Bruna Drews, a ex-repórter do ‘Brasil Urgente’, denunciou o apresentador José Luiz Datena, de assédio sexual, em janeiro deste ano. Na ocasião ela contou que ele sempre a elogiava, mas afirmou que algumas situações causavam desconforto, fazendo com que ela o denunciasse.
Mas nesta última semana, o caso teve uma reviravolta, e a jovem registrou em cartório um documento público onde fazia uma retratação inocentando Datena, justificando que mentiu em relação a denúncia. “Ainda esclareço, que tais fatos não condizem com realidade e nunca ocorreram, sendo que os vídeos dos programas ao vivo, juntados aos autos, não passaram de brincadeiras, consignando que não me senti constrangida com referidos evento”, alega, em trecho.
Mas nessa segunda-feira (28), Bruna decidiu publicar uma carta aberta onde afirmou que não mentiu, que ela foi sim assediada, mas foi induzida a assinar um papel que não condiz com a realidade que ela viveu.
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Confira a carta:
“Carta aberta a quem interessar: Eu não menti. Fui induzida e mal orientada a assinar um documento que não condiz com a realidade . A verdade é que meu processo de assédio sexual contra o apresentador inexplicavelmente foi arquivado. Não houve investigação policial, meu depoimento não foi colhido e nenhuma testemunha foi ouvida. A justiça não me permitiu brigar pelos meus direitos . A situação se inverteu e acabei processada por calúnia e difamação, mas não tinha condições psicológicas e financeiras para encarar mais esta briga.Fui induzida a fazer um acordo. No entanto, não estava totalmente consciente das consequências cíveis e criminais de declarar fatos que não aconteceram; somente o fiz porque pensei que assim se encerrariam todos os processos. Os fatos aconteceram como eu havia declarado inicialmente mas a outra parte envolvida conseguiu reverter inexplicavelmente a situação. Assinei tal carta na intenção de recuperar a minha saúde física e mental e enterrar o ocorrido. Ontem em uma reunião com meus familiares, que sofrem junto comigo todos os reflexos do ocorrido, decidimos não fugir da luta e acreditar que em algum momento a justiça será feita . Mais uma vez digo: EU NÃO MENTI . Mulheres que passaram por isso sabem como é difícil encarar essa briga e vence-la. Por último , quero deixar claro que não recebi nenhuma compensação financeira para cometer o ato errôneo de assinar a tal carta. Sigo com a minha moral e integridade intactas . Minha consciência está tranquila. Tudo o que eu mais quero é me livrar de uma situação que estava acabando com a minha saúde”, diz a ex-repórter.