Na tarde desta quinta-feira (19), João Teixeira de Faria, o João de Deus, foi condenado pela juíza Rosângela Rodrigues, da comarca de Abadiânia, por crimes sexuais cometido contra quatro mulheres, durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
Segundo o jornal ‘Extra’, o médium foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão, e essa foi apenas a primeira sentença por esse tipo de crime. João de Deus, vale dizer, está preso preventivamente há um ano, no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia. Ele também já foi condenado por posse ilegal de armas.
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O médium chegou a ser denunciado pelo Ministério Público de Goiás 13 vezes, onde duas delas foi por posse ilegal de armas e as outras 11 foram pelas 57 vítimas que alegaram que foram abusadas sexualmente por ele. Mais de 300 mulheres prestaram depoimentos sobre os casos de estupro que vão de 1973 a 2018.
Mesmo após todas as denuncias, João de Deus segue negando que tenha cometido os crimes. O advogado de defesa do médium, Anderson Van Gualberto de Mendonça, chegou a afirmar em nota enviada ao jornal ‘O Globo’, antes do resultado do julgamento que “João de Deus mantém a sua versão inicial sobre os fatos: não praticou crime sexual contra nenhuma mulher”.
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João de Deus ficou famoso por suas realizações de “cirurgias espirituais”. Ele chegou a atender diversos políticos, celebridades e altos funcionários públicos do Brasil e do mundo. O médium está preso preventivamente desde o dia 16 de dezembro de 2018, quando se entregou à Polícia Civil.
As denuncias contra ele se tornaram pública após o programa ‘Conversa com Bial’, da Rede Globo, divulgarem relatos de mulheres que afirmaram ter sido abusadas sexualmente pelo religioso.
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