A atriz Edvana Carvalho, interprete de Inácia em Renascer, abriu o coração ao falar sobre a personagem do folhetim nobre e o motivo pelo qual optou em viver o papel. Segundo a artista, ela somente aceitou encarar esse desafio pois se identificou e muito com ela.
Em entrevista ao podcast ‘Papo de Novela’, Edvana Carvalho refletiu sobre a importância de Inácia, que se tornou um ponto de equilíbrio em Renascer. “Ai, parece que estou sonhando! Fico muito feliz porque eu, como artista, quando faço um trabalho, quero me comunicar com as pessoas de coração para coração. E quando sinto que essa comunicação está existindo é porque o trabalho está sendo feito. E não vem só para receber aplausos, mas também para trazer uma reflexão sobre o assunto que você está levando através da boca daquela personagem, que é para se divertir, para ser feliz naquele momento, para comover“, iniciou ela.
+ Renascer: Inácia cai para trás ao receber profecia espiritual
Adiante, a atriz falou sobre a fé da personagem: “Recebo mensagens de pessoas dizendo assim: ‘Sou evangélica, mas a forma como você traz as religiões de matriz africana me faz querer aprender mais sobre o tema porque nunca foi ensinado a mim desse jeito.’ Então, isso que é legal. Tudo que envolve a herança africana, ou é marginalizado ou demonizado. Ou quando chega nas populações indígenas é folclorizado. Então, através desse trabalho e de outros tantos, a gente vem tentando desconstruir essa história contada por outros e contar a própria história. Para que o povo brasileiro, que é misto e diverso, possa conhecer a verdadeira história.”
Edvana Carvalho compara as Inácias de Renascer
Na sequência da conversa, a atriz comentou sobre as distinções entre a Inácia original e a sua do remake: “O Bruno (Luperi, autor do remake) já trazia essa vontade de mudança, ele é um ser humano jovem, antenado com seu tempo, e são 30 anos depois. Então, coisas que não puderam ser aprofundadas ali, ele está aprofundando agora. […] Uma coisa é você estar numa profissão de doméstica, outra é ser domesticada, sem vida própria, como se fosse um presente da fazenda. Hoje, eu jamais faria a Inácia se ela não fosse uma mulher que tivesse vida própria e uma história própria“, contou.
+ Renascer: Inácia desaba em caixão de seu grande protegido em triste final
