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Gloria Maria precisou de acompanhamento médico para trabalhar na TV por conta do racismo

Gloria Maria superou preconceitos e venceu o racismo ao longo de sua histórica contribuição para o jornalismo brasileiro.

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Henrique Furtado
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Gloria Maria
Gloria Maria – Instagram

Gloria Maria se tornou um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro. Além de suas icônicas reportagens, a veterana também inaugurou as portas da televisão para os profissionais negros, desbravando tais caminhos em um período marcado pelo forte racismo da sociedade. A estrela falava publicamente sobre o assunto, considerando-se a pioneira em sua profissão.

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Em uma entrevista que concedeu ao programa Superbonita do GNT em 2017, Gloria Maria confessou que o início de sua carreira na televisão não foi nada fácil. A jornalista, ainda muito jovem e inexperiente, tinha medo da reação do público ao ver uma repórter negra, motivo pelo qual recorreu a tratamentos psicológicos para que tivesse condições de lidar com o problema.

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“Quando entrei na TV Globo, fazia as reportagens, mas só aparecia a minha mão nas entrevistas. Quando os repórteres começaram a aparecer, eu fui uma das últimas, porque tinha pavor. Estava tão acostumada com aquela reação estranha das pessoas com relação aos pretos que eu tinha medo da maneira com que os telespectadores reagiriam ao me ver”, desabafou a veterana naquela ocasião.

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Diante do temor em aparecer na televisão por conta de uma eventual reação racista por parte dos telespectadores, Gloria Maria demorou a fazer a sua primeira entrada. O trabalho, inclusive, só foi possível por conta das sessões de terapia pelas quais passou, circunstância que lhe conferiu a coragem necessária para superar o preconceito.

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Depois de passar por quase todos os telejornais da Rede Globo, Gloria Maria viveu uma histórica parceria ao lado de Pedro Bial no comando do Fantástico antes de ir para o Globo Repórter. Neste último programa, visitou mais de 100 países para as suas icônicas reportagens, vivendo as mais diversas aventuras possíveis. Além disso, a jornalista virou um marco para a história da televisão brasileira como a primeira profissional a gravar uma reportagem na tecnologia HD.

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