Alline Calandrini, comentarista das Olimpíadas da TV Globo, fez um desabafo afirmando que o machismo ainda é um grande problema durante a cobertura de matérias do gênero.
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Integrante da comunidade LGBTQIA+, a comentarista, que também trabalhou na cobertura da Copa do Mundo, explicou que as críticas costumam ser mais severas por ser mulher. “Independentemente de estudar mais ou menos, sempre haverá machismo escancarado, homens com ódio destinado às mulheres”, disse em entrevista ao jornal A Folha de São Paulo.
Alline continuou o desabafo, afirmando que ainda existe a diferenciação entre homens e mulheres na profissão. “Quando o narrador homem erra, passa batido. Já se é a mulher que erra, pegam mais no pé”, disse, denunciando o machismo.
A comentarista disse ainda que faz questão de reforçar que não irá abrir mão de representar a voz feminina e ser grata pela oportunidade ganha na emissora. “Não via mulheres comentando jogos”, afirmou.
Alline Calandrini diz que sofreu preconceito no esporte
Alline Calandrini ainda falou sobre o preconceito sofrido como jogadora, afirmando que sente pena das pessoas intolerantes e que sempre pôde contar com o apoio de sua família ao longo da carreira.
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“Como jogadora, existe uma discriminação sobre a orientação sexual. Falam: ‘Um bando de mulher macho, sapatão, coitadinhas’. Convivo com isso desde a minha infância, mas não me incomoda. Tenho pena dos intolerantes e o mais importante é o apoio da família, isso eu sempre tive”, revelou.
Apesar disso, a comentarista afirmou que, quando era mais jovem, isso chegou a incomodá-la. “Claro que quando mais nova ficava assustada. É o ódio sempre voltado às mulheres”, explicou.
