar um jogo independente?
Por estratégia, ela deve se associar a outras pessoas. Eu acho que ela tem amizades ali dentro que podem acabar favorecendo isso. É importante que a gente tenha aliados, sim, mas eu acredito também em vencer jogando sozinha. É possível, se o público gostar do que você está fazendo, se ele abraçar isso. Eu espero mesmo que ela consiga, porque é muito ruim estar sozinho no jogo. A gente está com saudades da nossa família, com uma carência enorme de afeto… Espero que as pessoas de quem ela gosta, com quem ela tem boa troca, como o Diego [Hypolito] e a Dani [Daniele Hypolito], deem esse apoio pra ela e não a abandonem.
Quais são os jogadores mais fortes do reality, na sua opinião, e por quê?
Pelo que eu pude ver, analisando agora, eu acredito que o Vinícius é uma pessoa muito inteligente no jogo. Ele é muito centrado, muito respeitoso. Vai para o embate com muita vontade, tem uma memória infinita, então, consegue trazer bastantes coisas no momento em que ele precisa falar. Eu acho que o Guilherme também é uma pessoa que, apesar de ter tido ali uns votos que eu não entendi, faz uma ótima leitura de jogo. Eu acho os dois estão muito bem dentro da casa.
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Pretende voltar a atuar com Nutrição no pós-BBB ou tem planos em outras áreas?
Antes de entrar na casa, eu já pensava em associar a Nutrição a outras coisas que eu gosto, que são a Beleza e a Moda. Quero conseguir produzir o máximo possível com essas três áreas juntas para chegar ao lugar que eu sempre quis, que é ter um pouco mais de qualidade de vida para mim e para a minha família. Vou aproveitar bastante esse momento. Então, o que vier e estiver associado a isso, se fizer sentido, eu vou abraçar.