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“A corrida que vitimou Ayrton Senna não deveria ter acontecido”, afirma Cabrini

Em entrevista ao portal UOL, o jornalista Roberto Cabrini contou detalhes do dia em que faleceu o ídolo brasileiro Ayrton Senna. Veja!

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Victor Arioli
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Roberto Cabrini e Ayrton Senna/Divulgação SBT
Roberto Cabrini e Ayrton Senna/Divulgação SBT

Nesta próxima quarta-feira (01), feriado, Dia do Trabalho, também irá marcar os 25 anos do acidente que resultou na morte do ídolo brasileiro da Fórmula 1, Ayrton Senna. Roberto Cabrini, repórter da Globo, que cobriu a corrida, e infelizmente a fatalidade, comentou, em entrevista ao portal UOL, detalhes do trágico dia.

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“Havia uma névoa, claramente no ar, era diferente de tudo. Nunca vi o Ayrton Senna tão tensto, como naquele fim de semana”, disse Roberto Cabrini ao portal. No fim de semana da tragédia, vale ressaltar, havia falecido o piloto Roland Ratzenberger, inclusive dentro da pista, no entanto, as informações foram manipuladas, pois, pela lei italiana, quando acontece um acidente fatal em um evento, ele teria que ser imediatamente paralizado. “A corrida que vitimou Ayrton Senna não deveria ter acontecido”, afirmou Cabrini.

“Naquele fim de semana de corrida ele estava angustiado. Pediu para fazer várias mudanças, pois estava desconfortável. Tinha contado para mim na corrida anterior que o carro estava desequilibrado, nervoso, e que o carro deveria ser modificado. Eles fizeram um remendo, com a concordância dele. Não acho que tenha sido crime, nenhum, Não houve responsabilidade. E a solução encontrada foi um remendo na barra de direção”, barra de direção, essa, que se rompeu fazendo o piloto perder o controle e bater diretamente nos muros de proteção da Curva Tamburello.

Após o acidente, Cabrini já sabia que a pior notícia chegaria: “Eu tive o feeling de que não tinha salvação. Foram cinco boletins médicos que eu fiz ao vivo, onde a situação de gravidade ia aumentando”, disse ao portal.

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“Eu pude me preparar. E pensei: ‘eu vou anunciar a morte de um ente querido coletivo’. Por outro lado, eu sabia que não podia perder a precisão das informações. Eu tinha que ser profissional. Claro que eu estava impactado. Tinha uma relação muito importante com o Ayrton. Mas eu sabia que tinha uma missão ali”, comentou.

O jornalista, então, contou como foi dar a triste notícia: “Não podia ser essencialmente frio, porque seria uma forma de não demonstrar o respeito e o apreço. Então tínhamos que ter a combinação com os dois fatores. E as pessoas reconhecem que a minha frase ‘Morreu Ayrton Senna da Silva, uma notícia que a gente jamais gostaria de dar’ foi uma frase muito correta, virou algo simbólico do que estávamos perdendo”.

Veja também:

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Victor Arioli
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