A atriz Ana Karolina Lannes está irreconhecível. Ela fez o papel de Ágatha, a filha que Carminha (Adriana Esteves) rejeitava e fazia bullying, por ela ser gordinha, em ‘Avenida Brasil’. Hoje em dia, entretanto, ela emagreceu, adotou cabelos ruivos e é também DJ em boates gays no Mato Grosso do Sul.
Em recente entrevista ao jornal Extra, Karol revelou que mora em uma república no Mato Grosso do Sul, onde faz faculdade de Artes Cênicas. Karol também falou que sempre teve vontade de mudar a cor dos cabelos, mas esperou completar 18 anos para fazer a mudança, já que seus pais não a deixavam fazer a pintura.
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Revelação sobre opção sexual
Mas a maior revelação foi o fato da atriz admitir aos 17 anos que é lésbica. “Nunca escondi, mas também nunca falei com todas as letras. Até por conta dos meus pais, porque eu sei da exposição que isso causaria para eles. Mas eu acho que agora cada um está tendo a sua vida. Eu sou lésbica, e não é porque eu fui criada por pais gays (que são homossexuais). Esse julgamento é o meu maior medo“, revelou a atriz ao jornal Extra.
Karol é a filha adotada do casal Fábio Lopes e o companheiro dele, o dermatologista João Paulo Afonso. Ainda segundo a entrevista, apesar da liberdade que tinha em casa, a ateiz conta que sentiu dificuldade em se abrir com eles e admitir a opção sexual.
“Contei um pouco antes de sair de casa. Eles tiveram uma reação um pouco controversa. O medo deles seria de eu passar por coisas ruins, como as que eles devem ter passado. Eles me apoiam, perguntam se eu estou namorando e respeitam as minhas escolhas. Já vi muitos comentários no Instagram dizendo que eu ia ser lésbica porque os pais são gays, mas se dependesse dos meus pais, eu ia ser o hétero mais hétero do mundo, eu ia gostar de homem, porque a vida inteira eu vi eles falando de homens bonitos e isso e aquilo. E outra: os meus pais queriam que eu fosse a princesinha. Então, não tinha sentindo nenhum eu ser ‘sapatão’“, falou.
A atriz contou também que agora defende os direitos LGBTs. “Hoje em dia, eu sou muito mais ativista. Aqui em Campo Grande, vou na Parada Gay, tenho um trabalho com a casa que abriga homossexuais despejados de casa. É uma causa muito linda. Eles fazem sarau, eu toco e canto. A casa em que eu toco (como DJ) é uma casa LGBT. E sempre que eu posso, eu divulgo as drags”, disse.
Primeiro beijo em menina
Karol contou também que beijou uma menina pela primeira vez aos 15 anos e que já teve um relacionamento sério com uma moça que mora em São Paulo. Hoje, ela comemora poder ser ela mesma nas redes sociais. “São poucas as atrizes que são assumidas, porque elas têm muito medo de rejeição. ‘Ah, dizem que uma sapatão não pode fazer um papel hétero. Quantos anos já faz que essas atrizes têm essa sexualidade? Desde sempre. E por que agora? Porque agora a gente está tendo uma voz que vai contra uma voz que está nos difamando e nos ameaçando. Na época da escola, uns moleques pegavam no meu pé quando eu não queria ficar com eles, mas só. Não sofro preconceito, mas ele existe. Eu só ando com pessoas que eu sei que vão me aceitar do jeito que eu sou”, relatou Karol.