Em meio a mudanças no quadro de contratados, com cortes e demissões para contenção de gastos, o jornalista Rodrigo Alvarez surpreendeu ao ter pedido demissão da Globo após longevos 23 anos de serviços prestados. Protagonista de inúmeros trabalhos de destaque no canal carioca, ele abandonou as coberturas para poder se dedicar na escritura de mais livros, no qual já se prepara para a vinda do décimo da sua carreira.
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Aos 45 anos, ele é ex-correspondente nos Estados Unidos, Oriente Médio e Europa, e é marcado ela suas reportagens sobre temas religiosos e se especializou em investigações históricas sobre o assunto, como Jesus e Maria. Mesmo em meio a decisão arriscada de sair da Platinada, o profissional nega quaisquer tipo de conflito com o canal. “Não vejo como um ato de coragem [a demissão da Globo]. Acima de tudo é uma necessidade: me mover e experimentar a vida de outras formas. Sou muito jovem. Cheguei aos 45. É só o primeiro tempo e eu não iria ficar me repetindo quando já não tinha o tesão que sempre tive”, disse, em entrevista concedida ao portal Notícias da TV.
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“Entusiasmo é uma coisa que tenho desde criança: sou movido a desafio, preciso estar sempre aprendendo, e não consigo me imaginar repetindo fórmulas ou mantendo conquistas. Acho que não estava mais me desenvolvendo – razões minhas mesmo, minha forma de ser – e, desde que a internet passou a ditar o ritmo do jornalismo, o trabalho do correspondente, que sempre foi com grandes reportagens, ganhou um viés muito imediatista”, avalia.
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Por fim, em meio aos preparativos para os novos rumos na carreira, Alvarez concedeu seus agradecimentos ao diretor-geral do setor, Ali Kamel, e conclui: “Só tenho agradecimentos à Globo. Foram excepcionais comigo desde que entrei lá, menino, para aprender como se faz Jornalismo, até agora, quando o [o diretor-geral] Ali Kamel fez uma despedida muito gentil”.
