A jornalista e apresentadora Catia Fonseca, que comanda o programa ‘Melhor da Tarde’ na Band, criticou a postura do apresentador do ‘Encontro’ da Rede Globo, Manoel Soares. De acordo com Fonseca, o apresentador deveria ter aguardado um pouco mais para informar que a expressão ‘ovelha negra’ era de cunho racista. Ela também relata que esta é uma frase usada há muito tempo e as pessoas precisam se acostumar com a nova realidade.
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Catia começa falando o seguinte: ”Eu vou falar uma coisa pra vocês, eu entendo. É um termo incorreto, inaceitável”, informa. Em seguida ela destaca que é preciso um tempo para as pessoas se adaptarem e expõe que é um hábito: ”Mas a gente também tem que dar um tempo para as coisas se acertarem nesse contexto. Porque é um termo que você fala assim ‘Ah, é um termo racista!’. Sim, pode ser considerado mesmo um termo racista, mas é um termo que infelizmente foi muito usado desde lá atrás e existe um hábito de fala”, diz.
E complementa: ”Então a gente continua, às vezes, falando coisas que são inaceitáveis nos dias de hoje. Mas a gente tem que ter, eu acho, um pouco mais de paciência e cuidado pra gente dar um tempo para as pessoas se encaixarem. A gente precisa se vigiar nisso. E muitas vezes, as pessoas falam isso não é por mal. Não estou defendendo a Marcela, porque eu nem a conheço”, destaca.
A apresentadora acha que não era a hora certa para Manoel interromper a convidada do programa: ”Na hora que o programa tem um assunto pra deslanchar, poderia esperar a história acabar e falar ‘Olha gente, só lembrando né vamos tentar não usar esse termo, porque esse termo remete a coisas tão ruins, do racismo, pessoas que sofreram e continuam sofrendo’. A gente tem que alertar, mas não hora certa!”, conta.
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Em seguida ela fala que o programa já não está indo bem: ”Interrompe o raio da conversa de um programa que já está indo de mal a pior, pra dar uma chamada na pessoa? Ele não errou, mas poderia ter esperado o negócio terminar e aí fazer de uma forma sutil e comentar ‘Ah gente, até desculpa Marcela, mas esse termo é chato, tanta gente sofreu, a gente continua com as pessoas sofrendo. Sei que a gente ainda usa esse termo, vamos tentar ao invés de falar ovelha negra, a gente falar uma pessoa marginalizada’, sei lá…”, comenta.