Na reta final de ‘Travessia‘, a autora Gloria Perez, de 74 anos de idade, que já entregou todos os capítulos da novela, fez um balanço sobre os meses de exibição da trama e admitiu ter cometido erros durante o período inicial do folhetim, algo que contribuiu na rejeição do público.
Desse modo, ela lamentou o fato de sua obra ter sido antecipada. Isso, porque, inicialmente, a previsão de estreia era para o início deste ano, mas foi alterada para outubro de 2022. “Por estarmos ainda naquele período de Covid atuante, não pude fazer a pesquisa da maneira que sempre faço. Também não consegui estar envolvida com os atores e a produção da maneira de sempre”, relembrou em entrevista ao Estado de Minas.
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No entanto, o que chamou atenção foi a escritora ter rejeitado responder questionamentos sobre as críticas que a novela recebeu, além do suposto acobertamento de Cassia Kis quando a atriz apoiou publicamente Jair Messias Bolsonaro durante as últimas eleições e participou de atos antidemocráticos.
“Aqui, a fake news é só uma versão moderna das motivações que costumam mudar radicalmente as vidas de personagens de todas as novelas. [Pode ser] uma morte, no caso de um pai, como em ‘Avenida Brasil’; um exame trocado, como em ‘Bom Sucesso’; uma troca de bebês, como em ‘Por Amor’; uma má pontaria, como em ‘Além da Ilusão’ etc”,”, comentou Gloria.
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Por fim, Perez refletiu sobre alguns dos enredos abordados em ‘Travessia’. “Outros pontos são a discussão sobre a inteligência artificial e seu avanço sobre os empregos humanos, através da relação entre o robô Haroldo e seu Joel [Nando Cunha] e, por último, como o mundo do crime se adaptou aos novos meios tecnologia, com a história da Karina [Danielle Olímpia]”, encerrou.