Aos 53 anos, o compositor, baterista e ativista carioca Marcelo Yuka, fundador do Rappa, morreu nesta última sexta-feira (18) às 23h40, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico.
O músico estava internado no hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão, e no começo do ano, na madrugada do dia 04, entrou em coma induzido. Ele estava internado em estado grave com um quadro de infecção generalizada.
Ainda não há informações sobre o local e horário do velório de Yuka.
Trajetória
Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa Ana, o Marcelo Yuka, nasceu no Rio de Janeiro, em 1965. Foi um dos fundadores da banda O Rappa. No grupo, era o baterista e principal compositor até sua saída, em 2001.
Yuka escreveu letras sobre violência urbana, racismo e desigualdades sociais. “Minha alma”, “Me deixa” e “Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”, foram escritas por ele.
Em 2000, foi atingido por tiros na rua José Higino, na Tijuca, ao tentar impedir um assalto e ficou paraplégico. Teve diversos problemas de saúde desde então.
Cinco anos depois, foi vítima de outro assalto e levou socos e pontapés de bandidos que tentavam levar seu carro. Yuka chegou a ficar sob as rodas do veículo e só não foi atropelado porque os assaltantes não conseguiram dar partida no carro, adaptado para deficientes.
Em 2017, lançou seu primeiro álbum solo, “Canções para depois do ódio”.
Na política, foi filiado por oito anos ao PSOL e chegou a concorrer a vice-prefeito do Rio de Janeiro em uma chapa com Marcelo Freixo em 2012.
Família chegou a negar morte
No dia 04 de janeiro, foi divulgada por Marcelo Lobatto, produtor do grupo O Rappa, a morte de Marcelo Yuka.
Contudo, segundo o colunista Leo Dias em seu Instagram, a família negou a morte de Marcelo e disse apenas que ele estava em estado grave.