
Morreu nesta quinta-feira (20), aos 82 anos de idade, a cantora carioca Sônia Delfino. A morte da artista aconteceu em sua cidade natal, no Rio de Janeiro.
Em comunicado divulgado pela família de Sônia Delfino, a causa da morte não foi revelada. O velório irá ser realizado na manhã desta sexta (21), no cemitério Memorial do Carmo, das 8h30m às 10h30m.
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No ano de 1960, quando tinha 18 anos de idade, Sônia, vale dizer, foi eleita cantora revelação. Na oportunidade, o reinado de Celly Campello (1942 – 2003) estava no auge entre os brotos brasileiros que ouviam o inocente pop juvenil da era pré-Jovem Guarda.
Os títulos dos seus 3 álbuns: Sonia Delfino canta para a mocidade (1960), Alô broto! (1960) e Alô broto! nº 2 (1961), indicavam que a artista havia entrado na onda do pop juvenil por imposição mercadológica.
Mas, ao observar os repertórios desses discos, é possível perceber que a artista também transitou pelo universo da bossa nova, ao dar voz a standards do gênero como Meditação (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959) e O barquinho (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, 1961).
E entre a bossa e o som da mocidade, a cantora teve a primazia de lançar em disco, em 1963, o sambalanço Bolinha de sabão, que foi um dos maiores sucessos do cantor e compositor Orlandivo (1937 – 2017).
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A artista gravou pouco, pois, se casou com um diplomata, e acabou indo morar fora do Brasil, interrompendo assim a sua carreira artística, a qual retornou apenas em 1983, ano o qual ela voltou ao país.
Assim, ela passou a se apresentar em pequenas casas noturnas cariocas, a exemplo do Rio Jazz Club e Mistura Fina. Depois disso, ela participou de discos coletivos voltados para o repertório da bossa nova.