Antes mesmo de ‘Avenida Brasil’, João Emanuel Carneiro já havia conseguido conquistar o seu espaço dentro da Globo após ter sido responsável por grandes folhetins como ‘Da Cor do Pecado’ e ‘A Favorita’, por exemplo. O criador da saga estrelada por Débora Falabella e antagonizada por Adriana Esteves, para a alegria de milhares de pessoas, retorna nas telinhas no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ a partir desta segunda (7).
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Com as grandes expectativas de conseguir turbinar ainda mais as tardes da emissora carioca, o novelista concedeu uma entrevista ao jornal O Globo, e revelou que temeria pelo fracasso da grande obra, caso não fosse levada ao ar em 2012.
“Avenida Brasil refletiu as aspirações todas dessa classe C, que veio à tona naqueles anos todos, com o boom econômico. Uma coisa de que eu me lembro é que na época diziam que [Avenida Brasil] não tinha rico de novela. O rico era o jogador de futebol que morava no subúrbio”, brincou.
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“É uma novela muito antenada com aquele momento específico. Não sei nem se hoje, se fosse exibida no horário nobre, faria tanto sucesso”, continuou ele, que está afastado das telinhas desde que assinou ‘Segundo Sol’, concluída ano passado. JEC, inclusive, afirma que sentiu arrependimento sobre o folhetim com relação ao personagem Roni, vivido por Daniel Rocha, que era homossexual, mas devido os riscos por abordar o tema naquela época eram grandes.
“Na novela, você tem que pensar que está invadindo a casa das pessoas. Elas não foram ao cinema, ao teatro. Você tem que pensar em lares que você nem imagina quais são. Eu tenho que ter um bom senso muito grande do que eu vou fazer para não ofender as pessoas”, avaliou. “Eu acho que todos os temas podem ser abordados se você souber tratar deles, não bater de frente com as pessoas. Tem que preparar o espectador. Um beijo gay é uma coisa que tem que ser preparada até ser consumido pelas pessoas”, emendou.
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