Ao deixar a Globo em 2015, depois de integrar o elenco da novela Alto Astral, Kadu Moliterno enfrentou momentos difíceis tanto em sua carreira quanto na vida financeira, tornando-se mais um ator afetado pela política de cortes da emissora, que passou a investir em contratos por obra.
Em entrevista ao podcast Retiro o Que Eu Disse, o ator, hoje com 72 anos, compartilhou os desafios que enfrentou ao perder a estabilidade de um contrato fixo, o que o levou a acumular dívidas e enfrentar o desemprego.
Moliterno contou que, em 2015, acreditava que seu contrato seria renovado automaticamente. Porém, após a morte inesperada do seu personagem em Alto Astral, foi surpreendido pela mudança na política da Globo. “Fui chamado no departamento pessoal e me disseram: ‘Você não está mais no ar… mudou a política aqui. Você só pode ser chamado para obras certas'”, relembrou o ator.
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Sem o contrato renovado, ele passou de um salário fixo para um período sem trabalho, o que o colocou em uma situação financeira difícil. “Você sai de um salário bom para zero, cara. Poxa, se me avisassem seis meses antes, pelo menos, para eu me programar, me ajeitar”, desabafou o veterano.
Embora tenha conseguido alguns trabalhos na Record, como nas novelas A Terra Prometida (2016), Belaventura (2017) e Topíssima (2019), Kadu não conseguiu se recuperar financeiramente. O ator revelou que acabou acumulando dívidas e recorrendo a empréstimos, com a pandemia agravando ainda mais sua situação.
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Em um momento de desespero, ele fez um pedido a Deus durante uma visita à praia: “Me arruma um trabalho, um personagem que esteja à altura do que eu já fiz, do que construí até hoje, por favor”. Pouco tempo depois, o veterano recebeu uma ligação que mudou a sua trajetória: foi convidado para participar de uma peça do autor Augusto Cury, marcando um novo recomeço em sua carreira, embora ele ainda siga afastado da TV.
Colaborou: Renan Santos