Demitido da Globo desde o início deste ano, pouco mais de quase dois anos desde a estreia do seu último folhetim na casa – ‘O Sétimo Guardião’ -, Aguinaldo Silva está de volta ao canal carioca com a reexibição especial de ‘Fina Estampa’ no horário nobre. Em virtude da pandemia do novo coronavírus que obrigou a suspensão das atividades no setor de dramaturgia das emissoras, a Platinada está recorrendo nas reprises para tapar o famosos ‘buraco’ deixado pelas produções inéditas.
Com as grandes chances de atos de carinho e novas formas de demonstração de afeto e ações nas novelas começarem a ser reavaliadas, em entrevista concedida ao jornalista Flávio Ricco, do portal UOL, Aguinaldo deu sua opinião. “Acho que as novelas terão que se afastar um pouco da realidade que, nos noticiários, tornou-se ‘novelística’. Agora o próprio jornalismo escreve ‘capítulos’ da vida real, com desdobramentos anunciados”, avaliou.
Em sua concepção, a reinvenção proposta pelos futuros folhetins que virão a ser produzidos, além dos que foram interrompidos enquanto estão no ar, será uma missão extremamente difícil. “O cotidiano, com todas as suas agruras, as pessoas já vivem. Vamos dar a elas nas novelas uma chance de viajar e sonhar”, propôs.
“Alguém diz que, quando recomeçarem as gravações, não pode mais ter beijo nas novelas, porque isso seria ‘um descompasso com a vida real em tempos de pandemia’. Então é bom inventar outro nome para o gênero porque, sem beijo, não pode mais ser chamado de ‘novela”’, concluiu o autor de 76 anos.
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