A ‘cultura do cancelamento’ foi um dos pontos altos de 2021. Não foi fácil escapar do julgamento dos internautas nas redes sociais. A lista de pessoas famosas boicotadas na web foi extensa, incluindo ex-BBBs, cantores, atores e influenciadores digitais.
E a primeira figura pública que vem à cabeça logo no início do ano é o nome de Karol Conká. A vida da cantora virou do avesso ao participar do ‘BBB21’. O público do reality show não perdoou as atitudes da artista na casa mais vigiada do Brasil. Entre várias críticas, o momento crucial foi o tratamento dispensado pela cantora ao ator Lucas Penteado. Para quem não se lembra, Conká se recusou a sentar na mesma mesa que o ex-BBB e ainda teceu comentários bem humilhantes na ocasião.
A rapper foi eliminada com 99,17% dos votos do público. Ao deixar o reality show, ela perdeu contratos publicitários, teve shows cancelados e recebeu ameaças de morte. Recentemente, ela contou que ainda não superou completamente os traumas. As questões foram abordadas na série documental ‘A vida depois do tombo’, do Globoplay.
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Ainda no reality, Nego Di também virou alvo do público não só por sua participação no reality, que rendeu muitas polêmicas, mas por vídeos resgatados na web onde o humorista minimizava a ‘cultura do estupro’ e piadas com a condição do compositor Arlindo Cruz. Quando deixou o reality, ele gravou um longo vídeo para se redimir. “Me envergonho de muita coisa que falei quando eu assisto a esses vídeos, tenho vergonha de saber que a minha família também assistiu a tudo isso, porque eu não fui pra lá para fazer isso, eu fui para correr atrás do meu sonho, eu fui para dar uma vida melhor para minha mãe, para dar a dignidade que eu não tive pro meu filho. Era esse o meu objetivo“, explicou.
Outra ex-BBB que teve altos e baixos foi Sarah Andrade. Se num primeiro momento a consultora de marketing caiu no gosto do público, ao longo da atração ela tirou o público do sério algumas vezes. A loira teve três momentos de ‘cancelamento’: depois de fazer piada sobre pandemia do coronavírus, dizer que gostava do presidente Jair Bolsonaro, e principalmente se voltar contra Juliette, que era a queridinha da audiência.
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Fora do programa, ela se desculpou, mas não se arrependeu. “Sei que tem coisas que errei. Errei sim. Mas não mudaria nada, porque tudo aconteceu para o meu aprendizado. Sei exatamente as coisas que me tiraram do programa, mas eu não mudaria, porque estava sendo eu. Algumas coisas distorceram, então eu nem considero algo para eu me arrepender”, falou em entrevista ao FodCast meses depois do reality.
Mas não foi só em realities que a ‘cultura do cancelamento’ predominou. O cantor Sérgio Reis se viu em meio a uma grande polêmica na web. Em agosto deste ano, após a divulgação de um áudio em que o cantor sertanejo convocava atos antidemocráticos em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL), a coisa ficou feia para o artista. Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal e foi obrigado a cancelar o lançamento de um disco depois de ver três baixas no trabalho inédito, que já havia sido inteiramente gravado. Na ocasião, os cantores Guarabyra, Maria Rita e Guilherme Arantes desautorizaram a participação no álbum.
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Até Juliana Paes acabou sendo alvo de ‘cancelamento’. A atriz foi sofreu ataques ao publicar um vídeo político, em junho, nas redes sociais. Depois de fazer um post criticando a forma como a médica Nise Yamaguchi, defensora do uso da cloroquina, foi tratada na CPI da Covid, Juliana foi cobrada por fãs e colegas artistas de não ter um posicionamento crítico sobre a política do governo na pandemia. Ela, então, rebateu as críticas em um vídeo que deu muito o que falar. Na publicação, Juliana negou que seja apoiadora de Jair Bolsonaro — “não sou bolsominion”, afirmou —, mas fez referência à existência de “delírios comunistas” nas atitudes de quem é contra o presidente. A fala da atriz gerou uma nova onda de cancelamento.
Rafa Kalimann não passou ilesa ao boicote das redes. Foi cancelada, em maio, após compartilhar um vídeo de um pastor, que dizia ser contra o casamento homoafetivo. Meses depois, numa entrevista ao podcast “Pod Delas”, ela se emocionou ao falar no episódio. “Foi por um erro grande meu, que reconheci totalmente porque estava no modo automático. Quando você entra no modo automático, você deixa de ter percepções que normalmente tem na sua vida. Então estava compartilhando coisas sem prestar atenção nas informações”, disse ela, na ocasião.
Patrícia Abravanel também não escapou do crivo do público. Ao comentar, no programa ‘Vem pra Cá’, a polêmica envolvendo Rafa Kalimman e Caio Castro, que postaram um vídeo de um pastor que “é contra, mas respeita” o casamento gay, zombou da sigla LGBTQIA+. A filha de Silvio Santos saiu em defesa do conteúdo do vídeo, pediu “paciência com os conservadores”, grupo que ela afirmou fazer parte, mas foi categórica ao dizer que eles têm direito em discordar de assuntos relativos a sexualidade alheia. Internautas inundaram de críticas as redes sociais da apresentadora.
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Pyong Lee também entrou na dança do cancelamento. O influenciador digital e ex-BBB foi bastante criticado na web após ser acusado de trair a mulher, Sammy Lee, no reality show ‘Ilha Record’, na TV. Os dois, recentemente, reataram o relacionamento e Pyong usou as redes sociais mais tarde para fazer uma análise da situação. “O tempo não para, tudo muda, tudo passa, tudo evolui. No meio do furacão, pode parecer que é o pior dos problemas, mas é só lembrar de outras situações que você passou e superou. Aprendemos e evoluímos com as situações e com os erros”, declarou Pyong.
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Nego do Borel é um colecionador de polêmicas e se tornou alvo de uma investigação policial depois de ser expulso de ‘A Fazenda 13’. Acusado por estupro de vulnerável contra a modelo Dayana Mello, outra participante do mesmo reality show, o cantor foi dado como desaparecido por um dia depois de publicar um texto no Instagram em que citava suicídio. Ele foi encontrado por policiais num motel em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o que inspirou uma onda de críticas de fãs e seguidores ao funkeiro. Cancelado pelas redes, ele perdeu contratos publicitários e profissionais.
Já no finzinho de 2021 quem irritou a web foi Dayane Mello. A modelo que vive na Itália ficou conhecida na casa por seu temperamento explosivo e atitudes questionáveis em ‘A Fazenda 13‘. Foi ela a responsável pela maior polêmica da temporada, quando decidiu usar uma faca para rasgar o casaco favorito do rival, Rico Melquiades. Vale lembrar que Dayane foi a única brasileira no ‘Gran Fratello’, a versão do Big Brother na Itália, ela também recebeu muitas críticas do público italiano. Na época, brasileiros passaram a apoiá-la para manter sua participação no programa e votar nos paredões. Deu certo! Day chegou à semi-final num reality pela qual foi tida como uma das menos favoritas pelos telespectadores.
Retrospectiva: As maiores polêmicas do mundo dos famosos de 2019 – Parte 1