Prontinha para entrar em cena como Jacutinga, em ‘Renascer’, Juliana Paes conversou com a imprensa em coletiva virtual da novela, realizada na manhã desta terça-feira (12) e na qual o Área Vip participou. A atriz falou da força da personagem e do seu caso de amor pela trama, que tem releitura assinada por Bruno Luperi, com direção artística de Gustavo Fernandes. O folhetim tem previsão de estreia para o dia 24 de janeiro.
A emoção tomou conta da atriz por fazer parte de uma novela tão presente na memória afetiva. “Um caso de amor, eu não deixava de assistir nada, acho que essa novela me fez naquele tempo, me propôs reflexões muito especiais para uma menina de 13, 14 anos. Eu acho que Renascer era uma saga de redenção. O amor quando ele é vivido a plenos pulmões ele tem uma capacidade de bomba atômica, mas quando existe o avesso do amor também, como ele pode machucar, como ele pode ferir, como as relações de pais e filhos podem se perpetuar e trazer tantas emoções e tantas experiências na vida da pessoas”, analisa Juliana.
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Ela lembra também que a história remete à própria realidade familiar. “Além desse papel do amor, o papel do tempo. Como o tempo pode ser cruel, às vezes, mas também ter essa força curativa, essa força de selar sentimentos. Renascer tem essa força, um símbolo pra mim de sensações, de amores redimidos e mexeu muito comigo na época, a coisa do cramulhão, a coisa do Inocêncio com os filhos. Isso tudo tinha um paralelo com a minha família, que é muito forte pra mim”, afirma.
O papel, que foi vivido anteriormente por Fernanda Montenegro na trama original de Benedito Ruy Barbosa, não tem pretensão de ser copiado. “A Jacutinga, que foi vivida por Fernanda, é um acontecimento. O que já foi feito com perfeição, não pode ser copiado, não pode ser refeito, tem que ser reinventado. Acho que isso que o Bruno (Luperi) pensou também quando me entregou essa Jacutinga. Eu acho que o público pode esperar por uma outra mulher, de um outro tempo, uma outra história, com outro olhar”, garante.
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Para a atriz, a novela é uma oportunidade para mostrar a evolução da mulher. “A Jacutinga que me foi encomendada pertence muito aos dias de hoje. Ela defende lutas de mulheres do nosso tempo também. A mulher saber e ter consciência sobre o seu corpo, sobre seus direitos. Isso também é um sinal dos novos tempos. A Jacutinga é uma mulher que tem pacto com a vida. Aquele tipo de pessoa que já viveu tanta coisa desde tão jovem, que já passou por tanta coisa, que ela já deu a volta completa na dor. Já passou por tanto que não se permite ser pra baixo, ela quer ensinar outras pessoas com aquilo. Ela quer que as pessoas sejam felizes apesar do que viveram. Porque ela viveu muitas coisas desde muito jovem. . É uma mulher que sabe como andar na corda bamba na vida, como lidar com os homens daquele local, como lidar com os problemas, como fazer a sua voz ser ouvida. Ela acolhe, está ali entendendo e acolhendo as meninas que passaram por algo parecido”, acredita.
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Juliana destaca ainda, que as falas de Jacutinga são um presente para as mulheres. “Quando eu li os capítulos, o que me deu vontade, além da paixão pela história de Renascer, foram as falas de Jacutinga, as falas tem muito poder sobre aquelas meninas, vão selar o destino de Maria Santa e das outras meninas também. Então algumas falas que eu li, é um desafio muito grande e eu pensei: ‘eu quero ter a chance de falar isso’”, pontua a atriz.
