Imagina você passar cerca de 40 anos com uma pessoa muito querida e, do nada, ela vai embora ‘sem se despedir’. Isso foi o que aconteceu com o diretor de televisão, Walter Wanderlei, conhecido como o Goiabinha, que trabalhou com o apresentador Gugu Liberato, que faleceu nesta última sexta-feira (23), vítima de um acidente doméstico.
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Em conversa com o jornal carioca Extra, Walter, que era considerado o ‘irmão postiço’ de Gugu Liberato falou sobre sua relação com o apresentador e detalhes do verdadeiro Augusto.
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“Nós éramos bem jovens, a época em que a televisão era feita por profissionais. Ele fazia o “Sessão premiada” e eu trabalhava no TVS (antigo SBT). E dali que começou nossa amizade. Era por volta de 1981. Na aquela época, eu fazia o “Moacyr Franco show”. De lá para cá, ficamos sempre juntos, unidos, nos comunicando. Desde o acidente do Mamonas Assassinas, em 1996, eu fiquei com ele. Quando houve o ocorrido, eu me coloquei à disposição para ajudá-los. Trabalhava com ele até hoje no “Canta comigo”, na RecordTV. Lá, eu o ajudava no palco, eu o guiava no estúdio, porque o cenário era enorme”, disse ele.
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Walter continua falando sobre Gugu Liberato: “Ele era calmo, costumava ficar muito no escritório dele, com toda a comunicação básica para fazer um bom trabalho, monitorar ibope. Quando resolvia sair, ele ia com o fiel escudeiro, o Niltinho, espécie de anjo da guarda dele. No programa, quando alguém chegava perto dele para contar um problema, ele ouvia e depois fazia uma surpresa. O próprio Liminha contou que tinha R$ 5 000 e sonhava ter um carro que custava R$ 60 000. Dias depois, o Gugu mandou o Niltinho levar o dinheiro para ele. Generosidade dele não era só com dinheiro, mas em gestos, palavras, ações. Ele foi ao enterro da minha mãe, em 2017, que foi no dia do meu aniversário, que ele adorava. Ele estava sempre pronto para me dar um abraço, um conforto. Eu ficava impressionado com o controle que ele tinha sobre o trabalho e a administração de suas coisas. Ele estava sempre alegre, era objetivo. Jamais o vi fazer alguma arrogância. Ele poderia levar um tapa na cara, era forte o suficiente para segurar”.