O ator Gabriel Santana, de 23 anos, resolveu aproveitar o espaço da vigésima terceira edição do ‘Big Brother Brasil‘ para expor sua sexualidade ao grande público. No entanto, o artista revelou que houve uma certa resistência de se assumir como um homem bissexual, visto que esse fato poderia diminuir ainda mais suas oportunidades de trabalho.
Desse modo, em entrevista à revista Caras, o intérprete de Mosca, da novela infantil ‘Chiquititas’, afirmou que sempre teve muita dificuldade de encontrar papéis diferentes. Isso, porque, ao viver em uma sociedade racista, limitam sua capacidade de interpretação pela cor de pele.
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“Pelo fato de ser uma pessoa preta, eu já sou categorizado em um lugar onde as oportunidades de trabalho para mim são diminuídas, ou seja, eu sou sempre chamado para os mesmos personagens, com a mesma trajetória, com os mesmos desafios. São sempre pessoas marginalizadas, personagens que têm uma condição social mais baixa, todos os meus personagens sempre foram isso”, explicou o jovem.
Com isso, o ex-BBB temeu ser ainda mais categorizado em seus trabalhos ao se revelar uma pessoa pertencente da comunidade LGBTQIA+. “Sempre fui colocado numa caixinha por conta da cor da minha pele e o fato de me assumir bissexual, me fez ficar por muito tempo com medo de ser colocado em mais uma caixinha”, detalhou ele.
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Assim, Santana aproveitou o espaço para mostrar que a sexualidade não o limita a dar vida a perfis de personagens mais diversificadas: “Ninguém nunca soube o cara é bissexual e mesmo assim eu consegui interpretar personagens que foram héteros”.
“Acho que tem uma questão muito importante política, de a gente se posicionar mesmo. Meu corpo representa muita coisa para as pessoas. Eu, Gabriel Santana, represento muito para a sociedade. É muito importante que outros jovens pretos, bissexuais, gays ou de qualquer outra minorias sociais, olhem para minha trajetória e se identifiquem de alguma forma”, encerrou Gabriel.