A cantora, compositora e empresária Daniela Mercury, 57 anos, está casada atualmente com a jornalista Malu Verçosa. Juntas, as mulheres comemoram 10 anos de relacionamento. Sendo assim, a artista resolveu falar a respeito do preconceito vivido no dia a dia e da representatividade para a comunidade LGBTQIPA+.
+ Daniela Mercury sobre processo contra Cássia Kis: “ofendeu as famílias LGBT”
Daniela aponta que o casamento com Malu foi de suma importância para marcar um processo de mudança importante no comportamento. Ela também expõe que é necessário naturalizar as relações homoafetivas.
A cantora reflete: ”A gente está em uma época interessantíssima. Estou comemorando 10 anos de casada com Malu e o nosso casamento foi importantíssimo para inaugurar um novo momento de mudança de comportamento, de uma atitude de naturalizar as relações. Quem é corajoso vive, quem não é se esconde”, disse em entrevista para a Revista Quem.
Ainda em meio a entrevista, a famosa foi perguntada se o ato de assumir uma relação com outra mulher foi uma atitude transgressora. Mercury responde: ”Sem dúvida, é. Tudo que quebra regras nos costumes, na cultura, nos hábitos da vida das famílias brasileiras, não é visto com bons olhos. A heteronormatividade é predominante e elas só acham que são normais essas pessoas, o branco, hétero”.
Logo na sequência, a compositora faz uma reflexão a respeito do amor que une as pessoas, independente de suas orientações sexuais. Ela aponta que não existe apenas uma maneira de ser feliz: ”A gente não quer que ninguém aceite. A gente quer que ame e respeite. Queremos é celebrar o amor. Eu quero é paz e que todo mundo possa ser feliz do jeito que o ser humano sempre foi, porque essa hipocrisia social, essa invenção de que só tem um jeito de ser, foi o homem que criou em todos os sentidos”.
+ Filha de Daniela Mercury entra com ação contra Cássia Kis no Ministério Público
Por fim, a baiana cita o preconceito vivido na comunidade LGBT, racismo, misoginia e pede respeito aos povos originários. A mulher ainda pontua que as próximas gerações estão quebrando paradigmas importantes: ”Não queremos LGBTfobia, nem racismo estrutural, nem machismo, nem misoginia e também que respeitem nossos povos originários, os indígenas. A gente não aceita mais nada de preconceito. E se algumas gerações vieram empurrando, quebrando paredes, a gente agora, quebra ainda mais essas barreiras”.