O jornalista Carlos Tramontina, de 66 anos, relembrou um momento importante de sua carreira, quando cobriu a morte de Ayrton Senna, piloto de Fórmula 1. De acordo com ele, o acontecimento foi tão marcante que recorda, até hoje, o som da pá que enterrou o brasileiro.
“Acompanhar o enterro do Ayrton Senna foi muito marcante. Eu estava no carro de reportagem logo atrás o carro dos bombeiros… Estava cercado por milhares de pessoas que tomaram a Avenida 23 de Maio até o aeroporto de Congonhas”, iniciou o ex-contratado da Globo, em entrevista ao Vênus Podcast.
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“Eu voei para Minas Gerais e eu estava muito próximo do local onde ele foi enterrado. E aí eu me lembro muito claramente do trabalho do coveiro, das pessoas que trabalhavam no cemitério”, detalhou.
“E aí o caixão desceu, colocou aquela lápide… a tampa de concreto, o cimento, e ele [o coveiro] passava a pá em cima e batia. Eu não me esqueço até hoje do som da pá, do rapaz trabalhando ali, batendo e passando cimento, e ele era tão cuidadoso, porque aquele era também para ele um momento especial, que aquilo demorou, se prolongou, e olha são coisas marcantes. Eu não me esqueço do som da pá do coveiro”, disse Tramontina.
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Por fim, ele comentou sobre a importância de Senna: “Alguns momentos muito tristes acabam marcando muito a gente. Marcam muito! A gente sempre espera um momento bacana ou legal e muitas vezes você participa de um momento doloroso. É incrível como hoje passando tanto tempo e tantos anos, você continua tendo a idolatria do Senna. Ele era um orgulho nacional. Um cara que todo mundo se lembra e fala como ele representava bem a gente!”.
Colaborou: Lauan Brito