Nesta terça-feira (09), O Brasil registrou 1.272 novas mortes pela Covid-19 nas últimas 24 hora. A informação foi dada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A entidade começou a compilar os dados após mudanças na divulgação do Ministério da Saúde. Cerca de meia hora depois, a pasta divulgou seu balanço, confirmando os dados fornecidos. A pasta voltou a divulgar números como mortes totais por coronavírus após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O estado de São Paulo continua com o maior número de casos – com 150.138 infecções e 9.522 óbitos, seguido pelo Rio de Janeiro (72.979 contaminações e 6.928 mortes) e Ceará (68.384 casos e 4.309). No entanto, a maior taxa de letalidade fica no estado do Rio de Janeiro, com 9,5%, seguido por Pernambuco, com um índice de 8,4%. Em números totais, este último tem 41.010 contaminações e 3.453 falecimentos.
Bruno Gagliasso reclama do governo ao falar sobre dados do coronavírus
O Ministério da Saúde voltou a divulgar, na tarde desta terça-feira, os números acumulados e os índices proporcionais dos contágios e mortes em decorrência do coronavírus. Esses dados estavam ausentes da divulgação oficial deste a última sexta (5). Durante esse intervalo, o portal do ministério sobre a covid-19 divulgou somente os casos e mortes confirmados nas 24 horas anteriores. A mudança gerou críticas de autoridades e especialistas. Na noite de segunda (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a retomada do formato original.
Comércio reabre em São Paulo
A partir desta quarta-feira (10), a Prefeitura de São Paulo vai liberar o funcionamento do comércio de rua na capital. No caso dos shoppings centers, a liberação deverá ocorrer na quinta-feira (11).
Porém, o comércio de rua e os shoppings deverão respeitar o limite de funcionamento máximo de quatro horas por dia. No caso do comércio de rua, poderão funcionar das 11 horas às 15 horas. Os shoppings poderão abrir das 16 horas às 20 horas. A ideia é evitar sobrecargas no sistema de transporte público da cidade.
Os locais também terão de respeitar uma lotação máxima de 20% da capacidade e adotar ações como oferecer álcool em gel e orientar clientes para evitar aglomerações. As regras estão sendo negociadas desde a semana passada.
O prefeito Mário Covas optou por liberar o funcionamento dos setores contemplados apenas após análise de protocolos de saúde. Na semana passada, Covas autorizou o funcionamento de escritórios e concessionárias. Pelo plano apresentado pelo governo de São Paulo, as regiões do estado são classificadas da seguinte forma: Alerta máximo (vermelho), Controle (laranja), Flexibilização (amarelo), Abertura parcial (verde), Normal controlado (azul).
Justiça do Rio volta atrás e libera medidas de flexibilização
Depois de uma liminar suspender as medidas de flexibilização do isolamento social, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), desembargador Claudio de Mello Tavares, interferiu e tornou sem efeito a liminar concedida pela 7ª Vara de Fazenda Pública que vetou trechos dos decretos do governador Wilson Witzel e do prefeito Marcelo Crivella .
O desembargador entendeu que a decisão do juízo da 7ª Vara de Fazenda Pública interferia na área do Poder Executivo. O magistrado acolheu os recursos dos governos estadual e municipal, ressaltando que cabe às autoridades decidirem quanto à flexibilização das regras em vigor. A informação foi dada em primeira mão pela coluna de Ancelmo Gois.
Para Mello Tavares, as medidas adotadas tanto pela prefeitura quanto as do estado, evitaria a falência de comerciantes e empresários, assim como a consequente perda de empregos. Diz o desembargador em certo trecho do documento: “Neste contexto, conclui-se que é dever dos juízes observar eventuais impactos práticos e econômicos em suas decisões, com intuito de trazer maior segurança jurídica ao sistema legal, mormente diante de um momento de crise sem precedentes para a humanidade que ora se está vivenciando”.
Apesar de nada estar essencialmente definido pelos governos do estado e do município, a população vem relaxando cada vez mais no isolamento. Apesar do uso das máscara, é possível perceber aglomerações em vários pontos da cidade com o comércio pequeno funcionando, além de barracas de camelôs.