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Fernanda Torres cai do cavalo e fratura vértebra

Fernanda Torres caiu do cavalo e fraturou a vértebra. A atriz contou em sua coluna na Revista Veja Rio. “Na […]

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.
Globo/Aline Massuca
Globo/Aline Massuca

Fernanda Torres caiu do cavalo e fraturou a vértebra. A atriz contou em sua coluna na Revista Veja Rio.

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“Na sexta-feira que antecede o longo feriado de Carnaval, subi a serra em direção a Minas, para o retiro na fazenda de amigos, longe da folia de fevereiro. Meu filho quis sair para cavalgar, e eu, mãe zelosa, fui com ele. Jamais tive domínio das rédeas. Sou uma cavaleira pífia, daquelas para as quais o bicho estabelece, de cara, que quem está no comando é ele.

Mas os cavalos dessa fazenda são especiais, domados sem trauma e piedosos com seres inferiores como eu. Saímos no fim da tarde, atravessamos florestas e pastos virgens, onde rebanhos se espalhavam entre os morros sem fim. Na subida de um deles, urubus voavam baixo, em torno de um bezerro recém-falecido, estirado no meio do campo. Uma paisagem digna de Grande Sertão, de Os Sertões, que nunca mais vou apagar da memória.

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Já na volta, na última ladeira antes da porteira de casa, aceleramos o passo montanha acima. De repente, do nada, meu cavalão deu para corcovear. Ouvi o guia soltar uma ordem de comando para que o animal se acalmasse, mas o grito não surtiu nenhum efeito. O mundo entrou em câmera lenta. Senti as costas do bicho subir e descer duas vezes, meu corpo pendeu para o lado direito, notei a proximidade da cerca de arame farpado, calculei o risco de cair sobre ela, rodei no dorso do animal, vi a barriga de lado, as pernas na contraluz do poente, rezei para não ser pisoteada, até sentir o impacto seco, de chapa, na lombar, que deu fim à edição das imagens.

Lá se foi o cavalo.

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Eu permaneci deitada, na relva, enquanto o tempo retomava o seu tique-taque normal. Mexi os dedos dos pés, o guia veio me auxiliar, notei a sela caída no chão e fui informada de que a barrigueira havia se soltado, por isso eu fora ao chão. Me veio um sentimento idiota, o orgulho de não ter sido culpa nem minha nem do animal. E um alívio imenso de sentir as pernas. Os músculos travados, a calma para me pôr de pé e voltar caminhando até o estábulo.

A queda me impediu de desfilar na campeã Mangueira, que homenageou Bethânia, e de arriscar uma rebolada num bloco tardio de Carnaval. Passei a festa na ressonância, e qual não foi minha surpresa ao descobrir que a L3, vértebra do baixo lombar, estava fraturada. Passarei um mês no estaleiro.

Cavalo é um deleite e um risco. Montar dá uma sensação indizível de estar próximo daquilo que falta na vida biônica das cidades, de experimentar ser centauro, bicho e gente. Os urubus daquela tarde bem que avisaram: a natureza pode ser bela e cruel. Me custou o traseiro, mas guardo as lembranças mais lindas daquele fim de tarde em Minas. Valeu a L3.

Passei o Carnaval em casa, assistindo a parte do desfile das escolas de samba, antes de o relaxante muscular me levar para o além. Amei os exus do Salgueiro, as baianas Carmens, as pombagiras de Bizet, e as Aídas do Saara com o R$ 1,99 pendurado na peruca egípcia. Ai, como eu amo o samba do crioulo doido dos carnavalescos da Sapucaí. É siri com Toddy, como diria uma amiga baiana.

Daqui a um mês, estarei com a rabiola refeita.”, contou Fernanda.

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Wandreza Fernandes
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Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.