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Cantor relembra vício em cocaína: “Sofri bastante”

Um famoso cantor relembrou sobre seu vício em cocaína durante uma participação em um programa. Confira!

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Tabatha Maia
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Zé Ramalho – Reprodução: Instagram

Quantos famosos e cantores já não se envolveram no mundo das drogas, não é mesmo?! Um famoso cantor relembrou essa fase difícil em sua carreira e abriu o jogo durante uma participação no Conversa com Bial, da Rede Globo.

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Durante a conversa, o músico revelou que viu o auge do surgimento da cocaína na cidade do Rio de Janeiro. O cantor em questão é Zé Ramalho.

“Quando cheguei, o cartel de Cali [na Colômbia] estava investindo essa substância no Rio, botando da melhor qualidade para viciar. Pessoas das gravadoras, gerentes, presidentes, políticos usavam. Eu apenas parei. Nunca fiz tratamento, psicanálise, simplesmente disse: ‘hoje é a última vez’ e nunca mais retornei”, revelou ele.

Zé Ramalho também revelou que não foi nada fácil e que sofreu bastante: “Sofri bastante, mas o mais importante era recuperar a carreira. Eu fiquei sem gravar, as gravadoras não se animaram mais a trabalhar comigo. Você vai até onde dá para ir. Nesse limite eu parei, foi uma decisão importantíssima para mim. Eu tinha sentido tudo o que eu queria sentir com essa experiência. Eu só tomo vinho hoje em dia, diariamente a caneca de vinho que tenho direito”, revelou ele.

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Além de tudo isso, o músico também relembrou sobre sua decisão em largar o curso de medicina para ser cantor: “Larguei Medicina no segundo ano. Eu me sentia agoniado na aula, não seria um bom médico. Tive que tomar a decisão de chegar em casa e contar ‘não vou mais estudar, quero ir para o Rio ou São Paulo tentar a carreira de cantor e compositor’. Foi um choque, todo mundo quer ter um médico na família. Mas me deram a passagem”.

Zé também relembrou quando a época em que era um teste de sobrevivência e que chegou a ganhar comida de conhecidos: “Foram dois anos muito difíceis, 1976 e 1977. Vim pra cá achando que o que eu conhecia da vida daria para sobreviver. Foi um teste de sobrevivência diário. Algumas amigas, pessoas que eu conhecia em porta do teatro do Rio de Janeiro viam minha situação e de mais alguns colegas. Passávamos a noite juntos e depois deixavam um valor no dia seguinte para o café da manhã, um PF [prato feito]”, revelou .

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