O corpo da estudante universitária Ana Clara Benevides foi submetido a exames necroscópicos para que as causas de sua morte sejam devidamente atestadas. Ela faleceu durante o primeiro show da turnê da cantora Taylor Swift pelo Brasil, com suspeitas de que o intenso calor no local possa ter sido o fator preponderante para a tragédia.
De acordo com a delegada de polícia Juliana Almeida, responsável pela investigação do caso, os laudos preliminares tiveram os resultados emitidos pelo IML (Instituto Médico Legal) na última segunda-feira, dia 20 de novembro. Em entrevista para a emissora de notícias CNN Brasil, a autoridade policial afirmou que os pulmões de Ana Clara Benevides continham traços de pequenas hemorragias, as quais podem ter relação direta com sua morte prematura.
Conforme asseverou Juliana Almeida, entre as principais causas de hemorragias nos pulmões estão justamente o excesso de temperaturas e eventual quadro de desidratação. Logo, os laudos preliminares dão respaldo à tese de que o calor excessivo tenha causado a morte da universitária, embora a Polícia Civil trabalhe com cautela, uma vez que não é possível cravar com precisão a associação destes fatos antes da emissão dos resultados finais e definitivos dos exames.
“Calor, insolação e desidratação são alguns desses fatores, mas sem o resultado dos exames, não temos como afirmar que seja isso”, contou a delegada. “Agora é prematuro afirmar que a Ana Clara morreu por hipertermia. Se tudo der negativo, poderemos chegar à conclusão de que foi por causa do calor”, concluiu.
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De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Ana Clara Benevides foi atendida com um quadro de parada cardiorrespiratória ainda dentro do estádio do Engenhão, onde o show foi realizado. Os socorristas fizeram trabalhos de reanimação e minutos depois a encaminharam para o Hospital Salgado Filho, onde o óbito foi constatado.
Uma enorme polêmica tomou conta da morte de Ana Clara Benevides, considerando gravíssimas acusações contra a organizadora do evento. Dentre elas está a de que o acesso ao local do show com garrafas d’água estava proibido, mesmo com um calor na faixa dos 40ºC na cidade do Rio de Janeiro no dia da tragédia.