Depois de enfrentar um câncer, Edson Celulari volta com força total, em mais um grande papel em sua carreira.
Em ‘O Tempo Não Para‘, o ator dá vida a Dom Sabino, definido por ele como ‘um homem de temperamento único, um homem muito decidido, vive para a família’.
Apesar de não ser o primeiro trabalho dele depois da doença, ele afirma que agora voltou pra valer. “Quando eu estava ainda no processo do tratamento, eu estava escalado para a novela da Glória (Perez) e ela me ligou. Aí eu pensei que estivesse fora, mas ela falou: ‘Edson, você está com a gente? ’. Eu falei: ‘calma aí, Glória. Quando é que você vai?’. Ela falou a data e eu disse que no período estaria careca ainda. E ela me disse: ‘eu quero você careca, de qualquer jeito’. Aquilo para mim foi um grande estímulo. Mas, na verdade, eu fiz uma participação e foi importante retornar ao estúdio e poder ter contato com o ofício que eu amo tanto fazer. Foi um estímulo”, disse Edson, em entrevista ao Área Vip.
Personagem ativo
De volta ao batente, Edson acredita que está completo no trabalho atual. “Agora, há muitos anos eu não vejo um personagem tão grande assim. Tão ativo, não só em números de textos, mas também as ações. Ele é um homem inquieto, ele briga com um e com outro, está aqui e está lá. É um personagem lindo mesmo! Então, é um espaço que eu já ocupei e que estou realizando. Não que eu tenha que fazer só protagonistas. Existem personagens que não são protagonistas e são incríveis, ricos, joias. Neste caso, nós temos um lindo personagem protagonista, imenso, de grande responsabilidade na história e que eu estou assumindo com a maior alegria e até agradecimento. Porque é uma confiança do Mario (Teixeira, autor), do Léo (Leonardo Nogueira, diretor), do próprio Sílvio de Abreu, da casa. E estamos indo, estamos indo muito bem”, comemora.
Choque de culturas
Dom Sabino terá a família congelada durante naufrágio no século XIX e despertará em pleno século XXI. “Ele vai se confrontar com esse mundo de hoje de uma forma muito particular. É um homem com um temperamento forte. Decidido, não aceita injustiças. Ele vai enfrentar situações muito engraçadas com a lei. A questão das terras, ele era dono da metade de São Paulo e quando ele se vê sem nada, ele vai atrás dos seus direitos. É uma luta que ele tem pela frente”, adianta.
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Colaborou: Núcia Ferreira
