A atriz Giovanna Lancellotti, 29, anos concedeu uma entrevista para a Revista Quem onde falou sobre diversos assuntos. Dentre os temas abordados pela artista ela comenta sobre feminismo e expõe que deve-se lutar pela igualdade da mulher. Lancellotti chega a citar um exemplo de machismo que ocorreu recentemente com a Ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cármen Lúcia. A artista também revela um assédio que sofreu quando tinha 14 anos.
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Em um determinado momento da entrevista Giovanna afirma que todas as mulheres deveriam ser feministas. Ela diz que o feminismo é sobre luta contra a desigualdade: ”Todas as mulheres deveriam ser feministas. Quem fala ‘lá vai a feminista’ debochando do feminismo, na minha opinião, é um ignorante porque o feminismo nada mais é do que você lutar pelo direito da mulher, pela igualdade da mulher. Não é só salário igual, abrir porta de carro, ou cavalheirismo, que isso é o mínimo.”, aponta.
Em seguida ela chega a citar um exemplo claro de machismo que ocorreu recentemente, quando o ex-deputado Roberto Jefferson proferiu palavras de baixo calão e atacou a Ministra do TSE de forma pessoal. A atriz conta: ”É sobre coisas básicas, como o direito de escuta; é você ser escutada da mesma forma com um cara é escutado, sobre a sua palavra valer da mesma forma que a palavra de um homem. A gente vê um caso de uma ministra, por exemplo, essa semana sendo atacada da forma que foi [as ofensas do ex-deputado federal Roberto Jefferson contra a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia], não tem respeito nenhum.”, detalha.
Além disso, ela conta que sofreu assédio quando tinha 14 anos. A situação ocorreu dentro de um ônibus: ”Quando tinha 14 anos estava num ônibus que tinha um cara se masturbando. Liguei para minha mãe, e ela disse ‘levanta e vai falar para o motorista’. Não consegui falar com ele, mas sentei do lado de um cara que ainda disse ‘ah, você é novinha, quando ficar mais velha, vai gostar de ver essas coisas’. Aí uma moça percebeu, veio falar comigo. Fiquei puta, contei tudo para ela. Ela falou junto comigo com o motorista. A gente expulsou o cara do ônibus, no meio da estrada.”
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E reitera: ”Mas não é uma coisa que dá para você falar ‘tem que fazer isso ou aquilo’, há vários fatores envolvidos, inclusive segurança. Não dá para cobrar que todas as mulheres tenham essa postura de ‘por que não denunciou na hora?’. Não é assim, tem gente que não consegue, que demora a entender o que aconteceu, que corre risco de sofrer uma violência maior.”, revela a Global.