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Campeã do BBB20, Thelma revela o que vai fazer com o prêmio

Confira uma entrevista com a campeã do BBB20!

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.
Thelma (Globo/Artur Meninea)
Thelma (Globo/Artur Meninea)

Desde o início da temporada, a paulistana Thelma, de 35 anos, não se intimidou com a participação de personalidades já conhecidas pelo público do outro lado do muro. A campeã desta edição do ‘Big Brother Brasil’, com 44,10% dos votos, manteve seu posicionamento forte diante dos obstáculos do jogo e foi fiel àquilo que acreditava. “Inimiga do fim”, a médica era das mais resistentes nas provas e nas festas do BBB (venceu duas provas do líder, dentre elas a maior disputa da edição, que durou mais de 26 horas). Sua alegria e o samba no pé marcaram presença na casa. Os desdobramentos da competição a levaram a fortalecer uma amizade com Rafa Kalimann e Manu Gavassi, que tiveram suas histórias cruzadas e chegaram juntas à grande final da edição. Rafa conquistou o segundo lugar, com 34,81% dos votos e Manu, a terceira colocação, com 21,09% dos votos.

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Durante o confinamento, Thelma também cultivou a conexão com Babu, semifinalista do reality, a quem defendeu durante todo o jogo. Como exemplo de superação, a personalidade determinada da anestesiologista conquistou o Brasil, que retribuiu o carinho em votos para consagrá-la a vencedora de uma temporada histórica. “Eu considero o ‘Big Brother’ uma oportunidade para evoluir, um degrauzinho no meu processo de evolução que eu vou levar para o resto da vida”, avalia Thelma, que conta abaixo o que o a levou ao prêmio de R$ 1,5 milhão. Com a palavra, a campeã do BBB 20.

O que te fez vencedora do ‘Big Brother Brasil 20’?
Eu acho que a minha história de superação pode ter inspirado algumas pessoas, que honraram a minha trajetória e me ajudaram a ganhar. Acredito que a minha coerência dentro do jogo e o fato de não ter passado por cima daquilo que eu acredito também foram pontos que podem ter me levado à vitória. 

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Você esperava vencer esta edição?
Eu nunca deixei de acreditar em mim. Um exemplo disso foi a minha roupa da final. Eu a coloquei na minha mala e falei que eu só iria usar o vestido se eu chegasse à decisão. E lá ela ficou até ontem. Foi uma coincidência porque a Rafa e a Manu também fizeram isso. Então, eu confiava sim, eu entendia que era um jogo com pessoas completamente diferentes, perfis conflitantes e que não seria fácil. Mas o meu foco era a final, eu imaginava que poderia ganhar. Nunca desanimei. 

Como você avalia sua trajetória no ‘Big Brother Brasil’?
Quando eu entrei no BBB, eu fui tachada de planta por algumas pessoas. Eu acho que cada jogador adota sua estratégia e a minha foi observar. Eu quis primeiro analisar para fazer a minha leitura de cada pessoa que estava no jogo e, com isso, fazer as minhas escolhas, me identificar com quem eu me sentia mais segura. E depois disso começar a jogar. Do meio para o final, quando houve a prova de resistência, mostrar a minha cara e aparecer mais no jogo. Foi uma trajetória de altos e baixos, como a maioria dos jogadores, mas sempre tentando seguir um norte, nunca desviando daquilo que eu acreditava. Uma prova disso foi a minha amizade com o Babu, que foi uma pessoa com a qual eu sempre me identifiquei. A gente caminhou, durante um bom tempo, em lados opostos do jogo porque eu não concordava com o grupo do qual ele fazia parte. Mas ainda assim, eu consegui, por princípio, manter o meu respeito e minha parceria com ele. 

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O que mudou na Thelma que entrou no BBB para a Thelma que sai agora?
Eu falei para o Tiago no programa ao vivo que eu considero o BBB uma experiência de vida. É um lugar onde a gente percebe as nossas fragilidades, o quanto a gente pode acertar, mas o quanto a gente pode errar também. Percebemos a importância de reconhecer os nossos erros. Então, eu considero o ‘Big Brother’ uma oportunidade para evoluir, um degrauzinho no meu processo de evolução que eu vou levar para o resto da vida. 

Você, Marcela e Gizelly estiveram muito unidas no início do programa, mas, em determinado momento do jogo, começaram a se afastar. Foi então que você se aproximou mais da Manu e da Rafa. O que provocou essa mudança?
Eu me identifiquei com a Marcela pela questão profissional. Querendo ou não, a gente pausou a nossa vida aqui fora e nós compartilhávamos uma angústia de saber como seria a reinserção no mercado de trabalho depois desse jogo. Esse foi o nosso primeiro contato. Mas também me identifiquei com ela pela causa feminista, que eu sempre respeitei muito. Com a Gizelly, por ser aquela pessoa divertida, uma advogada criminalista que passava uma mensagem muito forte. Só que eu percebi, quando elas se aproximaram da Ivy e do Daniel, que não valia a pena forçar a barra para fazer parte de um grupo que não quer que eu esteja nele e com o qual eu não concordava com as atitudes e com o posicionamento em relação ao Babu. Foi aí que eu olhei para a Rafa e para a Manu, que são pessoas que eu sempre considerei bem posicionadas no jogo. A minha intuição e a da Rafa sempre foram muito parecidas, os nossos votos também batiam muito. Então, por que não me aproximar delas? A Gizelly até chegou a questionar que elas eram influenciadoras e com um nível social diferente, mas eu sempre achei que aquilo não importava. A gente estava no jogo como jogadores tínhamos que seguir os nossos princípios, independentemente de classe social. Senão, elas não teriam entrado. Eu acho que eles colocaram seres pensantes para debater lá dentro justamente por isso. O jogo é de alto nível por isso. Me uni à Rafa e à Manu e não me arrependo um segundo porque eu aprendi muito com elas. A gente teve uma troca muito grande. 

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O que aquele castigo do monstro significou para você? A tarefa te desestabilizou de alguma forma?
Eu não esperava receber aquele monstro. Inclusive, se eu tivesse ganhado o Anjo naquele dia, eu não teria dado o monstro para a Ivy e para o Daniel. Eu considerava que naquele momento eu fazia parte do grupo. Era um grupo muito grande cujas afinidades eram um pouco diferentes, mas eu me sentia fazendo parte. Naquele momento do monstro, caiu a minha ficha. Eu já sentia um distanciamento do Daniel e não entendia muito bem o motivo. Mas ali eu percebi. Monstro não se dá para amigo porque nenhum monstro é legal. Você fica lá acordado, vai ter uma fantasia desconfortável, vai te causar incômodo. Então, eu não daria monstro para os meus amigos. Mas eu pensei: ‘tudo bem. Vai me dar monstro, vai tomar voto.’ Foi a partir dali que eu percebi que ele não estava jogando do meu lado. Me arrependi em ter insistido na minha relação com a Ivy. Eu acho que a gente sempre esteve em lados opostos do jogo, só que eu demorei para me dar conta disso. 

Você criou uma conexão forte com o Babu, apesar de boa parte da “Comunidade Hippie” não ter afinidade com ele. Foi difícil equilibrar as relações dentro da casa?
A minha relação com o Babu sempre foi de amizade, a gente teve uma empatia muito grande. Eu conversava pouquíssimo sobre jogo com ele porque eu sentia que a gente estava em lados opostos. No começo, ele fazia parte do grupo dos meninos, depois aquela parceria com o Prior. Então, eu conversava muito mais sobre vida com o Babu. Só que, na segunda semana, ele me presenteou com uma imunidade. E eu sou uma pessoa sempre muita grata. Eu costumo dizer: “esqueço o que me fazem de mal, mas eu nunca me esqueço o que me fazem de bom”. Eu sempre vou tentar retribuir. Por isso, eu senti essa necessidade de, caso ganhasse o anjo, proteger o Babu. Ainda mais porque ele era uma pessoa que estava sempre ameaçada no jogo. Todas as vezes em que eu ia para a prova do Anjo eu queria muito ganhar para assistir ao vídeo da minha família e para poder dar a imunidade para o Babu – mesmo sabendo que eu estaria me colocando em risco no jogo. Algumas pessoas me questionavam em relação à proximidade com ele e eu falava que ele era meu amigo e dizia que, se ele tinha tantos problemas de convivência como eles estavam afirmando, o público iria enxergar isso e ele iria sair. As pessoas só viram o lado maravilhoso que existe no Babu depois que perceberam que ele era forte porque ele ia para os paredões e não saía. Eu questionei a Ivy também: “agora que o cara já voltou de sete paredões, fica fácil não votar nele.” Chamá-lo de monstro e dizer que tinha medo de conviver com ele na cozinha é muito pior do que o indicar ao paredão. Enfim, não foi difícil sustentar a minha amizade com o Babu. 

Como foi para você aquele momento do voto no Babu?
O que eu pude fazer pelo Babu foi manter a minha lealdade em relação a voto – ele nunca foi minha opção. Só votei nele quando eu tive que escolher entre ele e a Rafa, que foi uma pessoa que nunca esteve do lado oposto do jogo. Por mais que nós não estivéssemos juntas desde o começo, a gente sempre pensou muito igual. Caminhamos do mesmo lado no grupinho da “Comunidade Hippie”. Então, naquele momento eu tive que dar o meu voto de confiança para a Rafa. Na outra semana, eu não consegui votar novamente no Babu porque me doeu muito ter que fazer isso. Eu me considero muito leal às minhas amizades. Lá dentro eu estava num reality show e eu queria mostrar o que eu era de verdade. Se eu sou leal aqui fora, eu fiz questão de ser leal lá dentro também. 

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O que aquela prova de resistência de 26 horas representou para você no jogo?
Força, força, força. Aquela primeira prova coletiva de imunidade, de 9 horas de resistência subindo e descendo escada, me desestabilizou fisicamente. Mas eu tive tempo de me recuperar e quando eu fiz essa aquela prova de 26 horas, eu percebi o quanto eu me superei ficando todo aquele tempo em pé ali. Eu pensei: ‘só saio daqui desmaiada’. Era uma briga: eu queria me superar para mim mesma dentro do jogo e também mostrar para as pessoas que me subestimavam, que diziam que eu era planta. Eu queria me comprometer na competição. E vi naquela prova de resistência a oportunidade. Queria também uma festa com a minha cara, que foi maravilhosa! Eu queria tudo do líder, não queria compartilhar a liderança com ninguém, não. 

Quais são seus planos daqui para frente?
Profissionalmente eu estou ainda perdida. Estou muito solidária aos meus colegas da área de saúde. Estou bem assustada com essa situação do Coronavírus. Eu não sei como está o esquema de trabalho do pessoal, a escala de plantão. Eu amo a Medicina, mas vamos ver e esperar o que vai acontecer agora, diante dessa situação. Mas depois, com certeza, eu devo retomar sim a minha carreira porque é o que eu amo fazer. 

O que você pretende fazer agora com o prêmio de R$ 1,5 milhão?
Ainda não deu muito tempo de pensar. Eu tenho a minha mãe e o nosso sonho é ter um apartamento próprio. Mas não vou fazer nada disso agora. Eu acho que o mais inteligente agora é investir esse dinheiro, fazê-lo render para poder pensar nos frutos daqui a um tempinho.

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Wandreza Fernandes
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Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.