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“As pessoas precisam de rótulos para se sentirem seguras. Não é para mim”, revela Pitty

A cantora virou apresentadora do 'Saia Justa' do GNT, programa que aborda pautas como machismo, gênero, família, sexualidade e outros tabus.

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Gabriela Rodrigues
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Pitty – Otavio Sousa

Aos 42 anos, a cantora Pitty está no auge de sua beleza e felicidade após ter seu álbum ‘Matriz’ indicado ao Grammy Latino. A artista divide os palcos com a maternidade, criando com todo amor sua filha Madalena, de 3 anos de idade, fruta da relação da rockeira com o músico Daniel Weksler.

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À revista Quem, Pitty contou um pouco sobre o novo disco. “Me deu vontade de investigar algumas coisas antigas, revisitei meus escritos e criei coisas novas”, contou. Além das buscas pessoais, a cantora contou com parcerias para o novo trabalho: Lazzo Matumbi, Larissa Luz, Baiana System são alguns dos novos envolvidos no novo projeto.

Pitty revelou detalhes do começo da sua adolescência e disse que se virava para ajudar seus pais. A artista começou a trabalhar aos 14 anos como office girl. “Quando você cresce dentro de um contexto que você não tem herança, você sabe que tem que se virar desde cedo. Não tem como contar com papai e mamãe”.

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Depois de muito ralar, aos 17 anos, a baiana deu início a sua primeira banda e arcava com os gastos dos ensaios e equipamentos. “A gente não ganhava dinheiro com show, a gente gastava [para tocar]. Eu tinha que ter um plano B, porque eu não podia ter a música como hobby para o resto da minha vida. Ia chegar um momento que a vida ia me botar na parede e eu ia ter que escolher”, declarou.

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Durante o papo, Pitty ainda tocou em um assunto que gosta de falar: o machismo. Não é à toa que a cantora virou apresentadora do ‘Saia Justa’ do GNT, programa que aborda pautas como machismo, gênero, família, sexualidade e outros tabus.

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“Não tinha nome [o feminismo no início dos anos 2000]. Chamava ‘ser mulher no meio de homem’…As pessoas precisam de rótulos para se sentirem seguras. Não é para mim. Elas precisam de um lugar para se localizar. Eu que não posso me deixar aprisionar por eles. Sinto um pouco de pesar, porque quando a gente fica preso em um estereotipo de alguém, a gente deixa de ver a amplitude dessa pessoa. É um pouco triste, mas o que eu posso fazer? Continuar vivendo e sendo”, disse.

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