Dinorah Santana, ex-mulher do jogador de futebol Daniel Alves, afirmou que as declarações que fez à imprensa em defesa do ex-marido, atualmente preso preventivamente por acusações de abuso íntimo, foram manipuladas. Ela revelou que os advogados do atleta a orientaram sobre o que deveria dizer aos veículos de comunicação e expressou arrependimento por ter seguido tais instruções.
Dinorah Santana detalhou o caso em entrevista ao jornalista Lucas Pasin, do portal Splash UOL. Ela declarou que, agora, deseja manter-se o mais distante possível de Daniel Alves, chegando a afirmar que, para ela, o ex-marido “morreu”, já que não tem intenção de acompanhar notícias a seu respeito. “A minha expectativa é ficar o mais longe possível do senhor Daniel. Nada que ele faça ou deixe de fazer importa. Ele não existe mais. Cheguei a defendê-lo publicamente e me arrependo muito. Hoje não quero saber de sua existência. Para mim, ele morreu”, desabafou.
Ao defender o ex-marido na mídia, Dinorah Santana diz ter pensado, acima de tudo, em seus filhos. Contou que os advogados a convidaram para ir à Espanha junto com seus filhos para que pudessem visitar o pai. O ex-casal tem dois filhos: Daniel, de 17 anos, e Vitória, de 16 anos.
Ao chegar ao aeroporto, os advogados de Daniel Alves teriam fornecido a Dinorah Santana as declarações que ela deveria dar à imprensa. Refletindo sobre o ocorrido, a ex-mulher sentiu-se manipulada, como se estivesse sendo usada para atender aos desejos do ex-marido. “Ajudei por ser o pai dos meus filhos e me arrependo justamente porque ele parece não se importar com isso. Sinto que fui usada, colocada como uma boneca para repetir frases. Disseram: ‘Traga as crianças para Espanha, venha’, e eu fui. Advogados me passaram falas decoradas no aeroporto, para falar com os jornais, e eu fiz. Na hora só pensei que o certo era defendê-lo. Mas quando eu não fui mais interessante para ele e nem para seus advogados, ele sumiu”, lamentou.
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O episódio que mais a abalou ocorreu quando Daniel Alves não se encontrou com os filhos na prisão. Dinorah Santana relatou que os adolescentes ficaram 10 dias em um apartamento aguardando a autorização do pai para visitá-lo, mas essa permissão nunca foi concedida. “Meus filhos ficaram 10 dias dentro de um apartamento esperando que o pai dissesse o dia de visitá-lo, e ele sabia que os filhos estavam lá e não deu notícias. Isso é crueldade. Ali foi a gota d’água”, lamentou.
Até o momento, Daniel Alves não se pronunciou sobre as alegações, nem mesmo por intermédio de seus advogados.