A apresentadora Angélica mencionou ter sofrido casos de assédio ao longo de sua carreira artística. Por ter começado a trabalhar nesse setor muito jovem, ela não tinha a maturidade necessária para compreender que muitos dos gestos protagonizados por homens com os quais trabalhava, especialmente diretores, eram errados e carregados de segundas intenções.
Em entrevista concedida para a revista Veja, Angélica explicou que muitas das memórias que carrega em sua mente ainda são dolorosas e causam incômodo. A apresentadora relembrou ter começado muito cedo em sua vida artística, usando sempre shorts e tops. Olhando para o passado, ela afirma que muitos dos contatos vindos de outros homens representaram assédio.
Como exemplo, Angélica mencionou os abraços estranhos, além dos toques em suas pernas durante algumas conversas. A apresentadora não mencionou nomes, mas deixou a entender que os casos eram frequentes.
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Felizmente, a esposa de Luciano Huck acredita que sua mãe teve uma grande importância para impedir que o pior acontecesse. Com um instinto materno comparado ao de um rottweiler, Angélica se recorda de sua genitora tomando diversas medidas de precaução para protegê-la dos assédios. Quando estava se trocando no camarim, por exemplo, a mãe não permitia que nenhuma pessoa entrasse, independente de quem fosse.
Ainda na entrevista, Angélica comentou sobre seus problemas com crises de pânico e ansiedade. A apresentadora foi parar nos hospitais diversas vezes e os exames nunca encontraram nada. A apresentadora começou a ter fobia de lugares fechados, músicas altas e multidões, o que fez com que ela colocasse um freio em sua carreira artística e parasse de fazer shows desde 2001.
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Em outro momento, ela refletiu sobre o atual momento de sua vida, no qual passou a ter mais controle sobre suas próprias escolhas. Angélica mencionou que, até pouco tempo, os figurinistas escolhiam até as roupas que ela usava no dia a dia. Embora tenha mais liberdade nos dias atuais, admitiu que a transição não tem sido fácil.