O jornalista Rodrigo Constantino foi dispensado de suas funções no portal R7 e na Record News. A decisão foi tomada em virtude das posições que o profissional assumiu publicamente sobre violência contra a mulher, em canais que não têm nenhuma vinculação com as plataformas da Record TV.
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Durante uma live no YouTube, Constatino comentou o caso de Mariana Ferrer. “Se minha filha chegar em casa, e eu dou uma boa educação para que isso não aconteça, mas a gente nunca controla tudo, se ela chegar em casa um dia dizendo ‘pai, fui numa festinha e fui estuprada’, eu vou pedir as circunstâncias“.
Ele continua: ‘Fui para uma festinha, eu e três amigas, tinha dezoito homens, nós bebemos muito e eu estava ficando com dois caras e acabei dormindo lá e fui abusada’, ela vai ficar de castigo feio. Eu não vou denunciar um cara desses para a polícia, eu vou dar um esporro na minha filha. Por que alguma coisa ali ela errou feio, e eu devo ter errado para ela agir assim“.
Após o comentário do jornalista, além do Grupo Record, a Jovem Pan também desligou Constantino do quadro de comentaristas da rádio.
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Veja o comunicado da Record:
“O jornalismo dos veículos do Grupo Record tem acompanhado com muita atenção o caso de Mariana Ferrer e o Grupo não poderia, neste momento, deixar qualquer dúvida de que justiça não se faz responsabilizando ou acusando aqueles que foram vítimas de um crime.
Apesar de ter garantias de liberdade editorial e de opinião, julgamos que o posicionamento adotado por Constantino não compactuou com o nosso princípio de não aceitar nenhum tipo de agressão, violência, abuso, discriminação por questões de gênero, raça, religião ou condição econômica.
Este é o compromisso do jornalismo do Grupo Record”.
Rodrigo Constatino se manifesta
Através de seu Twitter, Rodrigo se manifestou após a demissão: “A Record foi mais um veículo que não aguentou a pressão. O departamento comercial pede “arrego”, pois recebe pressão de fora, dos chacais e hienas organizados, dos “gigantes adormedidos”. Sim, perdi mais um espaço, mas sigo com minha total INDEPENDÊNCIA e com minha INTEGRIDADE.”
A Record foi mais um veículo que não aguentou a pressão. O departamento comercial pede "arrego", pois recebe pressão de fora, dos chacais e hienas organizados, dos "gigantes adormedidos". Sim, perdi mais um espaço, mas sigo com minha total INDEPENDÊNCIA e com minha INTEGRIDADE.
— Rodrigo Constantino (@Rconstantino) November 5, 2020
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Caso Mariana Ferrer
Segundo Mariana Ferrer, o estupro ocorreu em dezembro de 2018 durante uma festa em um clube em Florianópolis. Ela diz que havia bebido e teria sido dopada e estuprada por André Camargo de Aranha. Ele nega o crime. O empresário foi inocentado e prevaleceu a tese de “estupro sem intenção”.