A história de Will Smith na televisão americana tem raízes na ousadia e no incentivo de Quincy Jones, o lendário produtor que acreditou no talento do então jovem rapper antes mesmo de ele próprio ter essa confiança. Jones morreu no último domingo (3), aos 91 anos, e deixou um legado imensurável na música e na TV, sendo essencial para a trajetória de Smith, que o homenageou, lembrando a importância dessa amizade: “O homem que apostou em mim quando eu nem estava apostando em mim”, declarou o ator.
Nos anos 90, Smith já era conhecido como rapper com o nome Fresh Prince, em parceria com DJ Jazzy Jeff. Porém, o sucesso inicial trouxe problemas financeiros, deixando-o com uma dívida grande com a receita americana. Foi então que Jones apareceu com uma oportunidade única: ele e Benny Medina estavam planejando uma nova sitcom voltada ao público negro, e Medina sugeriu Smith como protagonista.
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Mesmo hesitante, Smith foi ao encontro com Jones, que acreditava no potencial do jovem como ator. “Eu disse que não sabia atuar e precisava de duas semanas para me preparar. Ele só respondeu: ‘Vamos fazer isso em duas semanas’”, contou o ator em uma entrevista. Ele aceitou o desafio, e no teste com o presidente da NBC, mostrou seu talento nato. O projeto foi aprovado e, em questão de dias, a produção da série estava em andamento.
Quincy Jones também participou da série
Nascia ali Um Maluco no Pedaço, que fez de Smith um ícone mundial. A série, que trazia uma trama leve e divertida sobre um jovem da Filadélfia que se muda para a casa dos tios ricos em Bel-Air, logo conquistou o público e consolidou a carreira do ator.
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Quincy Jones também teve papel na criação da música-tema da série, que virou um sucesso imediato. Ele ainda fez uma participação especial como o taxista na cena de abertura, levando Will até a mansão dos tios em Bel-Air. Com seu incentivo e visão, Jones deu o empurrão inicial que impulsionou a carreira de Smith, abrindo caminho para o sucesso que ele conquistaria no cinema e na televisão.
Colaborou: Renan Santos