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sábado, 7 de setembro de 2024

Jornalista Valéria Almeida revela ter sido vítima de preconceito: “Meu cabelo não combinava com TV”

A jornalista Valéria Almeida, que é responsável por apresentar o quadro 'Bem Estar' na Globo, abriu o jogo e deu detalhes sobre sua carreira

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Lauan Brito
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Valéria Almeida
Valéria Almeida – Foto: Globo

A jornalista Valéria Almeida, de 39 anos de idade, que é responsável por apresentar o quadro ‘Bem Estar’ na TV Globo, abriu o jogo e deu mais detalhes sobre sua carreira na televisão. Desse modo, ela aproveitou para revelar uma situação complicada que passou após ser vítima de preconceito racial.

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Assim, em entrevista para revista Caras, que foi publicada nesta quarta-feira, 26 de abril, a comunicadora comentou sobre a difícil batalha que teve que enfrentar para se tornar jornalista. “O processo não foi simples, eu não tinha condições financeiras e fiquei muito tempo desempregada, porque viam meu endereço, minha foto 3×4 e aquela combinação não dava, ninguém me chamava. Comecei a trabalhar quando passei a colocar endereços que não eram meus, porque era um lugar descriminado”, iniciou.

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“Fiquei inadimplente na faculdade, fui proibida de assistir aulas, fiz bicos, faxina na casa de professores. Essa vontade de estudar e ter uma profissão foi o que me fez não desistir, porque o processo foi muito difícil. Quando falo da minha história, não sei dizer de onde tirei força, mas acredito que tinha uma inspiração: queria que meus pais tivessem orgulho de mim. Minha mãe morreu quando eu tinha 10 anos. Foi minha avó quem me criou e ela dizia que o estudo é nossa liberdade”, detalhou a apresentadora.

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Na sequência, a global refletiu sobre a importância que tem na representatividade de outras mulheres pretas. “Tenho noção da responsabilidade que é estar em dois grandes programas, ajudando a construir um imaginário positivo, pois por muitos anos, quando a gente via um negro na TV era em papéis ruins ou retratos sociais que são ruins. Então, estar nesse lugar de destaque, compartilhando conhecimento, trocando e aprendendo é uma semente. É uma responsabilidade e um presente”, afirmou.

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Mais sobre a matéria de Valéria Almeida

Posteriormente, Almeida relembrou uma situação de racismo que sofreu no passado. “Quando você nasce mulher e nasce mulher negra, as barreiras surgem o tempo inteiro, mesmo que não sejam ditas ou verbalizadas, porque a gente precisa mostrar que a gente é tão capaz quanto qualquer outra pessoa. Quando eu ainda estava em Santos, uma pessoa disse que eu levava jeito para estar na TV, mas meu cabelo não combinava com TV. O que me limitava não era minha capacidade, mas minha existência como mulher negra. Quando fui convidada para a TV, conversei com o Caco: se vocês gostarem de mim, vou ter que mudar meu cabelo? Se for, prefiro nem começar”, contou a comunicadora.

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