A jornalista Gloria Maria faleceu na última quinta-feira (02) no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, após tratamentos contra um câncer inicialmente diagnosticado no pulmão com metástase para o cérebro. Nos últimos anos, a apresentadora passou por diversas internações por conta de sua saúde, período em que foi capaz de compreender a genuína personalidade de muitas pessoas com as quais convivia.
Em entrevista concedida ao programa Roda Viva, da TV Cultura, no ano passado, Gloria Maria reclamou dos familiares que ampliavam os laços de proximidade sempre que recebiam a notícia de um novo tratamento de saúde que estava a começar. Quando a melhora era anunciada, os mesmos parentes desapareciam, levando a jornalista a crer que o real interesse fosse em seu patrimônio após o falecimento. “Só faltaram dizer: ‘vamos dividir a herança’. Uma herança que não existia”, lamentou.
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Episódios desta natureza permitiram que Gloria Maria identificasse quem realmente lhe apoiava. “Eu vi o ser humano de uma outra maneira. Muita gente que eu achava que era amiga, de repente não era”, relembrou. “Tinha gente que chegava na minha casa e depois, quando viam que eu estava ótima, sumiam. Senti isso um pouco na minha família, uma coisa que me deu um susto”, acrescentou naquela época.
Por ora, inexistem informações sobre um eventual testamento deixado por Gloria Maria para definir a divisão de sua herança. Caso não exista um documento desta natureza, a repartição dos bens seguirá os dispositivos legais de sucessão.
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Nos casos de suas filhas Maria e Laura, de 15 e 14 anos, herdeiras necessárias por conta da descendência, o patrimônio que couber a cada uma deverá permanecer na administração de uma pessoa de confiança, definida pela apresentadora em vida – ou por decisão judicial caso a apresentadora não tenha feito tal indicação – até que completem a maioridade. As meninas, que são irmãs biológicas, foram adotadas em 2009, na Bahia.