Quem não foi ao cinema assistir a profunda história do ícone da Música Popular Brasileira terá outra oportunidade imperdível em janeiro. O filme ‘Elis – Viver é Melhor que Sonhar’ se transformou em minissérie na Globo e terá cenas inéditas na TV.
Para Andreia Horta, que vive a cantora nas telas, foi possível se emocionar ainda mais voltando a dar vida à personagem real. Se num primeiro momento ela resistiu à ideia de voltar aos estúdios, a atriz logo percebeu a importância de mais esse desafio. Depois de três anos, ela mergulhou novamente no universo da Pimentinha e se emocionou ao rever as cenas no lançamento do novo trabalho que tem à frente George Moura, Hugo Prata, Luia Bolgnesi e Vera Egidio.
Confira a entrevista que a atriz concedeu ao ‘Área Vip’.
Você teve certa resistência em gravar novas cenas para a série, por quê?
Eu achei que a missão já tinha sido concluída e afinal de contas já faziam três anos, o filme foi em 2015. Não é simplesmente voltar, é todo um trabalho. Mas depois eu entendi que tinha mesmo muita coisa e mudei de ideia rapidinho.
Como foi a questão da caracterização, você teve que mexer no cabelo?
Não, a gente usou peruca. Aliás, no filme o único cabelo que é o meu é o curto. A fase jovem, a fase mais velha, tudo era peruca. Então agora pra voltar a filmar eu usei peruca.
Você fez o filme em 2015. O que você trouxe pra sua vida desse universo da Elis Regina?
A coragem de ser quem eu sou, o entendimento de que se a gente não for quem a gente é, a gente vai ser quem? Eu acho que a Elis recusou desde sempre se encaixar em qualquer coisa que não fosse ser fiel a ela. Eu acho que esse foi um dos maiores aprendizados que ficaram pra mim.
Como você se sente revendo as cenas de você vivendo Elis Regina?
Eu me arrepio toda. Vem muita coisa, eu não conseguiria resumir em poucas palavras. Vem uma inspiração bonita, uma gratidão muito grande.
Qual foi a cena mais difícil de fazer?
A morte, certamente.
Você diria que ela foi um divisor de águas na sua carreira?
Foi um divisor na minha carreira, principalmente foi um divisor pra mim como atriz, independente do que resulta a carreira. Por que a carreira é pra quem vê e quem vê sempre tem os próprios julgamentos, isso é uma coisa que a gente não pode controlar, logo, não é uma coisa que eu me ocupo muito. Agora, me ocupo sim muito do que eu vou fazer antes de dizer sim, o que o personagem pode me trazer, eu quero experimentar isso em mim. É uma questão muitíssimo pessoal. Então, na carreira não sei, mas pra mim como pessoa e como artista com certeza.
Como você vê a importância desse projeto estrear logo no começo do ano com esse alcance maior que no cinema?
A gente conta no filme, a Elis chega no Brasil em 1964 e morre em 1982. Toda a trajetória artística dela se deu no período da ditadura militar. Era preciso naquele momento muito pensar sobre o que responder, voltamos a isso. Então não posso te responder imediatamente, preciso pensar… eu acho que é da mais alta importância, em janeiro, exatamente. Também a gente tem que lembrar que foi o mês que a Elis faleceu, no dia 17 de janeiro de 1982. Também é um mês que o Brasil começa um novo capítulo e ter a Elis dizendo as coisas que ela está dizendo eu acho da mais alta importância.
E quais os seus projetos para o ano que vem?
Tem a segunda temporada do meu programa na TV Brasil, tem um filme e tem uma novela.
Qual a novela?
É da Thereza Falcão, Nos Tempos do Imperador.
A minissérie será exibida em quatro capítulos a partir de 8 de janeiro, mês em que Elis Regina morreu em 1982.
O Área Vip marcou presença na coletiva de imprensa da minissérie e Andreia Horta fez um convite especial para o nosso público.
Confira o vídeo:
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