Após 22 anos de acidente, Danton Mello celebra seus 45 de vida. Pois é, são 40 anos de uma vida artística bem-sucedida e 22 de renascimento. O artista sobreviveu a um grave acidente aéreo em 14 de setembro, de 1998. O helicóptero em que ele e a equipe do Globo Ecologia estavam caiu depois de sobrevoar o Monte Roraima, na Região Norte do Brasil.
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22 anos depois do acidente aéreo
“Me lembro de tudo, perfeitamente. O dia 14 de setembro é uma data que eu comemoro.’‘, diz Danton a princípio para o portal do Gshow. ”me lembro nitidamente da queda, do tempo em que a gente ficou lá, do resgate, de quando passou o primeiro helicóptero e não viu a gente, depois um avião também não viu”, relembra ele o desespero que passou.
‘‘até que chegou o terceiro helicóptero e como eu sentia tanta dor, falei: ‘Vou embora nesse, não aguento ficar aqui mais tempo. Sempre penso com muito carinho no Cuca (Ricardo Cardoso, operador de áudio), meu parceiro de trabalho, que infelizmente não resistiu e se foi. São muitas lembranças…“, relata por fim.
Vivendo intensamente
Danton Mello garante que o acidente só fortaleceu seu lado otimista e lhe deu mais garra para aproveitar a vida. “A única certeza é a de que a gente vai morrer, então é viver intensamente mesmo, ser feliz e amar.”
Pós-trauma
Por fim, o ator revela que após o acidente ele teve que voltar a voar normalmente. No entanto, ele ficou com questões em relação ao helicóptero, apesar de ser apaixonado por aviação. Em decorrência do ocorrido, Danton tinha medo de reviver o acidente. Por isso ele só foi voar de novo 13 anos após a queda. E ele confessa que chorou.
“Estava em Ushuaia, na Argentina, com uma revista, e tinha um helicóptero com um fotógrafo registrando umas imagens. Pedi para fazer o voo naquele lugar inóspito. Apesar de muito diferente de Roraima, me lembrou, mas confesso que não me recordo do voo. Não sei dizer se durou 5 minutos ou meia-hora, porque no que o piloto levantou voo eu chorei, chorei, chorei…“.
Contudo, o artista admite que tudo foi uma experiência terapêutica para ele, encarar o medo de frente. “Revivi e coloquei tudo para fora, sabe? Extravasei e quando pousei, falei: ‘Pronto, acho que tô livre desse pensamento’. E não voei mais de helicóptero.“