O apresentador e dono do SBT Silvio Santos acabou redigindo uma rara carta, que foi divulgada por seus familiares, para o prefácio do livro Sonho Sequestrado, escrito por Marcondes Gadelha.
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O livro conta a corrida de Silvio Santos na corrida para a cadeira presidencial em 1989. Na carta para o prefácio, datada de 31 de julho de 2020, o apresentador acabou surpreendendo com as palavras que disse.
Muito virtuoso, o apresentador de 89 anos disse: “Como muito de meus órgãos, incluindo o óbvio, que não funciona há muito tempo, minha memória a cada dia que passa vai se apagando vagarosamente. Este seu livro me lembra de acontecimentos que eu já tinha esquecido e me deixa emocionado a cada página que leio”, disse.
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O dono do canal comentou a desistência da carreira política no final da década de 80: “Considero que estava qualificado para exercer a Presidência da República e tenho certeza de que a equipe que escolheria, no mínimo, melhoraria as condições das pessoas mais necessitadas neste país. Parte do povo mais humilde do Brasil, infelizmente, ainda vive debaixo de pontes, em casebres de papelão ou de madeira, onde, muitas vezes, só tem um prato de feijão para comer e ainda precisa se preocupar com saúde e com os remédios que precisa tomar”, disse, continuando: “Minha atuação seria voltada para esses temas que tanto afligem a nossa pobre população. Os demais problemas do nosso país seriam enfrentados também pelo presidente Silvio Santos, mas preservada sempre a priordade dada à habitação e à saúde”.
O famoso se mostrou bastante emocionado com tudo o que leu na obra: “Você, com seu talento de escritor e generosidade de amigo, me deixou por diversos momentos com lágrimas de saudade e emoção ao trazer de volta aqueles compromissos”, disse.
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Por fim, Silvio Santos deixou no ar um questionamento perguntando como seria a sua vida, caso fosse presidente do Brasil: “Hoje, com 90 anos, me pergunto se teria sido bom para mim, para a minha família, para a minha televisão e para as pessoas que gostam de mim ter colocado a faixa verde e amarela que estampa a capa do livro. Sei, porém, qu teria sido bom para a causa. E isso me basta. O desafio, então, estava aceito em qualquer circunstância”.