João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus, foi condenado a mais de 100 anos de prisão, considerando as sentenças proferidas em três dos processos que enfrenta. A decisão foi emitida pelo TJGO (Tribunal de Justiça de Goiás) nesta segunda-feira (10) e diz respeito aos abusos sexuais cometidos pelo autointitulado médium, incluindo estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude.
Levando em conta todos os outros processos nos quais já foi condenado, João de Deus acumula 370 anos, nove meses e 15 dias de prisão. As novas sentenças proferidas foram alvo de recursos, que estão pendentes de julgamento em segunda instância.
A condenação emitida nesta segunda-feira envolve oito vítimas dos crimes sexuais de João de Deus, praticados entre os anos de 2010 a 2018. O médium deve cumprir os 99 anos, oito meses e 15 dias de reclusão em regime inicialmente fechado. Além disso, o Poder Judiciário determinou o pagamento da quantia de R$ 100 mil como indenização pelos danos morais causados às vítimas.
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Embora tenha sido condenado à prisão em regime fechado, João de Deus continua cumprindo a pena em prisão domiciliar. Os advogados do médium convenceram o Poder Judiciário sobre os problemas de saúde que ele enfrenta, agravados pela idade avançada.
Dos processos movidos contra João de Deus, restam apenas quatro para serem sentenciados. Todos estão em um estágio avançado de processamento, pendentes apenas das alegações finais da acusação e da defesa do médium, que é a última fase antes da sentença ser proferida.
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João de Deus está no centro de um dos principais escândalos sexuais do país. O autointitulado médium usava seus supostos dons de cura para se aproximar e abusar das vítimas que o procuravam. Muitas mulheres foram abusadas pelo réu por meio de fraude, com insinuações de que o procedimento era necessário para alcançarem a cura.
